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25 de novembro de 2010

Resposta do IGESPAR à nossa sugestão de ZEP




Partilhamos com todos os leitores deste blogue, a resposta que o IGESPAR nos enviou, a propósito da nossa sugestão relativa à discussão pública da Zona Especial de Protecção das Sete Fontes.
Lamentamos, em primeira instância que esta resposta venha com um atraso de um ano (1 ANO); em seguida, o IGESPAR (DRCN) tenta fundamentar a nulidade da nossa proposta baseado em dois pressupostos...que o que eles propuseram chega e sobre e que a Câmara Municipal de Braga actua a tempo e horas, em caso de lesa património!

Já denunicamos à DRCN uma série de vezes casos de intervenção não autorizada no complexo das Sete Fontes, mas ainda assim, acham que tudo o que lá acontece é controlável. É uma postura inadmíssivel.
É de lamentar, ainda, que o Ministério da Cultura não pense na exproprição, por causa das indemnizações compensatórias. Se o MC entrasse em acordo com a CMB, já que lhes legou a gestão do espaço, era mais que apropriado que ambas as instituições acordassem na forma de proteger os terrenos e consequentes lençóis de água, património arquitectónico, arqueológico e ambiental.
São argumentações débeis e pouco sustentadas.

Pelo menos, este ofício acarreta uma boa notícia. se o IGESPAR "já" está a notificar as instituições que apresentaram sugestões/reclamações, quer dizer que a publicação em Diário da República está perto (pelo menos, foi isso que nos explicaram quando estivemos reunidos com o director da DRSBC (antiga delegação IPPAR Porto).

Quem quer começar a contar os dias??? Porque a nossa preocupação é real, relembramos aqui algumas das fotografias que evidenciam a má protecção das Sete Fontes ao longo dos últimos tempos!



Relembramos, ainda, um post de há um ano atrás que visou apresentar a nossa proposta de ZEP!

O que é uma ZEP?

É uma zona que se cria em torno de um monumento classificado, garantindo maior protecção, pois qualquer intervenção dentro dessa área de protecção tem de merecer o avalo do IGESPAR (Instituto que tutela o património).

No caso das Sete Fontes é 100% eficaz?

Na nossa óptica não, pois a ZEP pronunciar-se-á, sobretudo, sobre a protecção do património, podendo relegar para o esquecimento o enquadramento ambiental. Logo é preciso reforçar a protecção daquela área.

O que é que a JovemCoop propõe?

Nós propomos a criação de uma área Non Aedificandi, que não permita construções ou alterações dentro do coração verde das Sete Fontes.

Qual é a vantagem dessa medida?

Cremos que a vantagem desta zona Non Aedificandi é, além de proteger o património construído do Séc. XVIII, poder salvaguardar o património que jaz no solo, provavelmente da época romana. Mas, acima de tudo, estaremos a garantir o habitat das espécies de fauna e flora que encontram nas Sete Fontes o seu meio natural. Além do mais, é uma garantia de que a água das Sete Fontes continuará a correr nas canalizações.

Porquê uma zona Non Aedificandi tão grande?

Nós assumimos, juntamente com a Junta de Freguesia de S. Victor e a ASPA a defesa do Complexo das Sete Fontes, na sua vertente mais lata (património, natureza, água). E os lençóis de água que abastecem as Sete Fontes são uma das nossas grandes preocupações, pois se se permitir construções nos maciços rochosos onde nasce a água, estar-se-á a condenar as Sete Fontes, que secarão e deixarão de cumprir a missão para a qual foram criadas. E porque água é vida, logo um património riquíssimo que temos, devemos ter orgulho nele e sabê-lo preservar.

Veja a nossa proposta:

 

Discussão pública sobre as Sete Fontes


A entrada é grátis e estão todos convidados a participar!!!

Como sabem, a JovemCoop tem-se dedicado, dentro das suas possibilidades, à divulgação e protecção das Sete Fontes.

Muitos dos leitores deste post tiveram a oportunidade de conhecer as Sete Fontes no âmbito da nossa actividade “O Nosso Património” e outros, poderão ter (re)descoberto este monumento aquando de alguma visita por nós promovida.

A JovemCoop continua a pugnar, ao lado da Junta de Freguesia de S. Victor, pela defesa das Sete Fontes e, também nos associamos, prontamente, à petição que foi elaborada com o mesmo objectivo.

Hoje queríamo-vos deixar um desafio/convite. PARTICIPEM NA DISCUSSÃO PÚBLICA que vai ter lugar no DIA 04 DE DEZEMBRO (é um sábado), no auditório do IPJ, pelas 15h30.

