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13 de dezembro de 2022

Crónica "Vamos ajudar a temperar o natal?"

 


Vamos ajudar a temperar o natal?


Paz, gratidão, harmonia e amor são apenas algumas das palavras que ecoam com especial significado nesta época natalícia. Neste período, apela-se à humanidade de cada um, e todos se mostram mais empáticos. Este ano, é urgente sermos ainda mais solidários e, dentro das possibilidades de cada um, ajudar quem mais precisa.

Atravessamos um período de guerra na Europa, que não está assim tão longe como se poderia imaginar. A guerra chegou até nós, com refugiados a chegar ao nosso país sem nada, com a escassez de alguns produtos nos supermercados, com a inflação a subir e a tornar insuportáveis os custos de vida para algumas famílias. Deste modo, é imperativo que, quem tem a possibilidade de ajudar os outros, o faça.

A campanha desenvolvida pelo Banco Alimentar, que todos os anos se realiza por esta época, este ano conseguiu ultrapassar a do ano anterior. Vindo confirmar que as pessoas estão mais conscientes das dificuldades que já se fazem sentir e do ano difícil que se avizinha. Desta forma, as campanhas de recolha de alimentos, são imprescindíveis para compor a mesa durante esta época, em especial, mas também para alimentar várias famílias no decorrer do ano. Afinal quem vive com dificuldades não vive apenas no natal, mas também durante todo o ano. 

Conscientes de que cada um de nós pode fazer a diferença, a JovemCoop e a Braga+ voltam a unir-se à "Missão Põe Azeite” realizada pelo Grupo Coral de Guadalupe. Há já muitos anos que nos associamos a esta causa tão nobre, que tem como objetivo a recolha de garrafas de azeite durante o advento, que, posteriormente, irão compor os cerca de 350 cabazes de Natal entregues pela Comissão Social da Junta de Freguesia de São Victor, às famílias mais carenciadas. Esta recolha de garrafas de azeite surge há 14 anos atrás, quando a Comissão Social de São Victor desafiou o Grupo Coral de Guadalupe a realizar uma recolha de um bem específico que estaria em falta para os cabazes, mas que é fundamental para uma mesa de Natal, o azeite! Talvez por ser um bem mais caro, ou apenas por esquecimento, este é um dos bens que falta em qualquer recolha alimentar, afinal todos pensamos nas conservas, ou em arroz e massa, mas bens como azeite ou óleo acabam por ser essenciais na cozinha de cada um. 

A recolha de azeite do Grupo Coral de Guadalupe é feita aos domingos entre as 10h30 e as 12h30 na Capela de Guadalupe, durante os quatro domingos do advento, ano após ano.

Quem entra na Capela de Guadalupe, durante esta época, facilmente vê as garrafas de azeite que se juntam por baixo de uma manjedoura, e se as garrafas se vão somando de domingo a domingo, também a manjedoura se vai enchendo. Isto porque, o Grupo Coral de Guadalupe desenvolve também a “Missão Sobre a Manjedoura”, uma campanha de recolha de artigos de higiene de bébé, como fraldas, biberões, toalhitas e também roupinhas que tornarão a chegada a este novo mundo um pouco mais digna e aconchegante. Desta forma quem desejar contribuir poderá fazê-lo até ao próximo domingo deixando os bens na Capela de Guadalupe, ou durante a semana na Junta de Freguesia de São Victor.

Estando a “Missão Põe Azeite" quase a terminar, a JovemCoop e a Braga+ unem-se para dar um último contributo realizando o já habitual percurso solidário! Este é o único percurso que realizamos durante o ano, onde pedimos uma contribuição a todos os participantes, seja ela 1 garrafa de azeite, ou se for mais cómodo, o valor da mesma que rondará, este ano, os 4€. O Percurso irá realizar-se no próximo dia 17 de Dezembro, pelas 10h com início no Arco da Porta Nova, e será uma visita pela “Cidadela Medieval”.

Caso não consiga estar presente no sábado, mas deseje contribuir com azeite, estamos disponíveis para efetuar a recolha no local que lhe for mais cómodo, bastando para isso contactar a JovemCoop. Ajude-nos a temperar o Natal de quem mais precisa, e contribua para esta causa. Contamos com a sua ajuda, e desejamos um santo e feliz natal a todos os nossos leitores.


12 de dezembro de 2022

Percurso Solidário pela Cidadela Medieval

 


As associações Braga + e JovemCoop organizam, no próximo sábado, dia 17 de Dezembro, mais um percurso pelo património bracarense, desta feita pelos vestígios da Cidadela Medieval

Esta iniciativa, que tem um cariz solidário, tem início marcado para as 10h00, no Arco da Porta Nova.

O objetivo desta visita guiada é percorrer todas as oito portas e torreões que constituíam o perímetro medieval bracarense, que contava com sensivelmente 1.300 metros de comprimento. O castelo de Braga e os panos de muralha ainda subsistentes serão também abordados durante esta visita.

O percurso vai contar ainda com passagens junto à Torre de Menagem, Torre da Porta Nova e antigo Paço dos Arcebispos. Integrado no programa desta manhã cultural está também a visita ao pelourinho de Braga, o monumento nacional mais desconhecido dos bracarenses.

Esta iniciativa tem um teor solidário, já que os participantes são convidados a trazer garrafas de azeite, que serão posteriormente doadas à Comissão Social de S. Victor com o intuito de compor os cabazes de Natal que são entregues às famílias mais carenciadas. Trata-se de uma forma das associações se agregarem à Missão Põe Azeite 2022 que tem sido levada a cabo pelo Grupo Coral de Guadalupe.

