"Diário do Minho" 15/09/2012
É com surpresa e agrado que recebemos a notícia da classificação da Igreja do Carmo.
Uma das mais expressivas igrejas de Braga, que merece o epíteto de monumento, dada a sua História e riqueza patrimonial de várias cronologias, será classificada como Imóvel de Interesse Público, após um acto que decorre há cerca de 11 anos.
Esta Igreja, onde habitam os frades carmelitas de pé descalço, foi fundada em 1635 e, quem olha do exterior vê uma arquitectura completamente diferente.
No início do Século XX, a fachada foi completamente demolida e reconstruída sob o projecto do "famoso arquitecto" João Moura Coutinho (1872 – 1954).
A 11 de Outubro de 1655 os onze religiosos que jaziam na primitiva residência das Carvalheiras são transladados para o convento. (in www.monumentos.pt - Convento de Nossa Senhora do Carmo, IPA - Inventário do Património Arquitectónico )
Em 1834 o convento passa para a Irmandade de Nossa Senhora do Carmo, na sequência da extinção das ordens religiosas, e em 1837 o convento é cedido à CMB, para lá ser instalado um quartel militar, mercado do gado e mercado do peixe em partes distintas da cerca e do convento.
Apesar de ser reconhecida que Braga possui um vasto conjunto patrimonial de relevo, poucas são as igrejas ou edifícios de valor histórico-arquitectónico que estão classificados como Monumento.
A pertinência da classificação justifica-se pela necessidade de haver quem melhor possua vir a salvaguardar os conjuntos patrimoniais e envolventes de serem destruídos e/ou alterados de forma prejudicial à sua valorização.
Braga deve, pois, ficar contente com o fecho deste processo de classificação.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Agradecemos que deixe aqui o seu comentário.
A publicação dos comentários está sujeita ao conteúdos dos mesmos.
Obrigado...