"Diário do Minho" 23/04/2012
Após treze anos da submissão do processo classificativo e dez de instrução do mesmo, está a decorrer o período de discussão pública que, no seu término, pode elevar a Capela de Guadalupe a Monumento de Interesse Público.
Esta classificação ficar-se-á a dever à boa vontade da ASPA que, em 1999, submeteu o pedido.
Contudo, à data de hoje, percebemos que não basta submeter pedidos de classificação para proteger os monumentos.
É preciso chamar à responsabilidade as entidades da tutela e sensibilizar os cidadãos para o valor dos monumentos e sítios.
Se há dez anos atrás, além do pedido de classificação, a sociedade fosse chamada a opinar sobre a Zona Especial de Protecção da Capela de Guadalupe, perceberíamos que poucas pessoas permitiriam que se destruísse a Casa/Castelo de Guadalupe, projecto de Ernesto Korrodi e se obstruísse a paisagem de um dos pontos mais altos da cidade.
É aqui que as entidades devem ser chamadas à responsabilidade. As que submeteram o processo, que se deixaram adormecer e as que deveriam avaliar o processo com maior celeridade e fazer cumprir a lei.
Agora só se pode minimizar prejuízos futuros. Mas pugnaremos para manter Guadalupe um espaço verde e, se possível, de fruição pública.
Entretanto, apelamos aos cidadãos que participem na Discussão Pública, enviando sugestões/reclamações para a Direcção Regional de Cultura Norte, pois é da discussão que nasce a luz!
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