"Correio do Minho" de 09/05/2011
A Feira do Livro de Braga foi, durante muito tempo, um dos eventos de renome na nossa cidade e um dos mais aguardados pelos cidadãos.
Ao longo dos últimos tempos, a Feira tem perdido stand de livros, livreiros e editoras, dando uma menor expressão a este evento.
É meritosa a acção do Director Executivo, Jorge Miguel Corais em ter vontade e dinamismo em realizar este certame. Ainda assim, dado o resultado desta feira, acreditamos que este tema merece uma breve reflexão.
A JovemCoop esteve presente na Feira do Livro durante o seu período de realização. Assistimos, com desgosto, ao reduzido número de stands dedicados aos livros, objecto central do evento.
Este ano assistimos, também, a um decréscimo preocupante do número de visitantes, e o espaço da Feira permanentemente vazio ou com pouca gente.
O facto de haver um programa cultural diverso, onde se privilegia a actuação das escolas e outras entidades com música, ginástica, percussão, são fantásticas, mas que relegam o livro para um plano secundário.
Interessa enaltecer, novamente, o livro como o centro da feira e como objecto de procura em primeira instância.
Se assim não for, a Feira do Livro é apenas um titulo de uma Feira de diversidade cultural. E temos de entender qual é aposta...o livro ou as restantes artes?Tudo pode conviver, é certo, mas ou destacamos o LIVRO ou damos maior enlevo a outras actividades. Pode haver espaço para tudo, mas não se deve justificar um sucesso relativo da Feira do Livro com os eventos paralelos que lá se realizam.
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