Porque todos nós, jovens ou jovens de espírito, merecemos saber se há cooperação estabelecida para proteger as Sete Fontes. A vossa presença será fundamental, mesmo que o assunto pareça demasiado sério para ser discutido num sábado à tarde. O nosso património terá melhor destino quantas mais pessoas reclamarem a sua preservação!

Obrigado a todos!

Sobre o seminário da Pedra

retirado do "Correio do Minho" de 25/11/2010

Aqui fica o relato de uma interessante conferência, em muito útil para a interpretação da evolução física dos nossos monumentos!

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Braga inaugurou ontem Iluminação de Natal

retirado do Correio do Minho de 25/11/2010

A Câmara Municipal de Braga activou ontem (quarta-feira, 24 de Novembro) a energia que vai alimentar as ornamentações natalícias do centro da cidade, num acto simbólico que aconteceu às 17h30, na Praça da República, e a que se associou o Presidente do Executivo, Mesquita Machado.

Remetendo para a geometria romana que ditou a planta da “Bracara Augusta”, as ornamentações – que implicam um custo semelhante ao do ano anterior – têm a principal novidade numa árvore-de-natal estilizada, frente à Arcada.

«Escreveu-se a cidade com a luz do “alfabeto” geométrico: o ponto, a linha, o plano em que se organiza formando as “palavras”; “palavras” que são figuras geométricas como o quadrado, o círculo, o triângulo; de que nascem os sólidos como o cubo, a esfera…», explicam os projectistas.

A árvore-de-natal, instalada na fonte da Arcada, foi também desenhada em forma geométrica, sendo apresentada como «excepcional figura, original e inédita».

Já em contexto de animação activa, a Câmara Municipal de Braga coloca em circulação, de 1 a 24 de Dezembro, o designado “comboio de natal”, equipamento que percorre as principais artérias do centro histórico entre as 10h000 e as 12h00 e entre as 14h00 e as 18h00.

Ainda neste âmbito, de 27 de Novembro a 27 de Dezembro, a Avenida Central acolhe um conjunto de várias diversões festivas, de que sobressai uma “rampa-de-gelo artificial”, com oito metros de altura, cinco de largura e 40 de comprimento.

O desafio que aqui lançamos é tentar perceber o que é que a geometria romana  tem a ver com os simbolos natalícios? Mas não pomos em causa a arte...duvidamos é da explicação!

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22 de novembro de 2010

Pousada da Juventude e a desvalorização do Património

retirado do "Diário do Minho" de 22/11/2010

Já haviamos afirmado ANTERIORMENTE o porquê da nossa relutância em instalar a nova Pousada da Juventude de Braga no antigo Convento de S. Francisco.

Expusemos os nossos motivos que se prendem, basicamente com a descentralização da localização da pousada, que em nada beneficia os futuros utentes, e com o restauro urbano integrado, que privilegiaria o restauro de uma unidade no centro histórico de Braga (por exemplo, o Antigo Quartel da GNR ou a Casa das Convertidas).

Agora, também a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho(UAUM) faz acreditar que a opção que a CMB e a MoviJovem tomaram foi a menos acertada, referindo os motivos patrimoniais/arqueológicos.
Há elementos arqueológicos da antiga pousada de S. Salvador, anterior ao Convento de S. Francisco que se poderão perder pelos maus e apressados estudos que se farão para construir ali a Pousada.

A UAUM, além de expressar o seu descontentamento com esta opção, declara ser inaceitável a postura reversiva da CMB relativa ao Parque Arqueológico de Braga, algo que também tivemos oportunidade de comentar AQUI!

Infelizmente, a UAUM acreditou num projecto que apenas não passou de um conjunto de intenções em época eleitoral para convencer os cidadãos de Braga que afinal temos políticos modernos e preocupados com as raízes ancestrais da nossa cidade e cultura.

Infelizmente, a UAUM acreditou que iria ser consultada para validar a Pousada da Juventude no Convento de S. Francisco, imóvel que foi, inclusivé, prometido à UAUM para fazer lá o Centro de Investigação paleo-Cristã.

Parece, assim, claro que a UAUM é uma instituição que ainda acredita nas boas intenções de quem nunca deu sinais de querer recuperar a história da nossa cidade.

Entre Aspas - por Francisco de Sande Lemos

retirado do "Diário do Minho" de 22/11/2010
(Clicar na imagemn para ampliar)

Um simpático e merecido tributo às mulheres envolvidas na arqueologia realizada em Braga!



