"Diário do Minho" 02/07/2012
Na sequência de um primeiro texto de reflexão (VER AQUI), a ASPA publicou, na edição do passado dia 02/07, no Diário do Minho, uma nova abordagem à memória de Braga e o contributo que esta associação tem na cidade.
A ideia mais pertinente deste texto surge com a publicação de um Livro Branco, como forma de recolher memórias e contributos, que permitam traçar paralelos sobre o desenvolvimento e/alteração do subsolo bracarense.
É uma ideia a reter, à qual nos juntaremos os nossos contributos.
Lendo este artigo, que ataca a Câmara Municipal de Braga e as entidades que tutelam o património, fico preocupado já que quem o assina é uma associação que supostamente tem como bandeira a defesa do património. De forma inteligente, ou manhosa, esquiva-se recorrentemente de dizer claramente quem são os responsáveis pelos trabalhos arqueológicos e os primeiros prevaricadores por lesarem património. Não sendo suficiente, ostenta as bandeiras destes mesmos prevaricadores, como o parque arqueológico, carvalheiras ou teatro romano. Quem está a executar os trabalhos arqueológicos na sua quse totalidade é a UAUM, quem já recebeu avultadas verbas para os projectos dos sítios acima referidos sem apresentar resultados aceitáveis. O teatro já poderia estar integralmente escavado e as carvalheiras musealizadas. Mais de 30 anos a escavar um mês por ano quando recebe os 12, complica e muito a tarefa de concluir os trabalhos arqueológicos. Mas a ASPA assina por baixo, e defende esta forma de trabalhar, talvez porque já tenha usufruido também desta situação. A ASPA já escreveu vários artigos na linha deste último, sendo apenas um exercício inútil de um moribundo que se recusa a morrer.Por outro lado, a UAUM floresce, regada por dinheiros públicos, mal aplicados e que levam sempre à perda de património. Falta responsabilidade, responsabilização, consciência, consciêncialização, e coragem de apontar os problemas e apresentar soluções. A Jovemcoop claramente tem conseguido colmatar as falhas que apontei, esperemos que outros se juntem para o bem do património Bracarense.
ResponderEliminarÉ um facto que a ASPA tende a apontar as suas argumentações para a CMB, porque há mais de trinta anos, era esta, que sem arqueólogo, ou sem Unidade de Arqueologia ia fazendo desenvolver a cidade atropelando/destruindo os sitios patrimoniais.
ResponderEliminarOs registos da Colina do Alto da Cividade são de bradar aos céus com tanta insensibilidade.
Contudo, a ASPA esquece-se hoje que os agentes autárquicos estão escudados na actuação de uma Unidade de Arqueologia e de um Gabinete de Arqueologia Camarário, entidades responsáveis pela gestão dos procedimentos do património arqueológico. Parece-nos é que a ASPA deveria começar a inquirir mais a actuação da UAUM e responsabilizar a CMB, mas pela omissão ou negligência dos seus serviços de arqueologia.