"Diário do Minho" 04/09/2012
As obras da Senhora-a-Branca, ao abrigo do programa "A Regenerar Braga", lançaram o caos naquela zona.
Ao longo de vários meses, transeuntes, moradores, comerciantes, automobilistas e demais cidadãos foram obrigados a conviver com pó, lama, barulho, trânsito e outros dissabores.
A intervenção não é consensual, havendo quem afirme estar mais bonita e havendo outras vozes que reclamam o excesso de granito e o desaparecimento de árvores que forneçam sombra e que tornem o espaço mais harmonioso do ponto de vista ambiental.
Um dos casos mais enigmático foi o tratamento dado às Laranjeiras.
Na primeira fase da obra, as laranjeira pareciam que iam ser cortadas e por manifestação pública, lá foi possível ver os funcionários da empresa responsável pela empreitada a apanhar as laranjas e a coloca-las em sacos. Posteriormente, além de uma grande poda, as árvores foram desparasitadas, limpas e trasladadas para a parte norte do jardim (na altura por intervencionar). A promessa era não perder aquelas árvores, substituir as que entretanto estavam "mortas" e até incrementar o número de árvores.
No dia 25 de Julho, após visita a Santiago de Compostela, o executivo da Junta de Freguesia de S.Victor e a JovemCoop assistiram com perplexidade a um estranho acontecimento...as laranjeiras da parte norte foram cortadas e outras haviam desaparecido.
O mistério foi ontem revelado pelas páginas do Diário do Minho. O Clubre de Ténis de Braga, após solicitação, ao Horto Municipal, de espécies árboreas, acabou por acolher algumas das laranjeiras da Senhora-a-Branca.
Aquelas que não se percebe porque saíram do sítio e porque razão essa decisão não foi comunicada à Junta de Freguesia de S. Victor e aos próprios moradores e comerciantes, a quem se deve uma palavra de respeito.
A gestão blindada do executivo municipal nem se esforça por fazer política de proximidade, nem de informação aos cidadãos. Um erro de actuação e de estar na vida pública, portanto!
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