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29 de março de 2016

Crónica "Dia Mundial da Juventude - O dia de Braga"



Dia Mundial da Juventude – o dia de Braga

Sendo a JovemCoop uma associação juvenil, não podíamos deixar passar o dia de hoje sem lhe dedicarmos esta crónica. Hoje é o dia mundial da juventude, e como se não bastasse esta ser a geração primordial da nossa associação, é também a faixa etária maioritária da nossa cidade, pois Braga é verdadeiramente uma cidade jovem.

Para uma associação como a JovemCoop, não é possível falar do dia mundial da juventude sem o relacionar com dois grandes momentos da cidade. Foi em 2012, aquando da atribuição à cidade do título de Capital Europeia da Juventude, que todos os cidadãos reconheceram Braga como uma cidade oficialmente jovem, apesar dos seus dois mil anos de história. Durante todo esse ano Braga respirou juventude nos seus mais variados eventos, nas suas mais variadas formas e expressões. Porém, este não foi um ano só pensado para os jovens, mas com um grande objetivo de fomentar um diálogo intergeracional, de unir os jovens à sua cidade, à sua história, criando assim fortes laços de identidade fazendo de Braga uma cidade de todos, para todos. Nesse ano, o movimento associativo fez-se ouvir e surgiram inúmeras associações desejando dar o seu contributo para o ano de comemoração que se vivia pelas ruas da cidade. A JovemCoop não foi exceção, mostrando-se desde cedo disponível para aproximar Braga dos bracarenses, em especial da juventude que enchia as ruas da cidade. Este foi para nós um momento alto da vida da cidade que deixou uma grande herança a todos os bracarenses. Prova do sucesso de 2012 é o facto de, no presente ano, Braga ser a Capital Ibero Americana da Juventude. Um ano que vivemos com grandes expectativas e que desejamos que seja vivido por toda a cidade, tal como aconteceu anteriormente.

Apesar dos títulos atribuídos, na nossa opinião o fundamental é o legado que essas experiências podem e devem deixar na cidade. É essencial que depois de uma grande reflexão se colham os melhores frutos destas sementes lançadas à cidade. Já temos provas dadas de que existindo iniciativas e uma boa divulgação há adesão. Os bracarenses são cidadãos ativos e participativos na cidade que apenas precisam de ser estimulados pela cidade.

É certo que Braga é cada vez mais ativa e que se esforça diariamente para se aproximar dos cidadãos. Por exemplo a Semana Santa Bracarense, vivida nestes últimos dias, é um evento solene da cidade, mas hoje existem diversas possibilidades para que cada um se aproxime e se identifique com esta semana tão singular. Através de exposições, concertos, concursos, ou até mesmo da participação como figurante nas procissões, a Semana Santa é hoje um momento de religião abraçado à cultura. Hoje a tão aclamada semana é tão religiosa quanto cultural. Deste modo, é para nós fundamental trabalhar na aproximação dos jovens bracarenses aos principais momentos vividos na cidade, às nossas tradições, à nossa identidade.

Sabemos que manter os jovens ativos, dinâmicos e interessados é um trabalho difícil, com inúmeros obstáculos, mas é essencial. Os jovens de hoje são os adultos de amanhã e por esse motivo consciencializa-los é uma tarefa fundamental se queremos um futuro participativo na nossa cidade. Esse é um dos grandes objectivos da JovemCoop, queremos mostrar às gerações vindouras, que são o nosso futuro, e que tal como nós conseguem cuidar da cidade para que esta se torne cada vez melhor.
Hoje, dia mundial da juventude reconhecemos que Braga está cada vez mais próxima dos que nela habitam, mas que ainda muito há para fazer. Desejamos assim que Braga não deixe o seu legado esquecido, e que trabalhe para que todos os anos sejam dignos de ser capital, não só da juventude, mas de todos os bracarenses. 

17 de março de 2016

Semana Santa de Braga



As associações JovemCoop e Braga + organizam, no próximo sábado, dia 19, mais um percurso pelo património bracarense, desta feita para memorar a Semana Santa de Braga.

Esta iniciativa, tem início pelas 14h30, na igreja do Pópulo.

Este percurso pretender dar a conhecer a história dos principais cerimoniais públicos que têm lugar durante a Semana Santa de Braga, nomeadamente as grandes procissões. Com início na igreja do Pópulo, o percurso conta com algumas passagens nos templos vinculados às Irmandades de Santa Cruz e da Misericórdia, as principais protagonistas das procissões.

A visita guiada conta ainda com passagens pelos Congregados e pela igreja de S. Victor.

Contamos consigo para mais um percurso bracarense.

9 de março de 2016

Cheque às Convertidas e ao Edifício do Castelo



Foi dado a conhecer, esta 4ª feira, dia 09 de março, a intenção de colocar à venda dois imóveis emblemáticos da nossa cidade.

Por um lado, a Direção Geral do Tesouro e Finanças e o Ministério da Administração Interna compactuam com a venda da Casa/Recolhimento das “Convertidas”, tão só Monumento classificado como Imóvel de Interesse Público.

