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16 de dezembro de 2018

Percurso da Conceição



A JovemCoop e a Braga Mais organizam no proximo sábado, dia 22, o Percurso da Conceição. Pelo quarto ano consecutivo, as associações juntam-se ao Grupo Coral de Guadalupe e desafiam os bracarenses a contribuir para a Missão "Põe Azeite" ao mesmo tempo que conhecem a cidade. 

Vamos contribuir para que todos tenham um natal mais temperado?

Dia 22, às 10 horas, no Largo de São Paulo, traga a sua garrafa de azeite e venha connosco conhecer mais um pouco da história da cidade.Contamos consigo! 

11 de dezembro de 2018

Crónica "O Conceito de Natal"



O conceito de Natal

Se nos pedissem para realizar uma partilha de ideias sobre o natal, associando dessa forma a época natalícia a algumas palavras, certamente haveria conceitos comuns entre a maioria das pessoas.

É quase inato que se associe Natal à FAMÍLIA, não fosse esta época rica em tradições familiares, onde as pessoas mais próximas cumprem os mais variados rituais, desde os já tradicionais jantares de amigos, chegando à própria noite de consoada geralmente realizada em família. Nesta quadra, tentamos sempre estar junto daqueles de quem mais gostamos. CULTURA é, também, uma das palavras de ordem nesta quadra, independentemente da religião de cada um, é praticamente impossível não nos associarmos a um evento natalício. Em Braga, o Natal é a rua e a agenda cultural do “Braga é Natal” vem provar isso mesmo, pois são inúmeros eventos, desde teatros, passando por concertos, dança, ou exposições, que diversificam a oferta cultural que existe nesta época. Adequada a todas as idades, a agenda natalícia invade toda a cidade com luzes e cores, o que faz com que seja quase impossível passar-se à margem de todos os eventos. DAR e SOLIDARIEDADE unem as mãos e juntos são dois conceitos que atribuem um grande significado a esta época. Pois se já costumamos “dar” a quem nos é próximo, nesta quadra todos ficamos mais sensibilizados e gera-se uma onda de solidariedade para com os que mais precisam. Seja nas recolhas alimentares para os mais carenciados, seja nas ações para ajudar os nossos amigos de quatro patas, ou recolhas de brinquedos para crianças, o Natal é, sem dúvida, um momento de PARTILHA que vai muito além dos bens materiais. Nesta quadra há partilha de conhecimentos entre gerações, de momentos que preenchem as nossas memórias e que criam todas as nossas tradições. Por esse motivo, também TRADIÇÃO é um conceito indissociável do Natal. São as tradições que criam o Natal de cada um, em particular, mas são também elas que nos permitem ter tanto em comum nesta quadra. Por exemplo, encher a casa de luzes e montar a árvore de natal, fará parte dos rituais de muitas famílias, assim como a montagem do próprio presépio. Para os bracarenses, existe, ainda, uma peculiar e recente tradição que consiste no “Bananeiro”, onde beber moscatel, comer bananas e desejar um Feliz Natal a todos aqueles que passam, torna o dia 24 tão característico na nossa cidade.

Juntamos, então, todos estes conceitos e associamo-nos, pelo décimo ano consecutivo, à Missão Põe Azeite. Para a JovemCoop é já uma tradição juntar-se ao Grupo Coral de Guadalupe que, todos os anos, leva a bom porto esta missão de solidariedade. Não só nesta época, mas durante vários momentos do ano, já faz parte da cultura do grupo ser solidário e dar sem esperar receber em troca. Desafiados a colmatar um bem escasso dos cabazes de Natal da Comissão Social de Junta de Freguesia de S. Victor, juntamo-nos a esta recolha pois sabemos que, desta forma, iremos temperar o Natal de muitas famílias, que por diversos motivos, sem a solidariedade de todos, não conseguiram ter um Natal tão especial.

Desta forma, convidamo-lo, a si, caro leitor, a contribuir participando na caminha da Natal que a JovemCoop irá organizar no dia 22 de Dezembro, e na qual o convidamos a partilhar connosco uma garrafa de azeite. Esta é, para nós, uma causa tão especial que nem o Grinch conseguiria ficar indiferente, e certamente iria pedir a todos os seus amigos para deixar uma garrafa de azeite na Junta de Freguesia de S. Victor, tornando, assim, o Natal mais especial, não só para quem recebe, mas também para quem dá, pois é impossível ficar indiferente quando contribuímos para uma causa tão nobre. Caro leitor, despedimo-nos com os votos de um FELIZ NATAL e uma grande entrada em 2019, com Confiança.

13 de novembro de 2018

Crónica "Á Descoberta de Guadalupe"


À descoberta de Guadalupe

A Capela de Nossa Senhora de Guadalupe situa-se no Monte de Santa Margarida, um dos pontos mais altos do centro histórico da cidade, tendo assim uma localização de excelência. Envolta pelo Parque de Guadalupe, a capela, que hoje conhecemos, nem sempre terá sido assim, pois supõe-se que, antes de 1725, ano de construção da capela, já lá existisse um outro templo possivelmente dedicado a Santa Margarida. Contudo, Dom Rodrigo de Moura Telles, arcebispo de Braga entre 1704 e 1728, mandou substituir esse templo pela Capela de Nossa Senhora de Guadalupe, sustentando, monetariamente, a construção desde monumento ímpar na cidade.

Com formato em cruz grega, a capela encontra-se descentrada da escadaria que lhe dá acesso, supondo-se que esteja virada para a Sé de Braga. Quem visita a Capela de Guadalupe, como é tradicionalmente conhecida, pode encontrar dois altares laterais em estilo neoclássico, o da direita dedicado a S. Marçal, padroeiro dos bombeiros e o da esquerda devoto à Nossa Senhora da Piedade, ambos padroeiros das festas que em tempos foram celebradas no Parque, por toda a comunidade. Quanto ao retábulo mor sabe-se que este é da autoria de André Soares, em estilo rococó, e quem já visitou a capela conhecia-lhe os tons de talha, azul e branco. No entanto, este ano, a Irmandade de Guadalupe decidiu avançar com um projeto há muito ambicionado, promovendo o restauro da obra-prima de André Soares. 

Desenganem-se aqueles que acreditavam que o restauro do altar iria consistir num “repinte” das cores com as quais já estaríamos familiarizados, pois, para grande surpresa de muitos, surgiu um “novo” altar-mor com a tão característica talha, mas agora a contrastar com um marmoreado em tons de azul, rosa e verde. 

