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5 de setembro de 2012

Regenerar Braga e o respeito pelos cidadãos


"Diário do Minho" 04/09/2012

As operações urbanísticas que têm sido levadas a cabo em Braga, como seria de esperar em qualquer fase de obra, transtornaram a vida quotidiana de quem vive ou passa pelo centro da nossa cidade.

Se por um lado podemos questionar a pertinência destas obras, devemos reflectir no seu prazo de execução e na sua prioridade. Haveria, com certeza, locais bem mais pertinentes de serem intervencionados, além de que é preciso saber gerir os financiamentos...parece estranho continuar-se a intervencionar locais da nossa urbe sem dar resolução aos 8 milhões afundados nas (nunca mais) piscinas municipais do (inexistente) parque norte.

Por motivos diferentes, as obras têm dificultado mais do que seria natural a vida do dia-a-dia. Entre os resíduos provocados pelas obras e a supressão de vias de tráfego, acresce a dificuldade de estacionamento e a maior probabilidade das multas por estacionamento abusivo.

Contudo, o que falta o executivo municipal perceber é que ainda há moradores no centro (podem não ser em número desejado, mas há) e que têm de fazer as suas vidas e que se se mudam as condições de acesso ao centro, deve haver uma palavra a quem gravita pelo centro urbano.

Além do mais, importa perceber que se há supressão de determinadas condições, neste caso o estacionamento, devem os moradores ser de alguma forma compensados durante o período em que decorrem as obras...além do mais é falta de respeito e de ética, passar o ano a queixarem da dificuldade em terem os agentes municipais na rua por terem de pagar horas e extra e, de repente, agentes da polícia municipal andarem aos Sábados à noite a multar e a rebocar automóveis, dizendo que são as ordens que têm...andar pelas ruas ao fim de semana atrás das multas.

Uma vez mais, é uma questão de respeito pelos cidadãos e de ter transparência nas actuações, dando a possibilidade aos moradores, comerciantes e fruidores do centro de conhecerem projectos, prazos e regras.




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