imagens retiradas da edição do "Diário do Minho" de 26/06/2010
Foi com surpresa e com muito agrado que acolhemos a notícia divulgada pelo Diário do Minho no passado dia 26 de Junho.
A partir da leitura do artigo, percebemos que, afinal, as nossas preocupações têm sentido e que tinhamos razão em manifestar o nosso desagrado perante o cenário que se avizinhava.
A execução da obra dos acessos ao novo hospital iriam colocar em cheque a biodiversidade e os lençóis de água existentes no Complexo Eco-Monumental das Sete Fontes. Além do mais, seriam um factor de risco para a permanência dos Monumentos construídos (as Mães de Água, as Canalizações, os Respiros, as Minas, etc...).
E tudo isto sempre teve a conivência e mesmo protecção da Câmara Municipal de Braga. Em boa hora, a Junta de Freguesia de S.Victor e a JovemCoop promoveram uma reunião nas Estradas de Portugal, em Novembro de 2009. Foi necessário promover uma petição pública e entregá-la na Assembleia da República para as nossas preocupações terem eco.
Mas, ainda que agora se assuma um traçado diferente, não devemos desanuviar as nossas preocupações, não devemos, nem podemos deixar de lado as questões que paralelamente formulamos com este processo.
É necessário estar vigilante no que será feito nos terrenos do coração verde das Sete Fontes. Lembramos que nós propusemos uma Zona Non Aedificandi para evitar construção massiva e destrutiva deste local, que tem vindo a ser prometido como Parque Verde.
Falta saber os termos do Plano de Ordenamento daquela zona e se é possível reverter, em Plano Director Municipal (PDM) a área de alta densidade construtiva que para ali foi aprovada em 2001. Será que haverá construções de prédios e arruamentos? Haverá destruição dos monumentos e drenagem/secagem das águas?
O facto de ainda estar prevista uma estrada que ligue o Retail Center à zona do Areal de Cima e o alargamento da Rua Rafael Bordalo Pinheiro ainda são factores de preocupação, pois dividirão a zona das Sete Fontes.
E se os acessos ao Novo Hospital serão feitos com perfil de estrada nacional a Sul, quer dizer que se esquece a ligação a Norte à variante E.N.103 que iria nascer?
Por tudo isto, continuaremos vigilantes e atentos, não deixando que se tape o sol com uma peneira. Neste momento regozijamo-nos com uma primeira boa notícia, mas sempre atarefados na procura do melhor para os bracarenses (um sítio que faça a simbiose entre a natureza e a qualidade de vida e a necessidade de recuperação da mesma).
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