Resoluções
de Ano Novo
Caro Leitor, esperamos que tenha
iniciado 2018 da melhor forma. Muito nos honraria, caso tenha decidido seguir o
nosso conselho e aproveitou as resoluções de 2018 para se dedicar a alguma
associação. Hoje, tal como manda a “tradição”, gostaríamos de partilhar consigo
algumas daquelas que, do nosso ponto de vista, deveriam ser resoluções de ano
novo para a nossa cidade.
Continuamos a desejar que o
Parque Verde das Sete Fontes saia do papel e comece a ganhar forma no terreno.
Cada vez são mais escassas as visitas, por parte do Município, a este Monumento
Nacional. Terão as Sete Fontes caído no esquecimento após o restauro das Mães
de Água, em 2014? Esperamos estar completamente enganados e que 2018 seja um
ano marcante na preservação, mas acima de tudo, na valorização deste local tão
especial para a cidade.
A Casa das Convertidas,
classificada como Imóvel de Interesse Público, continua a ter as suas portas
fechadas, abrindo a magnífica capela com o seu retábulo do século XVIII apenas
nos dias da sua padroeira. Parece-nos pouco ambicioso, termos o Recolhimento de
Santa Maria Madalena, que outrora era tão cheio de vida, de portas fechadas,
escondendo o valioso legado que está dentro daquelas paredes. Infelizmente, as
Convertidas não são um caso isolado, pois a Saboaria e Perfumaria Confiança já
viveu dias mais auspiciosos aquando a comemoração dos seus 120 anos, realizada
pelos atuais dirigentes da cidade. Agora, ambos os edifícios veem no seu futuro
grandes incógnitas. Será que 2018 reserva um final feliz para estas peças
centrais do património na cidade, atribuindo-lhes os destinos que ambos os
imóveis merecem?
Um exemplo feliz de
requalificação e valorização é o edifício GNRation, um local que começa a
definir a sua identidade afirmando-se numa cultura alternativa com algumas
exposições e concertos. Mas, a par de tudo isso, é fundamental abrir as portas
do antigo quartel da GNR atraindo a atenção dos bracarenses para o interior
deste imóvel, pois são muitos os que desconhecem a vida daquele espaço. Talvez
este ano, com a chegada da Capital Europeia do Desporto (CED’18), haja uma
maior facilidade em levar os bracarenses a entrar no edifício e conhecer o que
tanto tem para oferecer.
Esperamos que 2018 nos faça
lembrar o incomparável ano de 2012, onde celebrámos a Capital Europeia da
Juventude. A CEJ’12 teve uma grande conquista no que à envolvência associativa
diz respeito, foram 365 dias com uma Braga ativa e participativa. Talvez grande
parte do sucesso da CEJ’12 tenha sido, também, a exploração das várias
vertentes da “juventude”, desde atividades mais pedagógicas, até desportivas
atraindo assim jovens de todas as idades. Acreditamos que também a CED’18 não
se ficará apenas por competições profissionais, como o futebol, nem por
atividades físicas como a corrida, mas que irá explorar o desporto nas suas
mais diversas formas, por exemplo a nível da saúde e até a sua ligação com a
educação, pois ser CED’18 é muito mais do que acolher competições que já
existem, é criar a nossa marca. Esperamos que este ano não se reflita na
CIAJ’16 que pouco se sentiu na cidade, mas que deixe um legado que se estenderá
para lá de 2018, pois essa será a principal vantagem.
Tendo a cidade a vida associativa
que tanto ambicionou, é tempo de cumprir a promessa de uma Casa Associativa,
talvez no edifício Francisco Sanches, com sede para muitas associações que,
como a JovemCoop, não têm onde se instalar o que acaba por comprometer, em
parte, o desenvolvimento de atividades.
Em suma, esperamos que 2018 seja
o ano do Desporto, mas também o ano da Ação, pois, caro leitor, se recordar a
nossa crónica de 2015 verá que, infelizmente, os desejos para a cidade se
repetem pois nada foi feito no que a estes assuntos diz respeito. Um Bom Ano
para si e para os seus são os votos da JovemCoop.