Infelizmente, o Parque e a Capela de Guadalupe não se encontram diariamente abertos ao público. É possível visitar o espaço aos domingos, a partir das 11h até às 12h30, horário no qual decorre a eucaristia. No entanto, se ficou tão curioso quanto interessado em conhecer esta obra de André Soares que se constitui como uma grande descoberta do património bracarense, aproveite para participar no Concerto de Inauguração, que decorrerá no próximo sábado, dia 17, às 21h30 na Capela. No mesmo local, irá também ser realizada, no domingo, dia 18, uma eucaristia comemorativa da inauguração do altar, com a presença do Sr. Arcebispo de Braga e de alguns sacerdotes mais familiarizados com a Capela. 

É, também, de salvaguardar que Guadalupe é especial não só pelas características já referenciadas, mas também porque este é um local onde vinga a dedicação de uma comunidade consciente e altruísta que cuida do que é de todos. Foram já várias as limpezas que a JovemCoop fez ao parque, assim como as visitas guiadas ao local. Também a Junta de Freguesia de S. Victor ajuda na manutenção do parque, assim como toda a comunidade, que sempre se mostrou consciente e solidária em todos os desafios que lhe são propostos. Numa cidade que tem no património cultural um dos maiores factores turísticos, mas, acima de tudo identitários, urge em promover um estudo analítico ao estado dos nossos monumentos, constituindo um Plano de Acessos e Manutenção. É claro que há monumentos com proprietários vários, mas se o Município tiver um papel de facilitador e de concertador de diálogos, estará, então, a instituir um verdadeiro consórcio de vontades, que permitam disponibilizar, ao público, os locais mais emblemáticos de Braga.

Desta forma percebemos como é importante proceder aos bons exemplos e às boas práticas, fazendo dos governantes da cidade, mas também de todos os cidadãos, agentes com verdadeiras consciências políticas, que preservam, valorizam e protegem o património da cidade.

Junte-se às celebrações, e venha conhecer este local onde a natureza tão bem envolve o património da cidade, tornando-o tão especial em pleno centro de Braga. A JovemCoop estará presente neste que é um marco na História da Capela da Nossa Senhora de Guadalupe. Vamos à descoberta de Guadalupe?

16 de outubro de 2018

Crónica "Parabéns Confiança"



Parabéns Confiança

Apesar dos dias de controvérsia que se têm vivido na cidade, o passado 12 de Outubro foi dia da Saboaria e Perfumaria Confiança soprar as suas velas, 124 para sermos mais exatos.

Em 12 Outubro de 1894, Braga singrava na era da industrialização e dava-se a conhecer ao mundo através dos mais famosos sabonetes. Desengane-se quem acreditava que esta seria mais uma fábrica, pois a Confiança destacava-se não só pelos seus produtos, mas também pela vertente humanista. Quantas fábricas, no dealbar do século XX, tinham uma creche para os filhos dos funcionários? Quantas tinham um anfiteatro dedicado às atividades lúdicas dos trabalhadores?

Com o passar dos anos, Braga foi apagando uma parte da sua história, deixando desaparecer os edifícios que preenchiam a vida industrial da cidade. Por esse motivo, consideramos os 124 anos da Fábrica Confiança uma vitória, pois se os edifícios da era industrial foram extintos, a Confiança surge como um último reduto da presença industrial na cidade e lutar contra o esquecimento que lhe está a ser imposto. Infelizmente, todos estes verbos devem ser conjugados no presente, pois, nos dias de hoje, aos olhos da Câmara Municipal de Braga, a Confiança já não é o que era e está a perder importância. Se o que aconteceu no passado com a Social Bracarense, a Fábrica Taxa e, um pouco mais recente, a famosa Pachancho foi um apagão da “Era Industrial Bracarense”, é simplesmente vergonhoso que, em pleno século XXI, se considere que valorizar parte tão importante da nossa história se resuma em manter 3 fachadas. Foi esta a teoria que vimos ser defendida pelo Prof. Miguel Bandeira na reunião do Executivo Municipal, onde o Vereador “valorizou” toda a importância da Fábrica Confiança confinando-a a “3 paredes”.

No entanto nem sempre foi assim, pois, em 2003, a opinião do Prof. Miguel Bandeira, na altura representando o Conselho Diretivo da ASPA, defendia que “o complexo arquitectónico da Fábrica Confiança apresenta-se como um valor patrimonial digno de superior classificação, que deverá ser legado às gerações futuras como memória exemplar da evolução da indústria na cidade de Braga, reunindo potencialidades para se constituir num equipamento cultural privilegiado da cidade…”. Ao que parece o Vereador do Urbanismo já não defende as mesmas ideias, uma vez que em 2003 condenava “não ter havido inteligência estratégica de reutilizar os edifícios aludidos…” e, por esse motivo “a Fábrica Confiança é redobradamente valiosa por constituir o ultimo reduto da cidade de Braga no domínio da arqueologia industrial.”. Será que o Prof. Miguel Bandeira, dirigente da ASPA, não tem forças para convencer o Prof. Miguel Bandeira, Vereador da Câmara Municipal, a desistir desta alienação?

A preservação e o aproveitamento em prol da comunidade do edifício da Saboaria e Perfumaria Confiança foi sempre defendida pela JovemCoop, o que se pode comprovar por todos os artigos escritos pelos representantes da associação ao longo dos anos, e que foram tão bem relembrados pelo Presidente da Câmara, Dr. Ricardo Rio, no decorrer da última Assembleia Municipal. O Sr. Presidente quis usar os artigos para tentar mostrar incoerência na forma de salvaguarda da Confiança, algo que não conseguiu fazer (mas ficamos com este apontamento do que um autarca é capaz de fazer para manipular o discurso e legitimar ações). É que, ao contrário dos atuais dirigentes da CMB, a JovemCoop nunca fez da Confiança uma bandeira política, talvez seja este o motivo que nunca nos fez mudar de opinião no que à valorização do imóvel diz respeito. Como comprovamos neste artigo, em 2003 o Prof. Miguel Bandeira assinou um parecer, ao qual a JovemCoop teve acesso, valorizando e defendendo a Fábrica Confiança. Em Maio de 2011, Firmino Marques, presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, segundo o Correio do Minho “mostra-se triste pela incapacidade da Câmara Municipal de Braga agarrar a oportunidade de reconverter o espaço no âmbito das “Cidades Criativas”, como foi proposto pela Junta. Em 2013, nos diversos debates organizados pela JovemCoop e Braga+, Ricardo Rio, na altura candidato da oposição, defendia a aquisição do imóvel por parte do município. Em 2014, a actual CMB abre as portas da Confiança comemorando os seus 120 dedicando-lhe uma sessão do “À Descoberta de Braga” entre outras atividades, e valorizando os testemunhos de antigos operários. Contudo, em 2018, a CMB que tanto valorizou, aceita e compactua com a venda do edifício por mais meio milhão de euros do preço da aquisição, e considera-se tão soberana que não aceita discussão sobre o assunto, não põe à consideração do Conselho Estratégico para a Reabilitação Urbana (conselho do qual fazemos parte e já discutimos projetos de alavancagem na reabilitação localizada), nem tão pouco um adiamento da decisão, não fosse isso despertar mais consciências e terem de prestar as verdadeiras motivações da venda. Felizmente, há quem se preocupe e se mantenha íntegro no diálogo com a cidade, por esse motivo permitimo-nos dar os Parabéns pelos 124 anos de Confiança, pois essa, pelo menos em algumas pessoas, nunca se irá perder.

