"Correio do Minho" de 10/05/2011
Durante um longo período de tempo debateu-se a protecção do Complexo Monumental das Sete Fontes.
Após assumido um desinteresse por parte do Município de Braga, que escolheu a construção do Novo Hospital de Braga no topo do Bairro da Alegria e que desde logo suprimiu a ligação ao Bairro das Sete Fontes, seguiu-se um projecto incoerente da estrada de acesso à estrutura hospital. Não satisfeitos, essa estrada teria ligação a uma variante norte, que sairia da zona da entrada da Cidade de Braga pela zona de Sta. Lucrécia.
Dado o aval da CMB e da anuência do IGESPAR, os únicos que lutaram para reverter uma situação que estava dada como garantida e que prejudicaria as Sete Fontes foram a Junta de Freguesia de S. Victor, a ASPA com o processo de classificação, o Grupo de Peticionários "Pela Salvaguarda das Sete Fontes" e a JovemCoop.
Conseguimos que o projecto da estrada de acesso ao Novo Hospital fosse revisto e redesenhado. A CMB e a Direcção Regional de Cultura Norte (DRCN) afirmaram, em várias ocasiões, que a ligação do Hospital à variante tinha caído e que não seria realizada tão cedo.
Afinal, hoje assume-se, no jornal, que a primeira fase está concluída, o que desvenda, desde já, uma segunda fase!
Exige-se conhecer o projecto desta via de ligação, o seu traçado e os estudos de impacto ambiental. Só assim, a cidade ficará a saber se esta estrada é necessária ou não, ou se porá em causa o monumento classificado e os lençóis de água, que infelizmente a lei TEIMA EM NÃO CLASSIFICAR!!!
Também fiquei preplexo com esta noticia. Porem gostaria de chamar atenção para o seguinte:
ResponderEliminar- o facto de um sitio ser classificado ou não, não é impeditivo de se autorizar a sua destruição por motivos de obras publicas. Lembro me assim no imediato da destruição de parte do aqueduto de águas livres (monumento nacional de desde 1910) à cerca de 2 anos pelo IC 19. No fundo basta que o IGESPAR autorize a destruição (normalmente pedem é medidas mitigadoras).
- assim e para este efeito acaba por ser quase contraproducente a aprovação de nova área de protecção das sete fontes.
A nova variante caso tenha mais de 2 km está sujeita a estudo de impacte ambiental. relembro que o anterior estudo (2003 creio eu) não tem já validade legal uma vez que os acessos ao novo hospital nada têm que ver com esse projecto inicial.
Porem o facto de ser exigivel studo de Impacte Ambiental nunca foi impeditivo em Braga de se inicarem trabalhos. relembro do caso do tunel que obrigatoriamente teria que ter estudo de impacte e não teve.
Tambem o facto de uma construção nova violar uma área de protecção e o IGESPAR so saber à posteriori disso não tem qualquer problema como foi no caso do Colegio das Sete Fontes. Engraçado como que foi só após esse caso que saiu um memo da UAUM a defendor um projecto global para as sete fontes. Entre 79 e 2009 o complexo não merecia um projecto? Estranho... preparar se à uma golpada sob uma fachada ciêntifica. Aguardemos.
este post faz me lembrar uma coisa que me lembrei à cerca de um mes quando ia a um jogo do Braga. Lembrei me pq a zona do estadio devia ser uma zona classificada tendo em consideração que o Castro Maximo que la se localiza é Monumento Nacional desde 1910. Sera que exisitiram trabalhos previos ou durante a construção? É que por acaso estive à procura no IGESPAR e não encontrei nada... Será que estamos perante um daqueles casos onde a informação desapreceu toda? É que estive também à procura de coisas que a UAUM tenha dito sobre essa situação e também nada vi, nem memo, nem informações nem nada.
ResponderEliminarTambém acho estranho.