Quem não puder participar, poderá também contribuir com uma garrafa de azeite, entregando na Junta de Freguesia de São Victor ou entrando em contacto com a JovemCoop, que se disponibiliza para fazer a recolha. Também poderá contribuir através de MBWay (919347967), considerando o valor de 1 garrafa de azeite igual a 4 euros.

Contando com a colaboração da Junta de Freguesia de São Victor e da União de Freguesias de São Lázaro e São João do Souto, a participação neste percurso solidário é livre, não necessitando de inscrição prévia.

15 de novembro de 2022

Crónica "(Re)Pensar o Futuro de Braga - (parte 2)"


(Re)Pensar o Futuro de Braga - (parte 2)

Se na nossa última crónica refletimos sobre a necessidade de planear o futuro e o desenvolvimento da cidade, uma vez que após a tragédia dos incêndios de 2017, pouco ou nada foi feito, hoje damos continuidade à
nossa reflexão devido às obras que são feitas em pleno centro da cidade.

Reconhecemos que poderá não ser fácil planear intervenções em algumas zonas da cidade, mas é por isso que esse trabalho deve ser pensado e planeado não só por especialistas qualificados, mas também pelos utilizadores do espaço público. Afinal, quem melhor do que um utilizador diário para indicar quais as necessidades de melhoria do local?

No entanto, não é de hoje que o Município de Braga decide realizar intervenções na cidade sem estudar todas as alternativas possíveis e, principalmente, sem ouvir os cidadãos.

Falamos de obras que passam pelo abate massivo de árvores para dar lugar a parques de estacionamento. Falamos de trotinetes aparcadas em cima dos passeios e passeios esburacados ou cujo pavimento foi mal assente e está levantado e irregular. Falamos dos destinos de edifícios classificados como a Fábrica Confiança, ou o Recolhimento das Convertidas. Falamos do desmantelamento de Parques Infantis em zonas habitacionais.

Em suma, falamos de uma cidade cada vez mais coberta de betão e menos espaços verdes, espaços de lazer que proporcionam qualidade de vida aos cidadãos.

Apesar de estarmos a sair de um período onde enfrentamos uma pandemia, onde todos os cidadãos se viram fechados em casa e obrigados a parar e a valorizar a qualidade de vida, pouco é o que trazemos de exemplo.

O planeamento urbano é fundamental ser pensado como um todo, pois uma cidade funciona em sinergia e não por pequenos retalhos. Devemos pensar no futuro que queremos para a nossa cidade, e se já foi bom viver em Braga, parece que nos dias que ocorrem há muitos bracarenses insatisfeitos, cujos argumentos refletem uma cidade que pensa. Significa que vivemos numa cidade onde os seus habitantes se importam e querem participar na vida política, de forma a fazer de Braga uma cidade melhor.

Contudo, tal não acontece, pois os nossos representantes ou apenas informam das decisões já tomadas, ou nem isso fazem, não se mostrando um município disponível para o diálogo.

Pensemos nas mais recentes obras no centro da cidade, na rua 25 de Abril. Foi com muita surpresa que, quem por ali passa, percebeu que a calçada portuguesa que caracterizava os passeios que seguiam da Avenida da Liberdade, foram substituídos por outro material em nada semelhante. Ora a calçada portuguesa caracteriza grande parte dos passeios da nossa cidade, porém, está a ser substituída alegando uma maior segurança e um
maior conforto para os peões. Para além do choque da alteração do material, existe, ainda, a questão completamente inestética da união entre a calçada que segue nos passeios da Avenida da Liberdade, com o
novo pavimento da rua 25 de Abril.

Acreditamos que a solução não passa pela alteração da calçada portuguesa, mas sim por uma maior manutenção da mesma. Talvez tenha sido feita a escolha mais fácil e não a escolha ideal, ou não tenham sido
pensadas todas as soluções possíveis.
São urgentes intervenções no planeamento urbanístico de Braga, para que a cidade possa atuar não só para prevenir possíveis tragédias naturais, mas também para melhorar os seus acessos.

Somos uma cidade com mais de dois mil anos de história, o que exige uma importante manutenção quer nas estradas, quer nos passeios. Mas não podemos, também, esquecer que estamos a evoluir e que a criação de espaços verdes e de solo permeável é fundamental para uma maior qualidade de vida dos bracarenses. Afinal, basta um dia mais chuvoso para as estradas da cidade ficarem inundadas e bloquearem toda a circulação. Sabemos que pode ser complexo, mas pensar e intervir no quotidiano da cidade é assim mesmo, e são muitas as variantes que se devem ter em conta.
Pensar no futuro de Braga é fundamental, orientando os eixos políticos para o benefício das gerações de amanhã e fazê-lo em conjunto com os cidadãos seria sempre a melhor opção, porque isso sim, seria sinal de estarmos todos “juntos por Braga”.

18 de outubro de 2022

Crónica "(Re)Pensar o Futuro de Braga"



 (RE)PENSAR NO FUTURO…DE BRAGA


Passaram cinco anos desde um dos maiores incêndios na cidade de Braga. Vimos uma das nossas encostas ser consumida por chamas que pintavam a cidade com os seus tons laranja, que nos remetiam para um verdadeiro inferno. Vimos os santuários do Bom Jesus do Monte e da Nossa Senhora do Sameiro ladeados por chamas e cada um à sua maneira pediu que tal tragédia terminasse! Foram evacuadas algumas zonas habitacionais, pois o fogo esteve descontrolado, tomando proporções que ninguém poderia prever.

Contudo, reconhecendo que ninguém poderá prever um incêndio, há sempre medidas que devem ser tomadas pelos governantes da cidade em conjunto com as entidades especializadas. Da mesma forma que qualquer edifício tem um plano de emergência e de evacuação, também uma cidade o deverá ter, para saber como atuar!