Um seminário interessante

retirado do "Diário do Minho" de 20/11/2010

Porque, afinal, a arqueologia anda de mãos dadas com a geologia, o Gabinete de Arqueologia da CMB irá realizar, no núcleo musológico da Fonte do Ídolo um seminário sobre as alterações efectuadas na pedra.
Com certeza, que valerá a pena assistir...

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20 de novembro de 2010

Ideias com Jota 16/11/2010


Tema abordado: Os jovens e o empreendedorismo;
Convidado especial: Dr. Vitor Dias, Delegado Regional do IPJ Braga

A não perder, às 3as feiras, das 19h15 às 20h




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17 de novembro de 2010

A Pousada da Juventude e o Quartel da GNR

retirado do "Diário do Minho" de 12/11/2010


retirado do "Diário do Minho" de 14/11/2010

No âmbito da preparação da cidade de Braga para acolher a Capital Europeia da Juventude (CEJ), em 2012, começam a surgir, agora, algumas notícias interessantes e que merecem a nossa reflexão.
Em primeiro lugar, merece a nossa felicitação uma aposta tão séria e tão carregada de valor como a criação de duas infra-estruturas exclusivamente dedicadas à Juventude.

Falamos, pois, da nova Pousada da Juventude e da Casa do Conselho Municipal da Juventude. Se a primeira estrutura é, indubitavelmente, necessária para Braga e para os jovens que cá acorrem, a segundo é o culminar de um sonho que poderá transformar o panorama da juventude bracarense, na sua forma de encontrar arte, cultura e abrir-se ao modelo do associativismo e voluntariado.

Duas estruturas, duas valências, um objectivo...proporcionar mais acção e oferta à juventude.
Ainda assim, queremos partilhar com os nossos leitores algumas considerações sobre estas notícias.

1 - A localização da Nova Pousada da Juventude fica distante do Centro Histórico da Cidade de Braga;
Não se compreende porque se privilegia o Convento de S. Francisco, em Real, em deterimento de outros edíficos do nosso casco histórico. A localização da pousada em Real não é central e cria uma série de dificuldades de mobilidade.

Geralmente, quem procura alojamento nas Pousadas de Juventude não dispõe de meio de transporte próprio, e todos sabemos como a rede de transportes urbanos é insuficiente em Braga, ou, pelo menos, inadaptada à realidade jovem. Imaginemos um evento nocturno que atraia jovens ao centro da cidade e que acabe à meia noite (um espectáculo de teatro, música, dança ou uma exposição). A essa hora os jovens já terão dificuldade em regressar à Pousada da Juventude pois não terão transportes (e não estamos a pensar só em 2012, onde, certamente, serão criadas carreiras especiais).

  • Se a Pousada ficasse localizada no centro de Braga, como nós defendemos (seja na Casa das Convertidas ou no antigo Quartel da GNR), todos os jovens ficariam perto dos centros de conhecimento: Universidade do Minho, Universidade Católica, Instituto Ibérico de Nanotecnologias, onde facilmente se poderão deslocar a pé.
  • Os jovens ficariam perto das estruturas de transporte e mobilidade - Central de Camionagem, Estação de Caminhos de Ferro, várias praças de Taxi; etc;
  • Situar-se-iam na zona cultural do Theatro Circo, a Escola de Música do Carandá, o Parque de Exposições de Braga,do Auditório Vita e da Gulbenkian, do Estaleiro Cultural da Velha-a-Branca, etc;
  • A pousada estaria no centro dos Parque Verdes - entre o Parque Norte (Dume), o Parque Sul (S.João da Ponte/Picoto), o Parque Nascente nas Sete Fontes e o Parque Oeste perto da zona de Maximinos.
  • Uma pousada no centro também ficaria localizada entre zonas de desporto, desde o estádio Axa e o Primeiro de Maio, os Campos da Rodovia e o Parque Radical;
  • Situar-se-ia, também, no centro do património cultural de Braga, onde os jovens poderiam facilmente visitar, a pé, a Sé Catedral e as Igrejas de Braga, os Museus (D.Diogo de Sousa, Biscainhos, Nogueira da Silva, Pio XII) estruturas arqueológicas como as Termas Romanas, a Domus da Escola Velha da Sé e as Carvalheiras, etc.
  • Os jovens que estivessem na Pousada da Juventude estariam perto do Posto de Turismo de Braga onde poderiam recolher informações várias;
  • Uma pousada da Juventude no centro de Braga proporcionaria, ainda, a vantagem de possibilitar a mobilidade jovem entre espaços de diversão nocturna como o Sardinha biba, o Insólito, o Sabão Rosa, o Populum, etc;
  • E, sobretudo, uma pousada da juventude no centro da cidade de Braga proporcionaria o contacto dos jovens com as pessoas, daria mais vida ao centro histórico que está cada vez mais deserto, e permitiria uma melhor e maior acepção cultural da nossa história. Mais ritmo, mais movimentação, mais gente.

