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10 de maio de 2011

No Dia da Europa, uma reflexão

Marta Caldeira

Helena Alves, presidente do Instituto Português da Juventude, comentou numa entrevista recente que os jovens portugueses tanto escolhiam destinos portugueses como em outros países europeus na hora de escolherem as suas saídas profissionais.
O que acontece é que não se trata meramente de escolhas. Hoje em dia os jovens não têm escolhas. Se isso acontece, como parece demonstrado pelas estatísticas, é simplesmente porque não lhes resta outra opção.
Mas há alguém que queira verdadeiramente estar longe dos seus familiares, dos seus amigos, da sua terra natal?Uma coisa é certa, a mobilidade europeia é hoje em dia um factor determinante para muitos dos jovens portugueses conseguirem alcançar o seu sucesso e realizar os seus sonhos, pois Portugal tornou-se num país sem oportunidades ou com poucas, muito poucas para quem tem alguma ambição.
Mas tenho a certeza absoluta de que quem está lá fora, no estrangeiro, tem o desejo secreto e diário de regressar à sua pátria... tal como dizia o poeta, “ninguém ama a sua pátria por ser grande, mas sim, por ser sua”.
Bom seria realmente sermos um país cheio de oportunidades para os nossos jovens e certamente que a emigração deles para outros países, mesmo que da Europa, não seria tão relevante.

in "Correio do Minho" de 09/05/2011


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