Após a catástrofe ocorrida, nada seria menos expectável do que uma reflorestação vigiada e organizada, porém não foi o que aconteceu. Quem sobe pela encosta, ardida em 2017, encontra uma absurda densidade de eucalipto, encontra terrenos por limpar e território por cuidar, o que nos leva a entender que essa área poderá estar nas mesmas condições, senão piores, das que levaram ao incêndio ocorrido.

Cinco anos volvidos de uma tragédia que não seria expectável, pois ocorreu devido à junção de vários fenómenos que se pensariam impossíveis de acontecer, deveríamos ter aprendido e tentar evitar as catástrofes, ou invés de no final tentar solucionar! Para ser possível evitar é necessário um plano de ação, é necessário repensar o território, analisar e replantar as áreas ardidas com consciência.

É urgente respeitar e valorizar a natureza para que haja futuro… se o planeta sofre com questões ambientais… Braga não será diferente!

Hoje em dia, todos devemos ter preocupações ambientais, valorizando as zonas verdes, estimando os recursos aquíferos, combatendo a poluição e, logicamente, pensamos que uma cidade não pode pensar, nem agir, de outra forma.

No entanto, para os governantes da cidade, ter futuro passa apenas por mais construção no centro de Braga que se mostra cada vez mais saturado. Com o aumento da construção, estamos a aumentar a área de solo impermeável, uma consequência que se irá demonstrar assim que chegarem as grandes chuvas e todos se queixarem que a água “encheu” as ruas de Braga, ficando muitas delas cortadas à circulação. Nessa altura, basta olharmos à volta e questionarmos como poderá a chuva escoar, sem ser pelos canais artificiais criados para o efeito e que todos os anos se mostram insuficientes. Afinal, ter dias com elevada densidade de chuva já não é atípico na nossa cidade, pois ter estradas inundadas acontece todos os invernos. Ao analisar a construção de espaços como o Hotel Plaza Central, ou o aumento do Pavilhão das Goladas, chegando até à reabilitação da Fábrica Confiança, percebemos que na área que liga o centro da cidade à universidade a cidade irá perder, em todos estes projetos, área verde. Todas estas construções visam o desenvolvimento da cidade, mas seremos verdadeiramente uma cidade desenvolvida?

A JovemCoop não é contra a reabilitação de edifícios, somos dos primeiros a pedir para dar uma nova vida à fábrica Confiança, e até mesmo ao quarteirão das Convertidas, contudo, é preciso reconhecer a limitação dos espaços e não achar que vale tudo para se reabilitar os edifícios.

Estas construções irão ter impacto no solo, diminuindo os lençóis de água e, em alguns casos, destruindo os mananciais de água existentes. Não são recentes as notícias de que o planeta precisa poupar e valorizar o acesso à água, pois tem um desperdício excessivo, o que trará as suas consequências dentro de alguns anos.

No entanto, parece que em Braga, o que não se vê, não é importante. Para quê valorizar a qualidade do ar, ou cuidar do solo da cidade, se edificar é efetivamente o que se vê? Para alguns, é só na construção que se vê o desenvolvimento, mas não estará a qualidade de vida dos cidadãos também relacionada com desenvolvimento?

20 de setembro de 2022

Crónica "Dourado e Rosa...As cores que devem dar que falar!

 



DOURADO E ROSA…AS CORES QUE DEVEM DAR QUE FALAR!

Setembro é para muitos um mês de recomeços, onde se criam novas rotinas e se dá início

a novos projetos. Existem, contudo, projetos a que se dá continuidade e que devido à sua

importância devem entrar na agenda do dia. Falamos do projeto Setembro Dourado.

O Setembro Dourado é um projeto internacional que tem como missão a sensibilização para

o Cancro Pediátrico. Em Portugal, o projeto é desenvolvido através da Associação

Acreditar, que pretende divulgar o conhecimento sobre a doença e a realidade vivida pelas

crianças oncológicas. Sabia que em Portugal são diagnosticados cerca de 400 novos casos

por ano?

Felizmente, 80% dos casos são curáveis, sendo essencial haver um diagnóstico precoce.

A iniciativa Setembro Dourado chegou até nós através do Grupo Coral de Guadalupe que,

em 2020, abraçou este projeto e trouxe o amarelo para as ruas da cidade de Braga.

Se, no primeiro ano, a iniciativa passou por vestir o laço amarelo, hoje o Setembro Dourado

vai ainda mais além, realizando desde exposições, até conversas, passando ainda por

algumas atividades infantis.

O Setembro Dourado é mais um exemplo de cidadania ativa, mostrando que quando existe

vontade, é sempre possível ajudar. Hoje, já são várias as instituições que aceitam o desafio

e se cobrem de amarelo, como é o caso de algumas Juntas de Freguesia e também da

Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.

Na biblioteca é possível ver a exposição “De que cor é o cancro?” que é composta por

quadros pintados por crianças em tratamento no IPO. Irá ocorrer no dia 23 de Setembro,

pelas 10 horas, a hora do conto “O Monstro das Cores”, e no dia 28 Setembro, pelas 18

horas, no auditório da Biblioteca, decorre uma Conversa sobre Cancro Pediátrico. Desta

forma cumpre-se uma das missões da Associação Acreditar que é aumentar o

conhecimento sobre o Cancro Pediátrico. Contudo, a Associação Acreditar faz um trabalho

muito maior, prestando o apoio possível às famílias que enfrentam estes desafios.

Por esse motivo, o Setembro Dourado é também uma forma de angariar ajudas para esta

Associação e o Grupo Coral de Guadalupe lança o desafio “Vamos carregar a Esperança?”

que se baseia na venda de sacos de algodão reutilizáveis que foram personalizados pelas

crianças do IPO. Para adquirir os sacos, onde 100% do valor reverte para a Acreditar, basta

contactar o Grupo Coral ou a JovemCoop.