18 de setembro de 2018

Crónica "Bracarenses perdem a Confiança?"





Bracarenses perdem a Confiança?

Imagine que tem várias casas. Se lhe propusessem que vendesse uma delas por quatro milhões de euros, certamente aceitaria a proposta. No entanto, se, de seguida, lhe dissessem que teria de investir esses quatro milhões a requalificar a casa do seu vizinho, continuaria a fazer sentido? Perderia o seu imóvel, para investir em local alheio?
Acreditamos que, por muito boa pessoa que seja, ninguém aceitaria tal proposta. Então, porque é que vamos permitir que a Câmara Municipal de Braga o faça de ânimo leve? Foram estas, as declarações recentes da CMB, quando Ricardo Rio assume o investimento no S. Geraldo, um edifício que pertence à Arquidiocese de Braga, e vem agora declarar a venda da Fábrica Confiança, desculpando-se com a falta de verbas.
Fazendo uma breve reflexão sobre os últimos anos de história deste imóvel, que data de 1894, é quase imediata a lembrança das discussões públicas aquando a sua aquisição por parte da CMB. O facto de ser o único edifício da “Indústria Bracarense”, que chegou até aos nossos dias, foi uma das principais razões para a sua aquisição. Nessa altura o actual edil bracarense, que fazia parte da oposição, valorizou e apoiou também a aquisição da Saboaria e Perfumaria Confiança, dando lugar a uma expropriação do imóvel para fins culturais. Perspectivavam-se grandes ideias para a requalificação desta, muitos cidadãos deixavam-se inspirar e apresentavam as suas ideias num concurso público, que teve resultados apresentados. Cidadãos esses que hoje se sentem defraudados, pois dedicaram parte do seu tempo, e do seu trabalho, a uma causa, a preservação do imóvel. Hoje apercebem-se que tudo não passou de uma ilusão…uma miragem. Este foi o sentimento expresso pelos diversos concorrentes que marcaram presença no debate, organizado pela Junta de Freguesia de S. Victor, que tinha como mote “Qual o futuro para a Confiança?”.
Foram muitos os bracarenses que se mostraram interessados na salvaguarda da Confiança. Arriscaríamos dizer que eram tantos quantos aqueles que, em 2014, se juntaram ao município para comemorar os seus 120 anos, abrindo as portas da Saboaria e Perfumaria Confiança, homenageando os seus trabalhadores. Terá a Confiança perdido a sua simbologia, nos últimos quatro anos? Ou estaremos antes a falar de uma alienação que vai muito além de um imóvel e passará antes pela alienação dos deveres cívicos?
Talvez tivéssemos resposta, a esta ou outras questões, se a CMB tivesse comparecido no debate que classificou como “despropositado”.
Apesar de estarmos sem respostas, a JovemCoop, assim como a Junta de Freguesia de S. Victor, não irá baixar os braços e deixar a Confiança cair em esquecimento. Enquanto for possível, iremos valorizar o imóvel, levando-o até às pessoas, como aconteceu no desfile das freguesias integrado na Semana do Mundo Rural, onde, desafiados pela Junta representámos o mundo fabril e o universo industrial que existia em S. Victor. A Junta de Freguesia de S. Victor, durante o debate no qual foi realçado o verdadeiro valor da Confiança, disponibilizou ainda um abaixo assinado a todos os interessados, que  irá fazer chegar ao nosso presidente da Câmara.
Esperamos que todas as acções sejam tidas em consideração, pois só com a força do povo é que os bracarenses não perderão a Fábrica, porque a confiança, essa já foi quebrada.

12 de julho de 2018

O Nosso Património - Dia 9





Mais um dia mais uma historia... assim se viveu o nono dia da décima quarta edição de “O Nosso Património”.
O dia começou cedo, por volta das 9:30 já todos se encontravam na junta para saber quais as atividades que estavam reservadas para aquele dia, claro, sem deixar de parte todo o entusiasmo e alegria a que todos já nos habituamos.
Eram 9:50 quando saímos da junta para nos dirigirmos ao local destinado. Local esse conhecido popularmente por Igreja da Senhora-a-Branca.
A nossa visita começou por uma breve explicação, dada pela monitora Filipa da historia desta Igreja.
 Houve um ano em que, na capital do império romano, mais precisamente no monte Esquilino, se registou um forte nevão. Não haveria nada de estranho nisso, se não se tivesse passado em agosto desse mesmo ano.  Os romanos tomaram isso como um sinal para que se construísse um templo em homenagem à Nossa Senhora. Ainda hoje, a 5 de agosto, se festeja esse milagre na capital romana, espalhando-se por toda a Europa, chegando a Portugal com o nome de Nossa Senhora a Branca das Neves. Mas foi só entre 1505 a 1535 que o culto foi trazido para Braga, pela mão do arcebispo D. Diogo de Sousa. Assim D. Diogo de Sousa manda construir uma igreja, por cima de um antigo templo que já ali havia existido.
Depois de ouvirmos a historia, os participantes começaram a dar o seu importante contributo para a preservação do património realizando as fichas moveis, destinadas a alguns elementos representativos da igreja, descrevendo-os ao pormenor, para que mais tarde se possa consultar sem perder nenhum detalhe. Após isto, dirigiram-se para o adro da igreja para que pudessem realizar as fichas de sítio, respeitante a igreja de Nossa-Senhora-a-Branca, com o mesmo objetivo.
No final, já dentro junta, visualizamos alguns vídeos a respeito deste monumento, assim como outros que iremos visitar mais a frente.
Assim se passou mais um dia, cheio de alegria e animo, deixando em nós uma vontade enorme de repetir a experiencia. Mas não se preocupem amanhã há mais.

