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13 de agosto de 2012

Cemitério: Perpetuar a memória e invocar a arte

"Correio do Minho" 12/08/2012

Os cemitérios, muitas vezes vistos como locais sinistros e assustadores, são o local de referência para nos despedirmos de uma pessoa querida e podermos ter um local onde saibamos que o seu corpo jaz em paz.

Ao longo das últimas duas décadas, vários locais de enterramento foram adornados de várias formas, sejam eles campas, túmulos, mausoléus, etc.

E essas várias expressões de enterramento deram origem a igualmente variadas expressões artísticas, vistas hoje como verdadeiros monumentos de homenagem quer ao falecido, quer à obra do artista.

O cemitério de Pére Lachaise, situado na cidade de Paris, em França, é um dos maisa famosos do mundo, precisamente por incentivar a prática do turismo, como forma de o visitante homenagear personalidade de relevo.

A concepção do Père-Lachaise foi confiada ao arquiteto neoclássico Alexandre Théodore Brongniart em 1803 e, desde a sua abertura, o cemitério conheceu cinco ampliações: em 1824, 1829, 1832, 1842 e 1850, passando de 17 hectares a 43 hectares.

O cemitério recebeu a sua denominação em homenagem a François d'Aix de La Chaise (1624-1709), dito le Père La Chaise (o padre La Chaise), confessor do rei Luís XIV da França, sobre quem exerceu influência moderadora na luta contra o jansenismo.

Em 21 de maio de 1804, o cemitério foi oficialmente aberto para uma primeira inumação; a de uma pequena menina de cinco anos. Todavia, os parisienses não aceitavam de bom grado a necrópole, localizada distante do centro, numa zona de difícil acesso. Esta situação só mudaria quando para lá foram transferidas ossadas de importantes personalidades, apaziguando as críticas da elite parisiense.
Ao sul do cemitério encontra-se o Muro dos Federados, contra o qual 147 dirigentes da Comuna de Paris foram fuzilados em 28 de maio de 1871.


O "Correio do Minho" do passado dia 12 expressou esta ideia, e muito bem, na sua página de passatempos que permite um maior conhecimento sobre a cidade de Braga.

Também o cemitério de Braga é um local de grandeza artística onde estão sepultadas várias personalidades da História da Cidade de Braga.

Obviamente que o que se poderá pretender com esta ideia é homenagear a memória de pessoas importantes para a nossa História e que parecem cair no esquecimento, sendo desvalorizadas e cada vez mais omissas na representação da nossa cidade.

Por outro lado, pretender-se-á abordar as várias expressões artísticas, exaltando as magníficas construções ao longo dos anos.

Interessa, pois, perceber que esta ideia nada tem de mórbido nem de desrespeitoso, pois tudo teria de ser efectuado de forma a não perturbar quem procura a paz e o silêncio meditativo da hora da despedida; seria pois uma forma de perceber que a morte é um caminho para a memória em vida e que há várias formas de lembrar as pessoas importantes e que a construção da nossa História merece que essas pessoas sejam relembradas e que os visitantes se sintam mais próximos de alguém que marcou a cidade de Braga e se sintam inspirados a fazer mais e melhor.

Vamos desenvolver esta ideia e em breve apresenta-la-emos publicamente.


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