Infelizmente, o cancro é uma realidade que atinge cada vez mais um maior número de

pessoas, na certeza que hoje todos conhecem alguém que enfrenta a doença. O

diagnóstico precoce é fundamental para combater a doença com sucesso.

O Outubro Rosa é também um mês em que se sensibilizam, sobretudo as mulheres, para a

prevenção do cancro da mama. Como já vem sendo habitual, a Liga Portuguesa Contra o

Cancro dinamiza várias atividades, ao longo do mês e, em Braga, não poderia ser diferente.

A Delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra com Cancro, em parceria com o

Município e outras entidades, irá realizar diversas atividades, de angariação de fundos,

desde concertos até vendas solidárias. Apenas com a ajuda de todos é possível

disponibilizar consultas gratuitas aos doentes oncológicos e seus familiares.

Existem também atividades que visam apenas a sensibilização para o cancro da mama e

que são de participação livre, tal como, por exemplo, o Forum Rosa que ocorre no dia 30 de

outubro, dia Nacional do Cancro da Mama, pelas 17h no Braga Parque.

Tanto o Setembro Dourado como o Outubro Rosa ensinam-nos que é preciso falar de

cancro de forma aberta e tranquila, para que o assunto deixe de ser um “tabu”. Cada vez

mais o cancro afeta mais pessoas, nunca saberemos quando será um dos nossos.

“Vamos Carregar a Esperança” e ajudar estas instituições

22 de junho de 2022

Inscrições "O Nosso Património" - 18ª edição



Já abrimos as inscrições para a XVIII ediçao de "O Nosso Património"!

O lema desta edição é "dar asas às sapatilhas" pois juntos iremos percorrer algumas das principais ruas da Freguesia de São Victor, e também do centro histórico de Braga. Entre os dias 4 e 15 de Julho, de 2ª a 6ª feira, das 9h30 às 12h30 no Parque de Guadalupe, local onde iremos sempre iniciar e concluir as atividades. 

Esta atividade é realizada em parceria com a Junta de Freguesia de São Victor, parceira desde a primeira edição, e com a Irmandade de Guadalupe, que nos cede o Parque para que as atividades sejam realizadas ao ar livre, sempre que possível.

Juntos iremos conhecer alguns dos museus mais emblemáticos da nossa cidade, bem como as principais igrejas da cidade dos arcebispos.

"O Nosso Património" é indicado para crianças dos 12 aos 16 anos. As inscrições podem ser feitas atráves do email info@jovemcoop.com, na Junta de Freguesia de São Victor, ou através deste formulário.


31 de maio de 2022

Crónica "O Nosso Património"

 


O Nosso Património
 
No próximo mês de Julho, a JovemCoop, em parceria com a Junta de Freguesia de São Victor, dá início à décima oitava edição de “O Nosso Património”.
 
Entre os dias 4 e 15 de Julho, de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 12h30 iremos percorrer alguns dos locais mais emblemáticos da nossa cidade, em geral, e da Freguesia de São Victor, em particular. Apesar de ser um campo de férias que envolve inúmeras visitas, o local de trabalho será no Parque de Guadalupe, e a participação na atividade é totalmente gratuita, mas limitada às vagas disponíveis.
 
“O Nosso Património” é considerado o ex-libris da JovemCoop! Hoje, estamos orgulhosos de planear a XVIII edição. São dezoito anos de atividade, o que se traduz em centenas de participantes, dezenas de monitores e inúmeros parceiros de atividades. Ao longo dos anos, fomos adaptando este campo de trabalho, tentando sempre inovar e superar os novos desafios que vão surgindo.
Os participantes das primeiras edições são hoje jovens adultos que têm uma maior consciência da valorização e da preservação do património. Acima de tudo, aprenderam a valorizar a nossa cidade e a serem cidadãos ativos e participativos. Nesta atividade tentamos sempre dar a conhecer um pouco da nossa cidade de Braga, visitando alguns dos seus museus e locais mais emblemáticos, desde o Museu D. Diogo de Sousa, o Museu dos Biscainhos, passando pela Sé de Braga, a Igreja de São Victor, as Sete Fontes, entre outros.
 
Contudo, tentamos, também, proporcionar visitas a locais que nem sempre são de fácil acesso, como a Capela das Convertidas que habitualmente se encontra encerrada, e também a locais que nos mostram um património mais contemporâneo, como a Capela Imaculada. Ao longo de vários anos, demos, também, destaque ao património desaparecido, de forma a valorizar a salvaguarda do património e demonstrar a importância de todos termos um papel de cidadania ativa e de intervenção na vida política da cidade. Desta forma, recordamos, por exemplo, a época industrial da cidade, mostrando a importância de preservarmos a Fábrica Confiança, para que esta época não seja apenas a memória de alguns e se vá perdendo ao longo dos tempos como aconteceu com a Fábrica Taxa ou a Social Bracarense.
 
O contacto com a natureza é, ainda, um dos pilares de “O Nosso Património”. Infelizmente devido às condições de saúde atuais, tivemos de adiar o nosso tradicional acampamento. Ocorria sempre numa freguesia da periferia da cidade, de forma a mostrar locais que estando tão perto, são desconhecidos de muitos, como é o caso dos Moinhos de Portuguediz, na Freguesia de Sobreposta. Apesar de ainda não ser possível realizar o acampamento, apostamos sempre em realizar um trilho pela natureza, como os passadiços do Sistelo, ou os passadiços do rio Minho. Deste modo, despertamos os mais novos para o prazer das atividades ao ar livre, afastando-os um pouco do mundo tecnológico.
Um dos desafios que sentimos ao longo dos anos é a necessidade de combater o isolamento dos jovens, que vão mostrando cada vez mais dificuldade em se integrarem em ambientes novos. Tentamos sempre promover o espírito de equipa e a comunicação entre eles, pois sabemos que de um modo não formal também estamos a educar e a desenvolver os futuros adultos.
A prova de que temos uma atividade de sucesso é o regresso dos participantes nos anos seguintes e a vontade de chegarem a monitores.
Ser monitor é também um desafio que nos ajuda, muitas vezes, a desenvolver competências para o mundo laboral que nos espera. Somos desafiados a lidar com várias pessoas, com diversas personalidades, mas, também, a conhecer novos locais, a desenhar as atividades e fazer as apresentações necessárias. Para muitos monitores, é a primeira experiência que podem colocar no seu curriculum, enriquecendo-o antes de iniciar a vida profissional.

