"Correio do Minho" 08/03/2013
"Diário do Minho" 08/03/2013
O tema suscitou uma enorme adesão do público a este evento
Durante mais de três horas abordou-se o futuro das antigas instalações da Fábrica Confiança
Foi da
Confiança e com confiança no futuro que ontem se debateu a antiga saboaria
instalada na Rua Nova de Santa Cruz. O mote do 2º debate promovido pela
associação Braga+ e JovemCoop estava dado e foram muitos aqueles que quiseram envolver-se na
discussão de um património municipal que não tem, pelo menos para já, futuro
definido.
No final do
debate, onde a opinião da sociedade se foi revelando em alguns momentos, Vitor
Sousa, vice-presidente do executivo municipal e um dos oradores, salientou a
importância do imóvel para um pensamento distinto daquela zona da
cidade.
“Só o facto
de hoje termos a Confiança já nos leva a discussões laterais extremamente
importantes no quadro do planeamento e do urbanismo, que é a questão de
mantermos um eixo de modos suaves em termos de acesso entre a Universidade e o
centro da cidade”.
Vitor Sousa
avança o que projecto que tem pensado para o local e que irá incluir na sua
candidatura.
“Eu tenho
análises feitas, sob o ponto de vista técnico não tenho nada fechado, mas tenho
o privilégio de ter alguns dados técnicos. E o que tenho é que como nós temos
uma infra-estrutura na Avenida Júlio Fragata já muito rebaixada por causa do
nível friático da cota do rio Este, é uma obra mais sensata, mais fácil e mais
barata prolongar ligeiramente para a frente da rua Nova de Santa Cruz o túnel já
existente e fazer a parte de cima toda em área de travessia pedonal”.
Também do
lado da Coligação Juntos por Braga, a ligação à Universidade é praticamente um
compromisso. Ricardo Rio fala numa solução estratégica.
“A solução
mais estratégica do ordenamento da própria cidade, no caso concreto foi já
reconhecido em diversas ocasiões, neste momento a cidade está fracionada e
separada por via da Avenida Padre Júlio Fragata e aquilo que ficou aqui de certa
forma consensualizado, de forma quase inesperada, é que no próximo mandato
iremos tentar construir uma solução de continuidade pedonal entre a Rua Nova de
Santa Cruz e a Rua D. Pedro V que volte a ligar a Universidade à malha urbana
central. Parece-me que isso é algo extremamente pertinente e deve ser uma aposta
do próximo executivo”.
O espaço de
co-working será uma realidade no futuro da Confiança, tal como sucede no
GNRation, mas Vitor Sousa identifica uma complementariedade entre este espaço e
o do Campo da Vinha.
“O registo
do GNRation é virado para este espaço de partilha, de ninho de empresa, de
incubadora mas numa área das indústrias criativas, da arte, do design e o outro
é o mesmo modelo, e aí pode haver uma complementariedade interessante, mas numa
área completamente distinta, com a mesma base, mas para a ciência, tecnologia,
inovação e muito direcionado àquilo que é o factor do próximo quadro comunitário
da agenda 20-20”.
Já Ricardo
Rio, parece partilhar do mesmo ideal. “São manifestamente complementares, é
assim que eu os entendo. Aliás, o GNRation caso venha a preservar a traça que
nós incutimos no início quando se discutiu a própria aquisição do edifício da
GNR, será uma estrutura predominantemente mais cultural e ligada às indústrias
criativas. Aqui há a possibilidade de compartimentação para projetos de outra
natureza, mais ligado às nanotecnologias e a outros desenvolvimentos científicos
ligados à Universidade do Minho. Julgo que são, claramente, estruturas
complementares”.
Vítor Sousa
avançou também que este projecto deve agora ser maturado e estar pronto até ao
final do mandato para que o próximo executivo possa trabalhar no mesmo e
adaptá-lo em função do quadro comunitário de apoios.
Da mesma
opinião partilha o líder da Coligação Juntos por Braga que adiantou que a
prioridade do projeto, terá obrigatoriamente de ser concretizado no próximo
mandato, acautelando os financiamentos para o projeto. “Julgo que até ao início
de 2014 o próximo quadro comunitário estará clarificado na suas orientações e
nas prioridades em termos de investimento. Portanto, temos aqui sensivelmente
nove meses que também coincidem com o encerramento deste mandato, com o arranque
do próximo para podermos, inclusivamente, enquadrar nas próximas opções do plano
da câmara municipal, que serão discutidas no final deste ano”.
Quanto ao
projeto, em si, Ricardo Rio adianta que haverá sempre geração de emprego.
“Qualquer financiamento comunitário de um projeto, um dos primeiros requisitos
que exige é que vai ter de gerar emprego, portanto o Espaço Confiança vai ter de
gerar emprego, seja ou não financiado. Acho que nesta matéria, a questão da
incubação de empresas é também um veículo muito importante para a criação de
oportunidades de emprego e de criação de novos negócios que Braga tem que
cultivar de uma forma massificada em ligação à UMinho, ao INL e a todo o
espírito empreendedor que existe neste momento na cidade e que não tem essa
oportunidade de expressão”.
Palavras de
Ricardo Rio sobre um tema que diz, estar a “apaixonar a cidade”, garantindo que
as iniciativas de debates promovidas pela Braga+ e JovemCoop “são uma ajuda para melhorar a
própria gestão municipal”.
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RUM retirada daqui