Apesar de se tentar recordar a Casa das Convertidas a partir de um processo vergonhoso associado à venda do antigo Lar da Palha, adossado à Casa das Convertidas, nunca, em circunstância alguma, a Casa das Convertidas se abordou o assunto na ótica da venda a um proprietário, mas sim, na cedência deste monumento para a fruição pública.

Concretamente, de há uns anos a esta parte, que se envidaram esforços para que a gestão do edifício das Convertidas fosse transferido para a CMB, mas somente após obras de recuperação, para que a CMB não ficasse com um presente envenenado.

Mas as obras que decorreram foram, até à data, de fachada, estando o interior à espera de melhor sorte. Enquanto se protela a decisão, o monumento apodrece e definha. Juntamente com a Casa das Convertidas, corre-se o risco de se perder a Capela, belíssima no seu singelo interior, mas com rebuscado altar.

Sabemos de reuniões, de entendimentos e até tivemos a oportunidade de vislumbrar a vontade do Sr. Secretário-geral do MAI, Dr. Carlos Palma em contribuir para a solução de recuperação e possível transferência do imóvel para a CMB.

Descobrir, pela imprensa, que a Casa das Convertidas está à venda, é desgostoso e um processo vergonhoso para as entidades tuteladas pelo Governo da Nação.

Num movimento de cidadãos, tanto se abordou a necessidade de recuperar a Casa das Convertidas, tanto se alertou para a necessidade de tê-lo à fruição pública, algo que até foi ratificado pelo próprio Governo que classificou a Casa das Convertidas como IMÓVEL DE INTERESSE PÚBLICO.

O Interesse Público mantém-se e o imóvel não deveria estar sujeito a uma alienação com objetivos financeiros.

Contudo, o Município deve ter o direito de preferência em adquirir o imóvel e, moralmente, não poderá pôr uma pedra neste assunto, deixando a decisão para terceiros. O Município na senda de zelo que tem tido para com o património, deve usar de todos os recursos ao seu alcance para manifestar a importância deste imóvel como equipamento e monumento da cidade de Braga. Deve propor-se adquiri-lo ou geri-lo, sob pena de comprometer a História local. Estamos cientes das dificuldades financeiras pelas quais o Município atravessa, mas está na hora de assumir estratégias para o futuro, empenhando-se para que a História da cidade não saia lesada.

Já o edifício do Castelo, pela sua imponência e localização deve ser alvo de um sério plano de recuperação, assumindo a Universidade do Minho um direito preferencial, dado ser já detentor de parte do imóvel.

Choca, com certeza, andar no centro da cidade e visualizar um edifício monumental degradado, com sinais de abandono.

Há já anos que se fala num Hotel de Charme ou na Galeria de Arte Contemporânea…as ideias são boas, mas são um cheque em branco para alguém assumir a despesa.

Cheque foi aquilo que as Infraestruturas de Portugal e a GDTF fizeram à cidade de Braga…colocaram, sem aviso prévio, imóveis de grande valor histórico e/ou geográfico à venda, numa intenção que parece irreversível.


Não queremos que seja um cheque mate, pugnando para que os edifícios reis da cidade possam escapar ilesos, sendo esta situação a oportunidade de gizar estratégias de valorização do património.

7 de março de 2016

Girls Lean In



A Coordenadora Geral da JovemCoop é a oradora do Girls Lean In que ocorre amanhã pelas 19h na Junta de Freguesia de S. Victor. 
O Girls Lean In é um encontro mensal que tem como objetivo dar voz a mulheres empreendedoras, e assim, partilhar as suas experiências. Este projeto surgiu em Braga, mas já se estende um pouco por todo o país, desde Viana do Castelo até Faro, passando pelo Porto e por Lisboa. 

Para conhecer de perto a experiência da Margarida, basta inscrever-se em aqui!


3 de março de 2016

A escolha da JovemCoop



A escolha da JovemCoop pela voz da Coordenadora Geral Margarida Pereira 


Gosto de acreditar que o todo o património, seja o material ou o imaterial, é uma peça fundamental da nossa identidade, quer da comunidade, quer de cada um de nós.

O mês que anuncia a chegada da Primavera, traz consigo uma panóplia de eventos capazes de agradar às mais variadas preferências. Apesar da vasta oferta, gostaria de destacar, nesta que é uma escolha pessoal, aquela que é uma das semanas mais marcantes na cidade de Braga -  A Semana Santa, com especial enfoque na “tão nossa” Procissão da Burrinha. Realizado desde 1998, o cortejo bíblico “Vós Sereis o Meu Povo”, popularmente conhecido como “Procissão da Burrinha”, organização conjunta da Paróquia e da Junta de Freguesia de S. Victor, é um dos momentos de maior expressão popular, sendo prova viva de que com força de vontade todos podemos contribuir para enriquecer a nossa identidade. É, sem dúvida, um dos momentos mais conceituados desta especial semana bracarense.