Monitor Filipe

11 de julho de 2018

O Nosso Património - Dia 8






Braga, 11 de Julho de 2018

            Hoje no oitavo dia, da décima-quarta edição do nosso património, iniciamos a manhã com uma dinâmica de grupo. Logo de seguida, dirigimo-nos para a Capela de S. Victor o Velho, onde ficamos a conhecer a sua história, um fato que consideramos interessante,  foi que a estátua que representa o corpo de S. Victor, tem uma relíquia no peito, uma relíquia é nada mais nada menos, uma parte do corpo do mesmo.
            Na segunda parte da nossa manhã no património, dirigimo-nos para o Palácio do Raio onde nos explicaram toda a exposição que lá se encontra. Ficamos a saber que muitas das mais importantes construções da cidade de Braga, foram edificadas pelos mesmos arquictetos que construíram o palácio, André Soares e Carlos Amarante.
Para finalizar o nosso dia, os guias, estiveram a explicar, ao grupo, todos os propósitos do castelo.

JovemCoop
Diogo e Mara



10 de julho de 2018

O Nosso Património - Dia 7


Olá a todos,

Hoje no sétimo dia da décima quarta edição do nosso património estivemos a abordar o tema “património desaparecido”.          
O património desaparecido é um "tipo" de património que, por algum motivo, atualmente não existe.
De manhã fomos até ao local da antiga Fábrica Pachancho onde atualmente existe um supermercado e várias habituações, no entanto toda aquela zona é conhecida ainda como "Pachancho". Esta fábrica foi criada por António Gomes do Vale Peixoto em 1890, onde se produzia peças de automóveis e motorizadas. Foi nesta fábrica que foi criada a primeira motorizada só com peças portuguesas.
De seguida fomos até ao cemitério de Braga que inaugurado em 1870. Naquela altura, nem toda a gente concordava com construção dos cemitérios, o que gerou a revolta da Maria da Fonte que achava que as pessoas deviam continuar a ser sepultadas junto das igrejas, ou até mesmo dentro das mesmas.
Por último, passamos pela Rua do Taxa onde existiam duas fabricas, a Fábrica Taxas e a Social Bracarense.
Após continuarmos a recordar a industria bracarense, voltamos para a junta, jogamos vários jogos e terminamos o nosso dia.

Mafalda


9 de julho de 2018

O Nosso Património - Dia 6



Olá,

Hoje no sexto dia da décima quarta edição do nosso património,visitamos a Saboaria e Perfumaria Confiança.
Quando chegamos à junta começamos por fazer um jogo que tinha como objectivo uma pessoa desaparecia e outra ter de adivinhar a pessoa que se tinha escondido ,logo depois desse curto tempo fizemos outro jogo. Após termos acabado dirigimo-nos para a Fábrica Confiança.Quando chegamos ao sitio proposto um monitor começou por nos contar um pouco da historia da fábrica que foi aberta em 1894 e infelizmente fechou em 2004. Apesar da fábrica ter fechado, os sabonetes Confiança continuam a ser comercializados, pois a marca Ach Brito comprou a Confiança e manteve a comercialização da marca. Estes sabonetes cendem-se em muitas lojas de produtos tradicionais, símbolo do significado da Confiança na história do país. Logo depois reunimos-nos por grupos para começar por realizar a ficha de sítio.Quando todos terminámos dirigimos-nos  para a junta.

Até amanhã,

Catarina Esteves e  Laura Sofia 

6 de julho de 2018

"O Nosso Património" - Dia 5



Olá a todos,

Chamo-me Leonor e estou a participar pela primeira vez n"O Nosso Património", uma atividade que estou a adoro pois todos os dias tenho vindo a conhecer locais novos, ou se já conhecia, em todos consigo aprender um pouco mais.
Hoje, por exemplo, fomos à Igreja de S. Victor. Quando lá chegamos estivemos a analisar o edifício da igreja e a preencher uma ficha de sítio. Quando terminamos o estudo do lado exterior, entramos na igreja para melhor conhecermos a história de S. Victor. A visita foi guiada pelo Dr. Ricardo Silva (presidente da Junta de Freguesia de S. Victor) que nos explicou a vida deste santo através dos azulejos pintados no interior da igreja, que são da autoria de Gabriel del Barco.
No final, divididos por grupos cada um analisou uma parte diferente da igreja de S. Victor, preenchdo para isso as fichas de inventário Móvel. 
Concluímos assim, a primeira semana de atividades. Estamos muito curiosos sobre as próximas semanas...

Leonor Silva

5 de julho de 2018

"O Nosso Património" - Dia 4




Olá a todos,

Começamos o quarto dia de atividades na junta, onde os monitores, depois de nos dividirem por grupos nos mostraram as fichas de campo que iremos preencher sobre os monumentos. Temos fichas de inventário móvel e de sítio. Como hoje apenas seria necessário preencher fichas de sítio, os monitores explicaram melhor essa ficha, onde teremos de avaliar o estado de conservação do edifício e fazer uma breve descrição do mesmo, como por exemplo ver se tem inscrições, janelas, caixilharias, vitrais...
De seguida, ainda na junta, vimos mais um episódio da webserie S. Victor de Portas abertas, e foi assim que descobrimos que o destino de hoje era... a Casa das Goladas.
A Casa das Goladas, construída no século XIX, está situada na freguesia de S. Victor ao fundo da rua D. Pedro V.
Entramos e percebemos logo como estava toda a casa, o hall estava todo "desfeito", seguimos em frente e fomos ter ás escadas principais e o senhor Francisco juntamente com a Margarida explicaram a história da casa.
Antes de subirmos para o andar de cima, divididos por pequenos grupos pois tínhamos de ter muito cuidado, ainda vimos uma sala onde guardavam os cereais e uma outra onde faziam o vinho. Nessas salas foi possível ver alguns móveis e instrumentos de trabalho que fazem parte da casa.
De seguida subimos para o andar de cima e vimos melhor como era a Casa das Goladas, a sala onde seria a cozinha, a grande varanda que existe nas traseiras...  
Quando perguntamos o motivo da casa estar tão degradada e soubemos que, o que estava a fazer a casa cair era a chuva, ficamos muitos admirados, pois nunca pensamos nisso. Infelizmente os bonitos telhados que caracterizavam a casa, já estão parcial ou totalmente destruídos, mas graças aos registos que existem da casa, alguns deles da primeira edição d"O Nosso Património" o atual proprietário vai poder reconstruir alguns dos telhados, mantendo a identidade das "Goladas".
Gostamos muito de conhecer a casa e esperemos que, para o ano, já a possamos ver arranjada.