“O Nosso Património” para nós, vai muito além de um campo de férias, é um momento em que trabalhamos consciências e desenvolvemos personalidades, mostrando o que realmente importa! As inscrições estarão disponíveis a partir do dia 06 de Junho e podem ser feitas online pelo blog ou facebook da JovemCoop.

3 de maio de 2022

Crónica "Ampliar as liberdades de Abril"

 


Ampliar” as liberdades de Abril

Terminamos agora o mês de Abril, que é como quem diz o mês da Liberdade! São 48 anos onde, diariamente, são celebradas as conquistas do 25 de Abril, data que não poderá ser esquecida por todos os portugueses.

É menos de meio século que nos separa de um governo ditatorial. São, ainda, muitos aqueles que viveram esses tempos na primeira pessoa e relatam as suas memórias com a emoção de quem sabe o que é viver privado de liberdade. No entanto, um estudo feito recentemente vem mostrar que quem nasceu depois da revolução de 1974, atribui um maior significado ao 25 de Abril, considerando-o com muita importância para a sociedade portuguesa.

Se pensarmos no que a Revolução dos Cravos trouxe para a sociedade dos dias de hoje, todos recordamos o direito ao voto. Vivemos num regime democrático que deu liberdade para que todos os cidadãos maiores de idade possam votar e, em conjunto, escolher quem serão os representantes políticos do país. Não temos dúvidas de que o direito ao voto é uma das grandes conquistas do 25 de Abril, mas, com o novo regime, chegaram também novos direitos.

A liberdade de expressão é, também, uma das grandes conquistas de Abril. Antes de 1974 todos os cidadãos eram levados a pensar da mesma forma, não sendo permitido que existissem opositores ao regime. Músicas, artigos, poemas, tudo era revisto e, se necessário, censurado pela PIDE. Existiam, um pouco por toda a parte, informadores secretos para denunciar todos aqueles que se expressassem contra os ideais vividos na época. Hoje, cada um é livre de ouvir as músicas preferidas e ler os livros com que mais se identifica e, acima de tudo, de escrever e defender aquilo em que acredita.

Se hoje apelamos a uma cidadania ativa, com uma vida política participativa é porque a revolução assim o permitiu. Viver em democracia é isso mesmo, poder eleger, mas também poder participar.

Em Braga, felizmente, há quem se importe e queira participar na vida política da cidade. Se existe um grupo de cidadãos que criou a Associação Amigos das Convertidas, que tem como objetivo proteger e preservar aquele Imóvel de Interesse Público, existe também quem tenha criado a plataforma Salvar a Fábrica Confiança para defender e preservar o que resta da memória industrial da cidade. Muitos outros movimentos foram criados na cidade, tornando a participação no quotidiano político de Braga cada vez maior. Para a JovemCoop é fundamental que existam estes movimentos, pois é desta forma que verdadeiramente se faz política, isto é, as opções para a cidade.

Nos dias de hoje, em que todos vivemos em democracia, é essencial ouvir os cidadãos e incluí-los no futuro da cidade. Recentemente, vimos mais um projeto na cidade de Braga a ir para os tribunais, porque um grupo de cidadãos se recusa a aceitar aquilo que o Município decidiu. Falamos da Requalificação e Ampliação do Pavilhão das Goladas.

Estando o pavilhão inserido numa zona residencial, seria de esperar que o Município, ao idealizar o projeto, pensasse nos interesses de quem por lá habita. No entanto, se porventura não o considerou, nas sessões de esclarecimento do projeto poderia ter auscultado a população presente e ponderar alguns pontos. Todos sabemos que o Pavilhão das Goladas necessita de uma intervenção, no entanto, antes de realizar o projeto, deveriam ter sido ouvidas todas as partes e perceber qual seria a melhor solução para todos. Afinal, vivemos em democracia e a comunicação é uma das nossas grandes conquistas. Reduzir o pouco espaço verde existente naquela área, aumentando a construção atual do edifício poderá parecer a solução mais fácil, mas está longe de ser a ideal. Desta forma, achamos que antes de se avançar com um investimento de cerca de 1,6 milhões de euros, o Município deverá ouvir todas as partes afetadas por esta intervenção, não só o grupo desportivo, mas também o grupo de moradores, que vem demonstrando o seu desagrado pelo projeto atual. Somente após esta reunião seria possível perceber que alterações deveriam ser feitas e de que forma, para que o projeto fosse ao encontro de todos.

Por isso, não se entende como se tenta reduzir a participação dos cidadãos a um ineficaz Orçamento Participativo, quando a verdadeira opção deveria ser o incentivar da participação das pessoas nas opções da comunidade. Dá trabalho? Claro! Mas o resultado final será uma comunidade muito mais comprometida e coesa.

Usemos tudo aquilo que Abril nos deu de bom para sermos uma sociedade participativa e, acima de tudo, democrática, que se deixa ouvir pelos cidadãos.

5 de abril de 2022

Crónica "Do Recolhimento até ao Hotel"


Do Recolhimento até ao Hotel

No passado dia 28 de Abril realizou-se, nos jardins do Recolhimento das Convertidas, a apresentação do Hotel Plaza Central.

Este novo hotel da cidade estará localizado na Avenida Central, no edifício contíguo ao Recolhimento, e será o segundo hotel de luxo do Grupo Hoti Hotéis na cidade, sendo o Meliã o primeiro.

A JovemCoop, assim como todas as entidades que compõem o CERPUB (Conselho Estratégico para a Regeneração Patrimonial e Urbana de Braga), teve anteriormente a possibilidade de analisar a proposta do Grupo Hoti Hoteis, dando ainda o seu parecer quanto à sua construção.

É certo que devemos valorizar o crescimento turístico da nossa cidade e também procurar dar resposta ao aumento da busca de alojamento na cidade. Sendo o turismo um dos principais impulsionadores para o crescimento económico da cidade, este deve ser uma das apostas para a regeneração do centro histórico da cidade. Como é possível ver no projeto, o novo hotel irá respeitar e preservar as características do edifício já existente, o que para a JovemCoop seria fundamental.

No entanto, para além do edifício já existente na Avenida Central, será construído um segundo edifício, nas traseiras do atual, que terá cinco pisos. Segundo a arquiteta do projeto, o edifício “anexo” quase não terá visibilidade desde a Avenida Central, algo que a JovemCoop necessita discordar.

Acreditamos que ninguém estará contra a criação do Hotel e a valorização do edifício vizinho ao Monumento de Interesse Público. Contudo, sabemos que as traseiras dos edifícios daquele quarteirão são um espaço verde que é necessário ao centro histórico da cidade. Irá ser construído um edifício de cinco pisos, numa área que hoje é verde, o que levanta não só a questão da volumetria do edifício “anexo”, mas também o aumento de solo impermeabilizado da cidade. Braga precisa de espaços verdes, de solo que consiga absorver as águas da chuva, e não de um edifício com uma cércea desenquadrada, como está previsto. Se passar pela Avenida Central e projetar ali o edifício que irá ser construído, facilmente percebemos que, apesar deste ser recuado, a sua altura excessiva terá impacto em todo o quarteirão, ao contrário das imagens que foram divulgadas, onde quase não se vê o edifício.

A par desta apresentação o edil da cidade Ricardo Rio divulga ainda que têm sido dados passos para fazer do Recolhimento das Convertidas um equipamento cultural. Sabemos também que o hotel terá no seu interior um jardim público que fará ligação ao Recolhimento das Convertidas. Contudo, aceder a um Jardim Público pela antiga cerca do Recolhimento, implica desfazer parte desta cerca e convidar as pessoas a entrar no jardim pela Rua de S. Gonçalo, tornando aquele espaço num “beco”. Como associação de defesa e preservação do património não podemos deixar de realçar que a construção do novo hotel na sua totalidade irá, muito provavelmente, implicar explosões e grandes movimentações do solo. Todo esse movimento significa danos no edifício do Recolhimento das Convertidas que já se encontra num estado avançado de degradação e que necessita de proteção e não de mais ameaças.

Mais uma vez indicamos que não somos contra a valorização do edifício contíguo ao Recolhimento de Santa Maria Madalena, mas acreditamos que este projeto deveria ter sido ajustado à realidade onde se insere. Estes foram os motivos que levaram a JovemCoop e outras entidades a votar contra o projeto apresentado na última reunião do CERPUB, mas que acabou por ser aprovado. Estranhamos como este projeto, agora apresentado, não tenha merecido nova reunião do CERPURB.

Estamos certos de que o Município terá analisado qual será a melhor forma de preservar o Recolhimento das Convertidas assim como a sua Capela, não esperando que aconteçam os danos para depois tentar remediar a situação. A reabilitação do edifício das Convertidas é, há vários anos, defendida pela JovemCoop juntamente com outras entidades da cidade. Esperemos que, no ano em que comemora 300 anos, o Recolhimento das Convertidas veja um futuro melhor do que aquele que teve nos últimos 25 anos. 

8 de março de 2022

Crónica "De Braga para a Ucrânia"

 


De Braga para a Ucrânia
 
Nos últimos tempos ouvimos a frase que qualquer um de nós nunca esperaria ouvir… “Começou a Guerra!”.
Nos últimos dois anos enfrentámos, todos unidos, uma pandemia que atravessou o globo e, em circunstâncias desafiadoras, mostramos a humanidade que ainda existe em nós. Pintámos o mundo de arco-íris e gritámos “Vai ficar tudo bem!”, pois sabíamos que juntos seria possível vencer.
 
Hoje, acreditamos que saímos da quinta e última vaga de Covid19. Mais do que nunca, as gerações que viveram a pandemia deviam saber reconhecer o que realmente importa! Em dois anos, aprendemos a desfrutar do tempo em família, a respirar e usufruir daquilo que a vida nos dá… De repente, já nada mais importava a não ser salvar vidas, aplaudimos todos os profissionais de saúde, pois era neles que estava a nossa fé…
Hoje, quando o mundo começa a viver um pouco da normalidade… surge uma guerra! Uma guerra que vem nada mais do que afastar e destruir famílias, destruir um país!
É fundamental darmos as mãos à Ucrânia, aos ucranianos que perderam milhares de pessoas na pandemia e, agora, veem-se obrigados a lutar pelo seu país, pelas suas casas.
 
Felizmente, existem pessoas sempre prontas a ajudar… e quando percebemos que começou a guerra, percebemos também que começou uma onda solidária denominada de SOS Ucrânia!
 
Em Braga não foi diferente, o movimento Braga SOS Ucrânia surge com o objetivo de apoiar o povo ucraniano e, felizmente, já foram muitos os camiões a partir, carregados de bens essenciais para o destino. São mais de 600 voluntários e são dezenas os locais destinados a recolher os bens doados que depois serão enviados para o centro de logística e distribuídos pelos camiões.
 