Outra iniciativa que merece especial destaque, não só este mês, como nos restantes meses do ano, é o projeto “À Descoberta de Braga”, desenvolvido pela Câmara Municipal de Braga e que tem como objetivo aproximar os bracarenses da sua cidade e da sua identidade. No dia 12 de Março, este projeto de intervenção cultural promoverá no dia visita ao Complexo Eco Monumental das Sete Fontes. Um verdadeiro tesouro escondido da nossa cidade, que a JovemCoop tenta salvaguardar e dar a conhecer, evocando o Dia Mundial da Água.

1 de março de 2016

A memória Coletiva do S. Geraldo


A memória Coletiva do  S. Geraldo
Se falarmos do Salão Recreativo Bracarense, possivelmente muitos não saberão a que edifício nos estamos a referir. No entanto, se informarmos que posteriormente o Salão Recreativo deu lugar ao cinema São Geraldo, serão várias as gerações que não só saberão qual é o edifício, como terão o seu próprio testemunho sobre memórias neste local.
Falamos de um edifício com quase 100 anos de história e, por esse motivo, acreditamos que é necessário pensar e reflectir nas soluções que poderão definir o futuro do São Geraldo como o equipamento cultural que sempre foi. Com a finalidade de não pensar exclusivamente no edifício S. Geraldo, mas também em muitos outros no Centro Histórico da Cidade, a Câmara Municipal de Braga lançou um concurso de ideias denominado “Avenida da Liberdade”, que procurava propostas para “proteger e requalificar o edificado e o espaço público” tendo em conta componentes culturais, recreativas, entre outras, e a requalificação das áreas mais sensíveis. Este concurso de ideias teve, como prémios, um total de vinte mil euros, a dividir pelos três primeiros lugares. Os três projetos premiados incluíam o edifício do famoso cinema bracarense e a sua reconstrução direcionada para a componente cultural e artística que sempre teve, mantendo sempre a sua estrutura de raiz. Porém, a CMB, entidade que lançou o concurso de ideias, apoiou um projeto que nada tem em comum com as propostas vencedoras. É certo que o edifício é de propriedade privada, pois pertence à arquidiocese, e que a Câmara não pode obrigar o proprietário a fazer o projeto desejado ao edifício, mas é igualmente certo que existindo um concurso de ideias, com prémios elevados, onde muitos se empenharam em participar e onde houve projetos vencedores, eleitos por um júri idóneo, estes deveriam ser tidos em consideração e não deveriam ser descartados dados os investimentos financeiros e intelectuais. Em vez disso, foi apresentado à cidade um projeto que fará do S. Geraldo um mercado cultural/ alimentar e um hotel. Uma solução que é sempre melhor do que deixar o edifício devoluto no centro histórico da cidade, mas que pensada em pormenor, irá destruir por completo a arquitetura do edifício, tal como a conhecemos, pois a sua grande sala central não poderá existir. É, portanto, necessário repensar no futuro do S. Geraldo enquanto é tempo, e tentar que seja tomada uma decisão consciente por parte do proprietário no que respeita à reabilitação deste imóvel.
Tendo em conta o paradigma cultural que desde sempre existiu neste espaço e considerando que Braga carece de um espaço cultural que acolha os artistas locais, bem como outros projetos que não chegam à cidade pela exclusividade das salas existentes, o S. Geraldo deverá ser pensado como um espaço artístico de e para a comunidade. Prova de que Braga exige este espaço é o Programa Estratégico de Reabilitação Urbana do Centro Histórico de Braga que visa a criação de um auditório no outrora acalmado cinema bracarense. Motivo pelo qual a CMB, apesar de não ser proprietária, mas ter o poder de definir eixos estratégicos de reabilitação, poderia e deveria sugerir à Arquidiocese de Braga que o Plano de Recuperação do edifício fosse, de facto, mais cultural e menos economicista. É certo que a Arquidiocese terá elaborado um estudo de mercado para saber como rentabilizar aquele espaço, mas arquitetonicamente acreditamos que as valências previstas poderiam enquadrar a Sala Principal.
Contudo, há que fazer outra reflexão: Com um novo auditório, que fosse explorado por privados, isso não comprometeria ou condicionaria a dinâmica cultural do Theatro Circo?
As palavras de ordem prometidas para o Centro Histórico de Braga são a conservação e reabilitação, e são esses conceitos que são necessários manter quando pensamos no futuro de algum edifício devoluto da cidade, seja ele o S. Geraldo ou não. Se dermos uma volta pelo centro da cidade são muitos os edifícios que estão a desabar, literalmente. Como aconteceu com o telhado do Antigo Lar da Palha, em plena Avenida Central. É urgente a CMB sensibilizar e apoiar, dentro das possibilidades e da legalidade, a reconstrução desses edifícios, pois merecemos um centro digno da nossa história. O Centro da Cidade é um dos nossos cartões de visitas mais fortes e, por isso, deveria estar impecavelmente reabilitado.
Apesar de muitos destes edifícios serem propriedade privada, há que pensar que estão inseridos num ambiente coletivo, pejado de memórias em constante construção. Porque preservar a nossa história é essencial e a cultura também faz parte dela. Braga é de todos e o S. Geraldo também.