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Eles que se arredem, ou então (Importante reflexão)

Tomo a liberdade de publicar, aqui, um excelente texto de opinião, do jornalista e amigo José Carlos Ferreira, que incide sobre desenvolvimento e património. Deixo para atenta leitura, pois interessa para nos ajudar reflectir.

"Há dias ficámos todos a saber que o TGV, no trajecto entre Braga e Valença, vai levar à sua frente, sem dó nem piedade, uma série de construções.
Segundo o Estudo de Impacte Ambiental das propostas para o traçado que se encontra em discussão pública, e que o Diário do Minho divulgou no passado dia 16 de Novembro, ao todo podem estar em causa 164 habitações e uma dúzia de pequenas empresas.
Contudo, sem menosprezar aqueles que estão em risco de ficar sem a casa que construíram sabe-se lá com que sacrifícios a troco do progresso e de indemnizações provavelmente mal pagas, o meu olhar pretende ser um pouco mais incisivo.
Ainda segundo o trabalho elaborado por Joaquim Fernandes, o Estudo de Impacte Ambiental identifica um conjunto de 14 impactes directos sobre o património monumental e cultural.
Os casos mais preocupantes, acrescenta, são três sítios arqueológicos, dois conjuntos com interesse etnográfico e nove monumentos construídos, entre eles, igrejas, capelas e solares.
Outro caso que também se ficou a saber há umas semanas atrás diz respeito aos acessos ao novo hospital de Braga.
Segundo consta, aquela estrada vai passar a rasar… pronto estou a exagerar,… vai passar muito perto das Sete Fontes.
Ora, perante estes exemplos não posso deixar de ampliar aqui uma frase que o meu amigo, e colega de trabalho, Francisco de Assis me disse numa conversa informal que tivemos. A bem do apregoado progresso, eles, leia-se monumentos, que se arredem.
Estamos a falar de um património construído há séculos, que engloba testemunhos de um passado preservado até aos nossos dias e que um qualquer TGV pretende agora engolir em poucos dias.
Quem hoje apresenta uma mentalidade de tamanho facilitismo em relação ao património, ou seja, se incomoda, deite-se abaixo, é muito provável que daqui a alguns dias venha por aí fora defender a eutanásia.
Mas, o que me preocupa mesmo é que, perante esta ideia do “eles que se arredem, ou então vão abaixo”, não haja reacções. As pessoas só irão despertar quando ouvirem o apito do TGV e constatarem que acordaram no meio da linha."

in rubrica Deste lado - "Diário do Minho", 24/11/2009

15 de dezembro de 2009

Missão "PÕE AZEITE" - Capela de Guadalupe

Divulgação da iniciativa do Grupo Coral de Guadalupe
e da Junta de Freguesia de S. Victor


Amigos,

Nesta época natalícia o Grupo Coral de Guadalupe associa-se à Junta de S. Victor, em Braga, na missão de compôr os cerca de 150 cabazes de Natal que a mesma distribui pelas famílias mais carenciadas da freguesia.

À semelhança dos anos anteriores lanço-vos o desafio de nos ajudarem, mas desta vez, o que vos pedimos são garrafas de AZEITE!

Sim, azeite e somente azeite, de forma a que nos 150 cabazes não falte este bem precioso...! Assim sendo, ajudem-nos a cumprir com sucesso a Missão "Põe Azeite"!
Deixem o vosso contributo na missa das 11h30 em Guadalupe nos próximos dois domingos (dias 13 e 20 de Dezembro).

Se não tiverem possibilidade de passarem em Guadalupe podem sempre contactar-nos para nós irmos ao vosso encontro!

Do nosso reportório faz parte a seguinte música: "Põe azeite Senhor e faz que brilhe! Põe azeite Senhor em minha luz...!"

Vamos todos nós ajudar a pôr o azeite nos cabazes de Natal de S. Victor para que não falte luz na noite de Natal das pessoas que mais precisam de nós...!

A todos, MUITO OBRIGADO por lerem este mail e, já agora, reencaminhem-no, por favor!!!:)

Flávia Silva
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GRUPO CORAL GUADALUPE
Animação da Eucaristia Dominical das 11h30
Capela de Guadalupe - Braga
Contacto: 965 598 591



Discussão Pública - Edital de alteração da zona de servidão da Zona Especial de Protecção das SETE FONTES.

O que é uma ZEP?
É uma zona que se cria em torno de um monumento classificado, garantindo maior protecção, pois qualquer intervenção dentro dessa área de protecção tem de merecer o avalo do IGESPAR (Instituto que tutela o património).

No caso das Sete Fontes é 100% eficaz?
Na nossa óptica não, pois a ZEP pronunciar-se-á, sobretudo, sobre a protecção do património, podendo relegar para o esquecimento o enquadramento ambiental. Logo é preciso reforçar a protecção daquela área.

O que é que a JovemCoop propõe?
Nós propomos a criação de uma área Non Aedificandi, que não permita construções ou alterações dentro do coração verde das Sete Fontes.

Qual é a vantagem dessa medida?
Cremos que a vantagem desta zona Non Aedificandi é, além de proteger o património construído do Séc. XVIII, poder salvaguardar o património que jaz no solo, provavelmente da época romana. Mas, acima de tudo, estaremos a garantir o habitat das espécies de fauna e flora que encontram nas Sete Fontes o seu meio natural. Além do mais, é uma garantia de que a água das Sete Fontes continuará a correr nas canalizações.

Porquê uma zona Non Aedificandi tão grande?
Nós assumimos, juntamente com a Junta de Freguesia de S. Victor e a ASPA a defesa do Complexo das Sete Fontes, na sua vertente mais lata (património, natureza, água). E os lençóis de água que abastecem as Sete Fontes são uma das nossas grandes preocupações, pois se se permitir construções nos maciços rochosos onde nasce a água, estar-se-á a condenar as Sete Fontes, que secarão e deixarão de cumprir a missão para a qual foram criadas. E porque água é vida, logo um património riquíssimo que temos, devemos ter orgulho nele e sabê-lo preservar.

Veja a nossa proposta: