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De acordo com os números apresentados por Gabriela Canavilhas aos deputados da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, a Fundação Casa da Música, no Porto, receberá a maior fatia daquela verba, dez milhões de euros.
Na sua intervenção, a ministra salientou que “num panorama de crise internacional instalada, com a maior parte dos ministérios a sofrer descidas nos seus orçamentos, o Ministério da Cultura teve uma subida de 12,8 por cento”.
O orçamento do Ministério da Cultura para 2010 é de 236,3 milhões de euros.
Por domínios de intervenção, o Património irá receber 35 por cento do orçamento do Ministério(...).
O Ministério da Cultura vai ainda contar com mais 63,5 milhões de euros referentes a parcerias com outros sectores da governação, entre os quais o Turismo, dependente do Ministério da Economia.
Após o anúncio sobre qual seria a parte do orçamento que tocaria ao Ministério da Cultura (MC) e como este o dividiria entre as múltiplas actividades que tutela, ficamos a saber que uma boa fatia será destinada às intervenções no Património.
Vem esta notícia em boa hora, pois recentemente, depois da JovemCoop ter comunicado a vontade de se constituir uma Zona Non Aedificandi no Complexo das Sete Fontes, travando as intenções de construção desmedida, recebemos uma informação que nos deixou perplexos.
Foi-nos comunicado que além de nós, também a Câmara Municipal de Braga (CMB) queria propor uma Zona Non Aedificandi, mas que o IGESPAR ter-se-á oposto à constituição da mesma, com o argumento de que expropriar os proprietários dos terrenos custaria todo o orçamento do MC.
Sabendo que o MC costuma ser dos ministérios mais pobres, já adivinhávamos um destino infeliz para as Sete Fontes, classificadas como Monumento Nacional desde 2003. Percebemos que o instituto da tutela se queria desresponsabilizar a partir de um argumento firme - como costuma ser a falta de dinheiro.
Pois se o MC teve um aumento considerável das verbas e se as intervenções no Património ocupam grande parte do "bolo", esperamos, atentamente, que haja respeito e dignidade pelas Sete Fontes e que se invista na protecção deste Complexo. Esperamos, claro, que a CMB intervenha junto do MC e reclame uma intervenção oportuna para as Sete Fontes, pois a cidade, os cidadãos e o Sítio Monumental das Sete Fontes merecem esse esforço por parte da nossa autarquia.
Reiteramos a ideia, comprovada pela fotografia, que é dos locais mais completos que Braga possui a nível patrimonial, ambiental e humano.
É um alerta bem feito. Agora parece-me dificil que haja dinheiro para as Sete Fontes.
ResponderEliminarLembrem-se que Braga está longe de Lisboa e que a CMB nem sequer gosta muito deste sítio.
Mas força, continuem a luta.