2 - A decisão de situar a nova Pousada de Juventude de Braga não deveria ser tomada somente entre a CMB e a MoviJovem. Deveriam ser chamadas à participação as associações e entidades que habitualmente trabalhem com jovens, pois estas detêm informações e trabalhos que possam ajudar a formular esta decisão;

3 - Desviar a pousada da Juventude do centro de Braga só retirará gente do casco central urbano, sobretudo numa zona já por si populacionalmente deprimida e que ficará ainda mais, logo que o Hospital de Braga se mudar para Sete as Fontes.

4 - As pousadas de Juventude não têm que ser necessariamente estruturas de luxo, uma vez que os jovens muitas vezes requerem conforto a preços baixos, não querendo/tendo vontade de pagar preços altos;

5 - O antigo Quartel da GNR é um edifício de características singulares no centro da cidade de Braga que é demasiado grande para albergar unicamente a casa do Conselho Municipal da Juventude. Aliás, este Conselho não tem reunido com a frequência devida e, se funcionasse correctamente, deveria, ainda, ser chamado à decisão e modelo de funcionamento, tendo em conta a finalidade a que se destina a estrutura;

6 - O antigo edifício da GNR poderia albergar, num modelo misto, quer a casa do Conselho Municipal da Juventude, quer a Pousada da Juventude de Braga, porque tem espaço para tal;

7 - Além do mais, sabendo que as apostas na Juventude e na Cultura ficam sempre para último no Plano de Actividades do executivo da CMB, o edifício a reformular terá de ser auto-sustentável, logo, mais um motivo para ter mais valências que gerem receita, do que somente uma Casa Municipal da Juventude.

8 - A atenção prestada às associações de Braga tem sido diminuta, pelo que para se fazer a Casa do CMJ é preciso unificar o movimento associativo, que neste momento não trabalha em sinergia, mas antes "cada um a remar no seu próprio barco"; Por isso, pensar fazer a Casa do CMJ implica, antes de mais, ouvir as associações, conhecer o seu trabalho e saber as suas necessidades!

A JovemCoop mantém a sua ideia de que não será benéfico retirar a Pousada da Juventude do centro da cidade de Braga. Se não é possível aproveitar a Casa das Convertidas, como haviamos defendido numa primeira instância, para "converter" o edifício na tão desejada Pousada, achamos, então, que se deve pensar e ponderar a utilização do antigo Quartel da GNR, e instalar lá a Pousada da Juventude que trará á nossa cidade muitos mais benefícios!

E claro, a nossa recomendação é que não se pense na Pousada da Juventude e na Casa do CMJ só para o ano 2012, porque o desafio é manter estas estruturas em funcionamento depois da Capital Europeia da Juventude terminar. Torna-se fulcral que a CMB pense a cidade, o restauro urbano integrado e a sustentabilidade dos seus projectos, para que tenham dignidade e façam de Braga uma cidade maior e melhor, com mais qualidade de vida!

15 de novembro de 2010

Porque eram só promessas...

retirado do "Diário do Minho" de 15/11/2010

"De promessas está o inferno cheio", diz o ditado, e das eleitorais, já não há paciência nem credibilidade para elas, poderíamos nós acrescentar!

Infelizmente, aconteceu o previsivel, ainda que não o fosse desejado. A Câmara Municipal de Braga deixou cair o projecto de criação do Parque Arqueológico de Braga, pelo menos no modelo assente na escavação e recuperação do Teatro Romano e na Conservação e Valorização da Casa das Carvalheiras.
No que concerne à estratégia de valorização de Braga como cidade romana, está tudo dito...promessas realizadas em época eleitoral e desistência ao abrigo da crise internacional.

É facto que com a crise que Portugal atravessa, Braga também será afectada...contudo, é questionável porque razão os projectos arqueológicos são os primeiros a "cair"?!

Na verdade, parece-nos falta de visão que não se procurem rubricas do QREN e/ou mecenas culturais que ajudem a proteger e a recuperar aqueles espaços para a cidade de Braga. Perdemos pontos de atracção patrimonial, logo perdemos locais de atracção turística...logo, perdemos investimento e cultura de uma só vez.