Raquel



4 de julho de 2018

"O Nosso Património" - Dia 3

Olá,

Hoje, no terceiro dia da décima quarta edição do nosso património, visitamos o museu de D. Diogo de Sousa.
De manhã, partimos logo de imediato para o museu. Assim que chegamos fomos diretos aos laboratórios de arqueologia onde pudemos observar os técnicos de restauro a tentarem restaurar objetos antigos que contam a história não só da nossa cidade, mas também de outros locoais do nosso país.
         Seguidamente da visita ao laboratório procedemos à visita guiada ao museu onde pudemos recuar no tempo passando por épocas marcantes para o desenvolvimento do homem. Começamos por visitar uma sala que retratava o início da história do ser humano e por isso encontramos peças cronologicamente compreendidas entre o Paleolítico e a Idade do Ferro. Depois fomos para uma outra sala onde pudemos observar objetos que nos ajudaram a perceber o modo de vida e quotidiano dos romanos.
         Neste museu pudemos aprender muitas coisas novas sobre a história do homem e também curiosidades sobre a mesma como por exemplo é da influência dos romanos a causa da aliança se colocar no dedo anelar. É devido à crença da existência de uma veia ou de um nervo nesse dedo que tinha ligação com o coração.     

  Depois da visita fomos para junta de freguesia e assim acabou a nossa manhã.

Mafalda e Jó



Também a Carina, uma JovemCooperante ativa, neste dia acaba por consiliar o trabalho com a nossa atividade, pois é ela que tão bem nos acolhe no museu D. Diogo de Sousa. Por esse motivo, este ano foi desafiada a deixar-nos uma mensagem:

O Património é uma alegoria do tempo enquanto expressão humana do continuum que liga passado, presente e futuro. É o legado entre gerações...é uma dádiva! Nesta perspectiva, o meu contributo enquanto jovemcooperante na transmissão deste conhecimento às novas gerações, deixa-me não só emocionada mas também realizada por perceber nestes jovens a vontade de descoberta da sua cidade e a importância da preservação da sua memória. Neste sentido, esta actividade associativa, aliada à minha vida profissional na área patrimonial, completa o ciclo, fazendo do Património uma dádiva também para mim!

Carina

3 de julho de 2018

"O Nosso Património" - Dia 2



Olá a todos,

Hoje no segundo dia da décima quarta edição de " O nosso Património" visitámos  a capela de Guadalupe. Quando chegamos à junta de freguesia visualizámos um curto vídeo da webserie S. Victor de Portas Abertas que falava sobre a capela. Após a isto dirigímo-nos para a capela onde inicialmente realizámos alguns jogos sendo um deles o telefone estragado.
Quando entrámos na capela reparamos que o altar estava em obras de restauração. Durante o restauro descobriram que existiam mais duas cores sendo essas o marmoreado verde e rosa. A monitora Tânia falou-nos um pouco da capela. Esta foi mandada erguer por D. Rodrigo de Moura Teles a 1725, tem a forma de uma cruz grega e o vidro que tem na sua fachada era sinal de muita importância, pois os vidros eram raros na altura da sua construção. Após isto saímos da capela e realizamos outros jogos.
No final regressamos à junta terminando assim este dia.

Vasco Teixeira e Afonso Faria




2 de julho de 2018

"O Nosso Património" - Dia 1






Olá a todos,
Hoje de manhã as nossas férias começaram de forma diferente. É o primeiro d"O Nosso Património" e nós nunca participamos. Fomos para a Junta de Freguesia de S. Victor, as 9h30 pois era lá que tudo ia começar.
Começamos o dia com uma breve apresentação da monitora Margarida que nos explicou o que iríamos fazer durante as próximas semanas, e de seguida de Presidente da Junta, Dr Ricardo Silva, além de nos vir receber, explicou também a importância do nosso "trabalho".
Depois estivemos a fazer alguns jogos, com o objetivo de nos conhecermos melhor.
Começámos por nos apresentar uns aos outros fazendo pares e apresentando o nosso par.
De seguida fizemos o jogo do "Nó" que consiste em fazermos uma roda e decorarmos o nosso parceiro do lado. Depois começámo-nos a separar e a misturarmo-nos e quando a Margarida disse STOP tivemos de dar as mãos ao nosso parceiro e assim desfazer o "Nó".
Após esse jogo fizemos grupos e nesses grupos definimos personagens e fizemos uma mini peça de teatro.
Por fim jogamos à "Discoteca da Boa Educação" e esse jogo consistia em ter-mos um pacote de leite achocolatado na mão e irmos passando para o nosso colega do lado e para podermos entrar na discoteca tinhamos de dizer a palavra "obrigada/o", mas foi difícil chegarmos a essa conclusão.
Ao fim fomos lanchar e estivemos a falar um pouco mais sobre o projeto "O Nosso Património".

Gostamos muito destas primeira experiência, vamos ver o que nos aguarda o resto do mês....

Nenita e Leonor

26 de junho de 2018

Crónica "Despertar Consciências"





Despertar consciências

Pelo décimo quarto ano consecutivo o mês de Julho é, para a JovemCoop, sinónimo de “O Nosso Património”. Não menosprezando as restantes atividades do ano, para nós, “O Nosso Património” é especialmente desafiante, não só pelas treze edições com que já conta, mas principalmente por ser uma oportunidade de despertar as consciências dos mais novos.

Podemos considerar “O Nosso Património” um género de campo de férias, para jovens dos 12 aos 17 anos, que inicia na próxima segunda-feira, dia 2, e termina dia 25 de julho. Esta atividade decorre todos os dias, de segunda a sexta, das 9h30 às 12h30, na Junta de Freguesia de S. Victor. Durante cerca de um mês, os participantes irão percorrer não só as ruas da freguesia de S. Victor, mas também as do centro histórico, com o objetivo de conhecer melhor a nossa cidade, sabendo as suas origens e as diversas épocas por cá vividas. Divididos em grupos, estes jovens irão registar as principais características de cada local por onde passarem, com o objetivo de perceberem se houve alguma beneficiação ou alguma subtração, alertando também para situações de degradação elevada quando necessário. Através de uma educação não formal, pretendemos despertar consciências cívicas e, acima de tudo, mostrar que podemos não conseguir mudar todo o mundo, mas certamente conseguimos mudar a nossa cidade. Mostrar que devemos ter uma participação ativa na vida política da cidade e que devemos ter uma opinião acerca de assuntos que a todos dizem respeito. Afinal, a cidade é dos cidadãos, não é apenas do seu presidente, nem dos órgãos municipais.

