Planeta há só um!
primeiras conclusões tiradas, infelizmente, não são as melhores.
Todos sabemos que o mundo enfrenta uma grave crise climática, porém, é escasso o trabalho
que se faz para a combater. A COP26 vem comprovar esta teoria não obtendo os resultados
esperados por todo o mundo.
Combater os desastres climáticos que estão a acontecer no nosso planeta é urgente e deveria
ser uma prioridade imediata em todos os países. É certo que todos reconhecem a necessidade
de reduzir a emissão de gases com efeito de estufa, no entanto, em 2020, e apesar da Covid19
ter feito o mundo “parar”, voltamos a atingir níveis recorde. Tudo isto foi discutido na COP26,
porém, muitos países sentem que não foram tomadas medidas concretas para que se atinjam
os resultados esperados. Claro que sair de uma conferência onde quase 200 países têm de
estar unanimemente de acordo com um compromisso mundial, é, sem dúvida, algo positivo.
Contudo, é sempre necessário fazer algumas cedências, o que acaba por não deixar todos os
representantes satisfeitos. Um dos assuntos mais mediáticos da COP26 foi o facto da China e
da Índia terem pedido a alteração da declaração que propunha acabar de forma quase
imediata com o carvão enquanto fonte de energia, passando a defender a redução gradual do
carvão. Esta alteração fez com que representantes de muitos países, incluindo Portugal, não
saíssem satisfeitos da COP26, uma vez que o carvão é a maior fonte de emissão de gases com
efeito de estufa responsável pelo aquecimento global.
Se a COP26 pretende que todos os países assumam um compromisso para preservar o nosso
planeta e evitar desastres climáticos, a JovemCoop acredita que todos nós podemos fazer a
diferença para um mundo melhor. Se cada cidadão fizer a sua parte, sem dúvida que, através
de pequenos gestos, irão chegar a grandes diferenças. O simples gesto de não atirarmos lixo
para o chão, algo que infelizmente é mais comum do que se pensa, pode melhorar o planeta.
Afinal, assim que o ser humano se começou a proteger da Covid19, através de máscaras
descartáveis, essas mesmas máscaras começaram a chegar aos oceanos. Apesar de grande
parte dos portugueses efectuarem reciclagem, existem ainda muitas questões ambientais a
serem trabalhadas na sociedade.
Se todos podemos fazer a diferença e cuidar do nosso planeta, também o nosso Município
deverá cuidar da nossa cidade. Infelizmente, Braga continua a ansiar por um parque verde na
cidade que irá proporcionar mais qualidade de vida a todos os bracarenses. Num mundo que
tenta combater a emissão de gases, é fundamental melhorarmos o ar que respiramos. Em
cidades cada vez mais feitas de betão é essencial termos espaços verdes que purifiquem o ar.
E, apesar de não termos o tão desejado espaço verde, parece-nos que o município continua a
dar prioridade ao betão. Afinal, ocorreu, recentemente, na nossa cidade, mais um expressivo
abate de árvores, para dar lugar a um parque de estacionamento, numa zona em que se
reduziram lugares de estacionamento, através de uma requalificação realizada com fundos
europeus, para se proceder à descarbonização. Retirar lugares de estacionamento numa zona
de praça, para depois construir um parque de estacionamento através do sacrifício de árvores
parece, quanto muito, paradoxal.
Infelizmente, Braga parece não tentar aproveitar a natureza existente na cidade criando a
partir dela, mas antes destruí-la dando lugar a betão. Precisamos de analisar a nossa cidade,
que além de ter poucos espaços verdes, precisa também de solo permeável. Desta forma,
acreditamos que o Município de Braga deve refletir melhor nas suas prioridades quando
planeia novos projetos. Evitando assim concretizar o ditado publicado pelo PAN Braga
“Árvores no meu caminho? Cortem-nas todas.”. Afinal cuidar das árvores é também cuidar no
nosso planeta e trata-lo da melhor forma possível. Afinal não existe planeta B, conforme alude
o Bloco de Esquerda!