Braga veio mostrar que independentemente das cores políticas, das escolhas e das diferenças de cada um, o importante é ajudar. Todos os cidadãos e representantes políticos deram as mãos e de dia para dia enviam bens de primeira necessidade a todos os ucranianos que se veem obrigados a deixar tudo para trás em busca de uma vida de paz!
 
Neste momento pedem-se que as doações sejam principalmente de produtos de higiene e também de saúde, como fraldas, toalhetes, gel de banho, betadine, ibuprofeno e paracetamol, entre outros. O funcionamento do movimento e a lista das necessidades prioritárias pode ser consultada no site www.bragasosucrania.pt.
 
A prioridade de qualquer guerra, devem ser, sem qualquer dúvida, as pessoas, mas não podemos esquecer tudo o que esta engloba. É um país inteiro que está a ser destruído juntamente com a sua história. Monumentos, catedrais, museus, tudo ficará destruído e haverá sempre uma parte da história que será irrecuperável.

Foi para tentar evitar o pior que um grupo de pessoas protegeu as janelas de um museu da cidade de Lviv, tentando assim evitar danos causados pelas explosões ao redor.
A Diretora Geral da Unesco já veio alertar para a urgência da preservação do património cultural da Ucrânia. Assim como a Associação Portuguesa de Museologia também já se ofereceu para, no futuro, ajudar a Ucrânia nas reconstruções necessárias.
 
Estamos numa guerra que tem como grande objetivo destruir a identidade de um povo, de uma nação. Eliminar a Ucrânia da história do mundo, afirmando-a como território russo. É urgente proteger a memória de um país, assim como as suas gentes!
 
E hoje, dia 08 de Março, Dia Internacional da Mulher, lembramos e louvamos todas as mulheres, mas homenageamos, sobretudo, as Mulheres Ucranianas que sofrem, que lutam, que dão testemunho de resistência e são sinónimo de vida.
 

Vamos continuar a mostrar que ainda resta humanidade no mundo, vamos ajudar a Ucrânia! E acreditar que “Vai ficar tudo bem!”.

12 de fevereiro de 2022

Apaixone-se pelas Sete Fontes




A JovemCoop e a Junta de Freguesia de S. Victor realizam dia 19 de Fevereiro a 6ª edição da atividade "Apaixone-se pelas Sete Fontes". 

Mantendo o mote de que só amamos aquilo que conhecemos, desafiamos todos os bracarenses e amigos a participarem nesta atividade, seja em família ou com a cara metade, o importante é valorizarmos o Complexo Eco-Monumental das Sete Fontes. 

Monumento Nacional desde 2011 em conjunto com a Agere, iremos abrir as portas das Mães de Água e garantir que os participantes ficam enamorados pelas Sete Fontes.

A visita ocorre no dia 19 de Fevereiro, pelas 9h30 com ponto de encontro junto ao cemitério Monte D'Arcos.

Para participar todos os participantes devem usar máscara e devem fazer a sua inscrição aqui.

8 de fevereiro de 2022

Crónica "Dez anos depois..."

 


Dez anos depois…
 
Com a chegada a 2022 chega, também, a marca do décimo aniversário depois de Braga ter sido Capital Europeia da Juventude, no ano de 2012.
Para ajudar a recordar, lembramos que a BragaCEJ 2012 foi um evento em grande, repleto de atividades desde a cultura, passando pelo desporto, até ao património. Para todas as idades, para todos os públicos, Braga abriu as suas portas e mostrou como pode ser dinâmica. Houve um grande trabalho entre o município e as associações da cidade, assim como as escolas. Braga foi dos bracarenses, mas o que chegou aos dias de hoje?
Na opinião da JovemCoop, existem dois tipos de legados possíveis após tal realização: o legado material e o imaterial.
Se pensarmos no legado material, é imediato pensar no GNRation. Idealizado pela Braga CEJ2012, o GNRation abriu apenas em 2013, com o objetivo de ser um espaço artístico e de divulgação das artes digitais. Com o passar dos anos, houve a necessidade de alterar alguns dos propósitos do edifício, que em 2021 passou a integrar a Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses. No entanto, tal como a JovemCoop tem vindo a defender, este é ainda um edifício pouco desfrutado pela cidade, sendo dirigido a um nicho demasiado específico de bracarenses, tendo perdido a transversalidade de ser um aglutinador de associações. Defendemos sim que deve continuar com um programa alternativo, mas que deve também ter atividades dirigidas a outros públicos, para que mais bracarenses possam desfrutar desta estrutura municipal. Contudo, numa realização que contou com centenas de atividades, deixar apenas UM legado material, é reduzir a BragaCEJ2012 ao esquecimento.
Pensando, agora, no legado imaterial, podemos considerar pouco mais do que a Noite Branca, que infelizmente depressa foi deixando de ser uma noite de grande diversidade cultural, passando para uma noite repleta de concertos, e com cada vez menos representação artística. Afinal, na primeira edição, em 2012, todos os participantes foram convidados a percorrer um caminho cultural que passava por jardins e monumentos. A cidade pintou-se verdadeiramente de branco com a ajuda de artistas plásticos e diversas escolas e instituições da cidade. Com o ano 2013, percebendo o capital cultural insuflado no Município de Braga, havia sinais de prosseguir, de forma oficial, um trabalho que começou em 2012, de forma voluntária. O Município começou a realizar o “À Descoberta de Braga”, dando sequência aos percursos guiados e explicados que, meses antes, a JovemCoop tinha implementado. E isso revelou-se de extrema importância ao percebermos que ao núcleo de participantes, a cada visita se somavam mais interessados. Contudo, o “À Descoberta de Braga” foi interrompido e perdeu-se a sequência do conhecimento patrimonial e histórico.
E convém perceber que dez anos depois, nem um compromisso com as políticas de Juventude ficou rubricado para o futuro.
Percebemos, desta forma, que a herança de Braga CEJ deveria ter sido maior, e mais proveitosa para a vida da cidade e dos seus habitantes. Afinal, 2012 foi ano preenchido de atividades onde foi possível verificar que, quando queremos, tudo é possível pois escolas, associações, artistas e o município estavam interligados e a trabalhar em conjunto, como hoje deveria continuar a acontecer.
No entanto, acreditamos que esta reflexão é oportuna, não apenas pelos 10 anos da CEJ, mas também por Braga ser candidata a Capital Europeia da Cultura. Hoje é fundamental refletirmos sobre a CEJ, para que, em 2027, no caso de Braga ser a eleita, não sejam cometidos os mesmos erros.
Muitas vezes programamos algo pensando no impacto imediato, e raramente refletimos nas vantagens a longo prazo!
Se Braga quer ser CEC, é fundamental que projete 2027 com um objetivo claro sobre o legado que pretende deixar, de forma a não ser apenas um ano de atividades que dez anos depois já ninguém se lembra. Quando consultamos a página da candidatura braga27.pt percebemos que já existe uma estratégia para a CEC mas que, sendo aprovada pelo júri, o dossier de candidatura terá ainda bastante tempo para ser melhorado, para que em 2028 o capítulo “O que fica desta festa?” possa ser mais forte e enriquecido.
Sabemos que vivemos tempos atípicos e que foi imperativo fazer uma pausa na vida cultural, no entanto é urgente voltar a dar vida à cidade, e mostrar que a cultura, além de ser segura, é para todos. Acreditamos que Braga é capaz de ser CEC 2027, assim como acreditamos que é possível que o seu legado seja exemplar, se as devidas reflexões forem feitas. Vamos fazer da CEC muito mais que uma festa, vamos fazer da CEC um marco na cidade e na vida de todos os bracarenses.