Este ano, em particular, temos o exemplo da Capela de Guadalupe, como uma prova de que quando as pessoas se juntam e trabalham com um propósito, é possível mudar. O Parque de Guadalupe, apesar de ser um espaço central na nossa cidade, é, por vezes, esquecido pelos nossos cidadãos. Sendo um dos mais privilegiados miradouros de Braga, a manutenção deste espaço está ao cargo da Irmandade que vai subsistindo através de algumas acções de voluntariado que a comunidade organiza. A JovemCoop associa-se a todas elas, desde a limpeza do parque, até à plantação de novas espécies florais, ou mesmo abrindo as suas portas em algumas festas da cidade, como foi o caso da última Noite Branca. A Capela de Guadalupe, considerada Monumento de Interesse Público desde 2012, tem, no seu interior, um retábulo-mor da autoria de André Soares, que se foi desgastando e (mal) intervencionado com passar dos anos. Hoje, esse retábulo está a sofrer uma profunda obra de restauro, descobrindo-se as cores primitivas, da época do barroco. No entanto, esta exemplar acção decorre sem qualquer tipo de apoio, contando apenas com a boa vontade de uma comunidade que decidiu preservar um Monumento de Interesse Público, que pertence a todos,  mas para o qual, devido à falta de consciencialização para a preservação do património, poucos se importam.

É com exemplos assim que pretendemos mostrar aos participantes de “O Nosso Património” que realmente é possível mudar, até quando ninguém mais se importa. Se é importante para todos, devemos preservar e não abandonar ou esconder como se faz com muitos locais da cidade. Seguindo a máxima de que “só amamos aquilo que conhecemos”, iremos dar a conhecer os locais mais emblemáticos da cidade e principalmente da freguesia de S. Victor, uma freguesia rica em história e património. Acreditamos que os jovens de hoje são o futuro de amanhã e que assim iremos conseguir um amanhã diferente, com uma consciência acima de tudo mais participativa na vida ativa da cidade. As inscrições já abriram ontem, mas poderão ser feitas até dia 2 de Julho, na Junta de Freguesia de S. Victor ou através do email info@jovemcoop.com. Abrimos ainda inscrições para maiores de 18 anos, que se identifiquem com esta missão e pretendam fazer parte do grupo de monitores. 

É com este convite que nos despedimos para este verão, esperando para o ano estarmos de volta, com mais momentos de reflexão sobre a nossa cidade e a sua vida associativa.

25 de junho de 2018

Inscrições Abertas



Abrimos hoje as inscrições para a XIV edição de "O Nosso Património" que irá decorrer de 2 a 25 de Julho, na junta de Freguesia de S, Victor.

"O Nosso Património" é para jovens dos 12 aos 17 anos, e pretende não só dar a conhecer melhor a nossa cidade e freguesia, mas também para consciencializar os jovens a serem mais participantivos e críticos na vida da cidade.

Durante o mês de Julho os participantes irão percorrer as ruas da cidade, de segunda a sexta feira, das 9h30 às 12h30 sempre com partida e chegada na Junta de Freguesia de S. Victor. As inscrições podem ser realizadas na junta ou através o email info@jovemcoop.com.

Tens mais de 18 anos e gostavas de participar?

Temos o desafio certo para ti, inscreve-te como monitor das atividades.



15 de maio de 2018

Braga Romana 2018



Caros amigos,

Como já é habitual, estamos a organizar a nossa participação no Cortejo Triunfal de Braga Romana. O cortejo realizar-se-à no dia 25 de Maio, sexta -feira, pelas 21h30. Para darmos continuidade ao sucesso da nossa participação abrimos as inscrições aos nossos amigos, pois Braca Augusta deve ser vivida em comunidade.
Assim, convidamos todos os nossos amigos a se juntarem a nós.
Para se inscreverem basta enviar e-mail para info@jovemcoop.com, onde serão fornecidas as devidas instruções.
As inscrições terminam dia 20 de Maio, mas são limitadas, por isso apresse-se.

Contamos Consigo!

20 de abril de 2018

Peddy Paper por S. Victor



No âmbito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, a Jovemcoop em parceria com a Junta de Freguesia de S. Victor vai realizar um peddy paper pela freguesia. Dia 28 de Abril venha conhecer alguns recantos de uma das maiores freguesias da cidade. Em equipa ou individual, todas as inscrições são bem recebidas, o importante é participar. Para o fazer só precisa de enviar um e-mail para info@jovemcoop.com, com o nome e o número de c.c. de cada elemento.
Contamos consigo no Largo da Senhora a Branca pelas 10h.

3 de abril de 2018

Crónica "Uma Semana Exemplar"



Uma semana exemplar

A Semana Santa de Braga é o período mais típico e mais famoso que se vive na cidade. Invadida por turistas, Braga veste-se de roxo e negro para assistir aos dias culturais, que preenchem o seu quotidiano durante toda a semana, de um modo singular.

Apesar da escassa informação acerca das origens desta semana, sabemos que as tradições semelhantes aos dias de hoje ter-se-ão iniciado durante o século XVI, sofrendo algumas alterações e variações ao longo dos anos. Apesar de histórica e tradicional a Semana Santa foi-se adaptando aos tempos modernos, prova disso é, por exemplo, o seu vasto programa cultural que passa pelas mais diversas exposições, até concertos, sem nunca esquecer as procissões que são, sem qualquer dúvida, o seu ex-libris.

Com cerca de 95% de ocupação hoteleira, a Semana Santa já tem provas dadas como um ponto alto no turismo da cidade e por esse motivo merece ser tratada com honraria. Se para nós o bem receber é tão natural, durante este período devemos estar ainda melhor preparados para os turistas que chegam de todo o mundo para conhecerem as nossas tradições.

A estreia do projeto “How  can I help you” (Como o posso ajudar) organizado pela Creative Zone em parceria com o Município de Braga, a Associação Comercial de Braga e o International House foi sem dúvida uma grande melhoria na organização da Semana Santa. Este programa ocorreu desde o dia 26 até ao dia 31 de março e o seu objetivo era ter sempre um grupo de jovens voluntários nas ruas de Braga para poder ajudar os turistas que chegam sem nada conhecer. Estes jovens davam as informações necessárias para que quem chegasse pudesse aproveitar os dias seguintes da melhor forma. Na nossa perspectiva, esta iniciativa não só melhora a imagem de Braga com um acolhimento exemplar, mas vai ainda mais além, pois cativa os jovens voluntários a saber mais sobre a história da cidade, aumentando os seus conhecimentos e também o espírito de iniciativa.

Devemos sempre pensar que cada acção acaba por ter um ciclo de consequências, e a verdade é que este projeto, apesar de ainda não se saberem os resultados finais, acaba por influenciar quer os jovens que participam, quer os turistas que dele usufruíram pois se a experiência é boa certamente a iremos querer repetir, ou pelo menos a iremos divulgar o que acaba por potenciar o turismo na cidade, não só ao nível hoteleiro, mas também envolvendo todo o comércio local.

Outra excelente aposta de melhoria da Semana Santa foi o facto de termos uma aplicação (app) associada a uma procissão. A App “Minha Freguesia” durante a tradicionalmente conhecida como “Procissão da Burrinha” dizia-nos não só onde ia a procissão, mas também nos contextualizava sobre os quadros que estávamos a ver naquele momento. Para nós é fundamental a contextualização das nossas tradições, e a distribuição de um caderno informativo no início da procissão é já uma boa iniciativa, mas quando associamos isso a uma App sabemos que estamos a chegar a um público ainda maior e que acima de tudo estamos a acompanhar os tempos modernos.

É fundamental que as tradições vão sendo adaptadas aos tempos modernos, sem nunca perder as suas origens é claro, mas hoje temos de tentar chegar a todo o público, a informação deve estar sempre acessível, tal como os locais. Por exemplo, na Freguesia de S. Victor a contextualização de alguns monumentos tem vindo a melhorar cada vez mais, além de estar nas várias línguas a que já nos habituamos, está também em braile e em língua gestual.

Sabemos que ainda muito se pode fazer para melhorar a nossa Semana Santa, mas também devemos reconhecer que este ano houve melhorias significativas que esperamos ver replicadas posteriormente. No entanto o mais importante exemplo que a Semana Santa nos dá é o espírito de união vivido por toda a cidade, que trabalha para fazer esta semana acontecer. Um espírito que deve ser vivido em todos os acontecimentos de Braga.

6 de março de 2018

Crónica "Icones de Braga"




Ícones de Braga

Muito se tem falado sobre a candidatura do Bom Jesus a Património Mundial da Humanidade, classificação instituída pela UNESCO. Foram cerca de 20 anos de trabalho e planificação, reconhecidos neste último mês, com a confirmação da presença deste monumento na lista de candidaturas. Desengane-se quem menospreza a presença do Bom Jesus na lista dos candidatos, pois para nela entrar são muitos os requisitos a ter em conta. Além de ter de garantir o Valor Universal Excepcional do monumento, a conservação e a proteção são também uma mais-valia que sustenta esta candidatura. Esta etapa, já conseguida, irá potencializar ainda mais o turismo de toda a cidade, particularmente de toda a área circundante do monumento. Agora, será necessário que esse turismo cresça de forma planificada, para que se consiga dar uma resposta digna desta candidatura, pois certamente ao aumentar a procura aumentam também as necessidades, como o alojamento, a alimentação e até mesmo os meios de transporte para que haja uma maior união entre o centro da cidade e o um dos seus santuários. Mandado edificar por D. Rodrigo de Moura Teles, este santuário sofreu grandes alterações, ficando como hoje o conhecemos apenas no século XIX. No entanto, apesar das alterações sofridas ao longo dos tempos, o conceito original nunca foi descurado pois a Via Sacra, no seu escadório, continua a realizar-se sobretudo na quaresma.

Também a Semana Santa de Braga é um potencial candidato para Património Imaterial da Humanidade, mas tem ainda muito a melhorar, apesar de ser já um marco importante na cidade. Embora esta candidatura seja a património imaterial, é preciso ter em conta o cuidado com a forma como as tradições tem sido implementadas e asseguradas, para que não descaraterizem a memória da cidade. Também é necessário um maior e melhor acolhimento aos turistas que nos visitam, pois cada vez mais o turismo é plural. Vivemos num mundo quase sem fronteiras, onde há cada vez mais facilidade em nos deslocarmos para conhecermos novas culturas e, com isso, chegam as novas línguas para as quais devemos estar preparados. Os materiais de apoio fornecidos a quem nos visita, devem ser adaptados aos tempos modernos, por exemplo, o mapa do barroco, distribuído no posto de turismo, já deveria estar mais actualizado, com uma imagem mais digna do século em que vivemos.

Existe ainda em Braga um Monumento Nacional, igualmente pensado por D. Rodrigo de Moura Teles, que poderia um dia ser candidato a Património Mundial da Humanidade. No entanto, devido às escolhas feitas anteriormente, esse monumento irá sempre sofrer as consequências e nunca poderá chegar a esse patamar. Falamos de um Monumento Nacional que é bastante completo, pois tem em si não só a sua construção, mas também a sua história e a fauna e flora que o envolve. Não fossem as escolhas tomadas, alheias ao monumento, e hoje poderíamos ter um Parque Verde das Sete Fontes muito maior, em vez de estar confinado às construções já existentes. Contudo o importante é que se concretize agora o Parque, pois a cidade precisa de um pulmão verde que a faça respirar melhor.

Como vê, caro leitor, vivemos numa cidade cheia de potencial no que ao património diz respeito e devemos honra-la cada vez mais. Deixe-se aproximar por estes ícones da cidade e verá que irá viver cada vez mais orgulhoso por Braga.

6 de fevereiro de 2018

Crónica "Apaixone-se..."


Apaixone-se…

No passado dia 29 de janeiro, a JovemCoop teve a honra de ser (re)eleita no Conselho Estratégico para a Regeneração Patrimonial e Urbana de Braga (CERPUB). Para nós é fulcral a existência de um conselho, constituído pelas mais diversas entidades, desde associações a juntas de freguesia, passando por individualidades com valor reconhecido no que ao conselho diz respeito. Tendo o CERPUB como função a definição de algumas linhas de ação municipal, a diversidade na sua constituição só pode ser vista como uma mais-valia para a cidade, dado que a discussão de um tema pode ser vista de diferentes perspetivas. Foram diversos os assuntos debatidos nesta primeira de quatro reuniões anuais. Foi abordado o projeto “Lojas com História” e também os centros comerciais de primeira geração, mas o foco da discussão esteve no prémio municipal de Reabilitação Urbana. Enquanto membros deste conselho esperamos que as medidas delineadas passem para a ação e que a reabilitação do centro da cidade passe a ser a palavra do dia.

Há ainda muito por fazer na cidade e não falamos apenas dos edifícios “habituais” como o S. Geraldo ou as Convertidas, mas também de algumas ruas como a Rua de S. Domingos, por exemplo, uma rua com grande afluência, onde se situa um dos equipamentos culturais da cidade e cujo edificado se encontra praticamente em ruínas. Na Rua de S. Gonçalo os passeios são praticamente inexistentes e na Rua de Sardoal os passeios têm socalcos que hoje não se coadunam com a mobilidade urbana.
Sabemos que fevereiro é conhecido como o mês do amor… e se fizéssemos com que todos se enamorassem por Braga durante todos os dias do ano? Vamos regenerar a nossa cidade para que os seus verdadeiros amantes a possam continuar a admirar?