11 de janeiro de 2022

Crónica "A importância do Voto Antecipado"

 


A Importância do Voto Antecipado

Pela terceira vez, desde o início da pandemia Covid19, os portugueses são chamados às urnas, voltando a eleger os seus representantes. Mas, desta vez, para decidir a composição da Assembleia da República, ou seja, os futuros governantes do nosso país.
Sempre defendemos que votar é um direito que todos devemos cumprir, assim como defendemos que votar tem que ser seguro! Nas próximas eleições legislativas, que decorrem a 30 de Janeiro, acreditamos que não será diferente.
No entanto, se prefere não se dirigir às urnas, no dia 30, com algum receio que possa ter, sabia que nestas eleições todos podem pedir para votar antecipadamente?
O voto antecipado irá decorrer a 23 de Janeiro e cada município deverá ter, no mínimo, uma mesa de voto. No entanto, para o fazer, cada cidadão deve manifestar a sua intenção à Administração Eleitoral da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, através do site https://www.votoantecipado.mai.gov.pt ou por via postal.
Têm direito, também, ao voto antecipado doentes internados, presos não privados de direitos políticos, eleitores em mobilidade, entre outros. Quem estiver em confinamento obrigatório pode também pedir o acesso ao voto antecipado e exercer o direito de voto. Infelizmente vivemos uma nova fase da pandemia onde os números de infetados têm sido elevados.
Dessa forma, e para que nada o impeça de votar, entre os dias 20 e 23 de Janeiro, todos aqueles que tiverem o confinamento obrigatório detetado até ao dia 22 de Janeiro, podem, através dos meios acima mencionados, manifestar a sua intenção de voto antecipado.
Portugal atravessa o seu terceiro ato eleitoral em simultâneo com uma pandemia mundial, mas não há justificação possível para não votar.
Em 2019, nas últimas eleições legislativas, ainda sem pensarmos no que estaria por vir, a principal vencedora, com maioria absoluta, foi a abstenção. O que significa que a maior parte dos portugueses escolheu não exercer o seu direito de voto, escolheu não escolher os representantes do seu país! Mas estamos certos que se, algum dia, esse direito nos fosse negado, todos esses cidadãos ficariam indignados e o iriam reivindicar.
Recentemente, tivemos oportunidade de ver, nas redes sociais uma publicação com a simulação da composição do parlamento, após as eleições de 2019, se a abstenção fosse considerada um partido: em 230 deputados a abstenção teria 131, ou seja, mais de metade dos lugares. Pensemos, agora, no que seria do nosso parlamento se as pessoas que estivessem sentadas nesses lugares simplesmente não se pronunciassem, não pensassem no futuro no nosso país?

É fácil perceber o impacto que tal acontecimento poderia ter na nossa sociedade, no nosso país, na vida de cada um.
Por esse motivo sempre defendemos a importância de votar! Mas votar é, também, um ato que deve ser feito com consciência. É certo que cada um é livre de escolher o partido ou o voto em branco, se assim o desejar, mas acreditamos que é fundamental fazê-lo com consciência. Para isso deverá conhecer todos os candidatos, todos os partidos, pois só assim será possível escolher o que acredita ser o melhor para o nosso país.
Para dar a conhecer os partidos não existe melhor forma que através dos media, quer locais, quer nacionais, que nos vão dando a conhecer todos os partidos e aquilo que cada um defende. Para votar com consciência cada bracarense deve conhecer os 17 partidos que constam no boletim de voto do Círculo Eleitoral de Braga, já disponível no site da Comissão Nacional de Eleições.

Sendo possível o voto antecipado, acreditamos que não existem desculpas para que “fuja” às urnas! Não deixe em mãos alheias uma decisão que deve ser sua, que deve ser de cada um. No dia 30 de Janeiro VOTE! E não se esqueça, pode sempre pedir o voto antecipado!