É sobre o mote “Apaixone-se pelas Sete Fontes” que a JovemCoop convida todos os bracarenses a virem conhecer este monumento nacional. A terceira edição desta iniciativa acontecerá no dia 17 de fevereiro e o ponto de encontro é às 9h30 no Largo Monte de Arcos (junto à entrada do cemitério).

Esta atividade visa dar uma maior visibilidade às Sete Fontes, partilhando assim o potencial do local para ser o parque verde que a cidade precisa. É urgente respeitar o Complexo Eco-Monumental das Sete Fontes, pois infelizmente apesar de ser uma área protegida devido à sua classificação, este local é um alvo constante de atos de vandalismo e até mesmo de furto de alguns equipamentos, como foi o caso do filtro da água que se encontra na bica pública. Acreditamos que com a concretização do tão aguardado parque verde haverá mais vida naquele local, o que originará uma maior vigilância do mesmo, realizada até pelas pessoas que o irão frequentar. E atualmente precisamos de vida naquele espaço, tendo em conta as legitimas aspirações dos proprietários dos terrenos, que são moralmente condenáveis, pois a colocação de vedações é, nada mais, nada menos, que braços de ferro entre privados e as entidades públicas. Quem fica a perder são as pessoas que querem visitar as Sete Fontes.

É certo que a JovemCoop anseia pelo Parque Verde das Sete Fontes, tal como muitas outras entidades que sempre lutaram pela classificação e preservação deste espaço, mas a demagogia de algumas juventudes partidárias deixa muito a desejar, pois certamente olvidam que o estado actual deste monumento nacional e de toda a sua área circundante é a herança de uma má gestão de quem nunca se preocupou em fazer daquele local um verdadeiro parque verde. Neste apontar de dedos parece-nos que o importante não é discutir o presente, passando uma esponja no passado. Se querem falar do presente, debate-se com a cidade o passado para, de seguida, todos juntos apontarmos para o futuro, para as soluções, pois isso é o que fazem os que verdadeiramente valorizam o espaço. Cooperam para que sejam superadas barreiras e, dessa forma, estaremos certos que será mais fácil concretizar o parque verde das Sete Fontes em algo real e não apenas uma promessa política.


Despedimo-nos reiterando o convite “Apaixone-se pelas Sete Fontes” no dia 17 de fevereiro com a certeza de que será um amor à primeira vista. 

9 de janeiro de 2018

Crónica "Resoluções de Ano Novo"




Resoluções de Ano Novo

Caro Leitor, esperamos que tenha iniciado 2018 da melhor forma. Muito nos honraria, caso tenha decidido seguir o nosso conselho e aproveitou as resoluções de 2018 para se dedicar a alguma associação. Hoje, tal como manda a “tradição”, gostaríamos de partilhar consigo algumas daquelas que, do nosso ponto de vista, deveriam ser resoluções de ano novo para a nossa cidade.

Continuamos a desejar que o Parque Verde das Sete Fontes saia do papel e comece a ganhar forma no terreno. Cada vez são mais escassas as visitas, por parte do Município, a este Monumento Nacional. Terão as Sete Fontes caído no esquecimento após o restauro das Mães de Água, em 2014? Esperamos estar completamente enganados e que 2018 seja um ano marcante na preservação, mas acima de tudo, na valorização deste local tão especial para a cidade.

A Casa das Convertidas, classificada como Imóvel de Interesse Público, continua a ter as suas portas fechadas, abrindo a magnífica capela com o seu retábulo do século XVIII apenas nos dias da sua padroeira. Parece-nos pouco ambicioso, termos o Recolhimento de Santa Maria Madalena, que outrora era tão cheio de vida, de portas fechadas, escondendo o valioso legado que está dentro daquelas paredes. Infelizmente, as Convertidas não são um caso isolado, pois a Saboaria e Perfumaria Confiança já viveu dias mais auspiciosos aquando a comemoração dos seus 120 anos, realizada pelos atuais dirigentes da cidade. Agora, ambos os edifícios veem no seu futuro grandes incógnitas. Será que 2018 reserva um final feliz para estas peças centrais do património na cidade, atribuindo-lhes os destinos que ambos os imóveis merecem?

Um exemplo feliz de requalificação e valorização é o edifício GNRation, um local que começa a definir a sua identidade afirmando-se numa cultura alternativa com algumas exposições e concertos. Mas, a par de tudo isso, é fundamental abrir as portas do antigo quartel da GNR atraindo a atenção dos bracarenses para o interior deste imóvel, pois são muitos os que desconhecem a vida daquele espaço. Talvez este ano, com a chegada da Capital Europeia do Desporto (CED’18), haja uma maior facilidade em levar os bracarenses a entrar no edifício e conhecer o que tanto tem para oferecer.

Esperamos que 2018 nos faça lembrar o incomparável ano de 2012, onde celebrámos a Capital Europeia da Juventude. A CEJ’12 teve uma grande conquista no que à envolvência associativa diz respeito, foram 365 dias com uma Braga ativa e participativa. Talvez grande parte do sucesso da CEJ’12 tenha sido, também, a exploração das várias vertentes da “juventude”, desde atividades mais pedagógicas, até desportivas atraindo assim jovens de todas as idades. Acreditamos que também a CED’18 não se ficará apenas por competições profissionais, como o futebol, nem por atividades físicas como a corrida, mas que irá explorar o desporto nas suas mais diversas formas, por exemplo a nível da saúde e até a sua ligação com a educação, pois ser CED’18 é muito mais do que acolher competições que já existem, é criar a nossa marca. Esperamos que este ano não se reflita na CIAJ’16 que pouco se sentiu na cidade, mas que deixe um legado que se estenderá para lá de 2018, pois essa será a principal vantagem.

Tendo a cidade a vida associativa que tanto ambicionou, é tempo de cumprir a promessa de uma Casa Associativa, talvez no edifício Francisco Sanches, com sede para muitas associações que, como a JovemCoop, não têm onde se instalar o que acaba por comprometer, em parte, o desenvolvimento de atividades.


Em suma, esperamos que 2018 seja o ano do Desporto, mas também o ano da Ação, pois, caro leitor, se recordar a nossa crónica de 2015 verá que, infelizmente, os desejos para a cidade se repetem pois nada foi feito no que a estes assuntos diz respeito. Um Bom Ano para si e para os seus são os votos da JovemCoop.