Além do mais, da forma como este projecto é abandonado, dá a sensação de que nunca foi realmente equacionado, porque uma postura séria faria com que, pelo menos, a CMB reunisse com a Universidade do Minho, a Unidade de Arqueologia da U.M., com o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, todos eles partes activas do Projecto de Salvamento de Bracara Augusta, e com a Direcção Regional de Cultura Norte e avaliassem formas de, paulatinamente, concretizar esta intenção.
Mas não há essa vontade, e a arqueologia e o património continuam a ser uma área de saber que parecem não entrar nas políticas da nossa cidade. E o Projecto de Salvamento de Bracara Augusta é algo que parece não ter expressão, nem capacidade de afirmação na cidade, existindo só nos artigos à disposição da comunidade científica!

Apostar no Património Cultural é apostar na ÁreaTurística, é incrementar o sector hoteleiro, dos transportes, da restauração, etc. E, acima de tudo, é valorizar e dignificar a história da cidade de Braga.
Mas já que se avançará com as requalificações de várias artérias da cidade de Braga, convém lembrar que também essas intervenções devem ser pautadas por acompanhamentos arqueológicos, logo, pelo menos aí, pode ser que se recupere parte do nosso património escondido.
Mas para isso...tem de haver seriedade e não começar as obras sem as respectivas autorizações e devidos acompanhamentos!

Para memória futura...depoimentos que nos fazem pensar!




Entrevista publicada no "Correio do Minho" de 13/11/2010

Recomendamos a leitura desta entrevista, concedida ao Jornal Correio do Minho e Rádio Antena Minho, pois, seguramente, permite que os leitores reflictam nas políticas culturais de Braga, como é gasto o nosso dinheiro e como é visto o duelo "Guimarães - CEC2012" e "Braga - CEJ2012".

Deixamos à consideração dos leitores a entrevista e disponibilizamos a Caixa de Comentários para nos fazerem chegar as vossas opiniões!

É assim que se tratam os agentes culturais em Braga

retirado do "Correio do Minho" de 15/11/2010

O Grupo Folclórico Dr. Gonçalo Sampaio está a braços com uma grande polémica. Esta nobre instituição da cidade, que nacional e internacionalmente carrega e dá a conhecer o nome de Braga está em riscos de perder as suas instalações.

Sendo certo que as instalações pertencem à INATEL, também é certo que esta fundação é uma instituição cultural que sempre privilegiou o enraizamento e a dinamização deste grupo. Hoje, no Correio do Minho, fica-se a saber que este protocolo de ajuda foi instituído na década de 40 do século passado e que cimentou o Grupo Dr. Gonçalo Sampaio como um dos mais importantes e dinâmicos grupos de cultura popular da região do Minho.

Porque, infelizmente, há muitos 8maus) exemplos como este, e porque sabemos que os agentes culturais são, frequentemente, mal tratados, expressamos aqui a nossa solidariedade com este grupo de Braga e desejamos que encontrem a solução para este problema rapidamente (e de forma positiva, claro)!

Uma boa notícia para quem vai a Roma!

retirado do "Diário do Minho" de 12/11/2010
clique na imagem para ampliar

Um excelente exemplo de conservação e restauro, que se traduz numa mais valia turística para a lendária cidade de Roma!

 Mais um ponto de atracção para quem visita Roma, mais um sítio arqueológico devidamente valorizado e fruível!

10 de novembro de 2010

Entre Aspas - Proteger as Sete Fontes

retirado do "Diário do Minho" de 08/11/2010





Salvar as Sete Fontes



Preservar a água e a
biodiversidade; conservar
o património; atenuar
e prevenir inundações;
melhorar a qualidade
de vida dos bracarenses;
promover a cidade.


O Minho é uma das zonas mais pluviosas da Península Ibérica, a par da Galiza, das Astúrias e da Cantábria. As massas de ar oceânico, carregadas de humidade, embatem nas serras que as delimitam e a chuva precipita-se com um grau de intensidade variável, por vezes contínua, outras vezes sob a forma de aguaceiros mais ou menos fortes. Por esse motivo no Minho não se verificam problemas de seca grave, ao contrário do Centro e Sul de Portugal. A chuva em Braga não é um acontecimento desejado com ansiedade, como por exemplo no Alentejo. Precipitações elevadas são normais.

Recentemente registaram-se inundações em Braga (amplamente noticiadas na TV e na Imprensa) e que se reflectiram, entre outros locais, no eixo viário que assenta sobre o antigo ribeiro que drenava as águas da bacia de recepção onde se conservam as Sete Fontes. Logo na primeira chuvada mais forte, depois de um Verão muito seco, a água tomou conta das ruas e dos passeios, entrou por lojas adentro e bloqueou túneis. Não foi um fenómeno meteorológico extremo, como o que sucedeu na Madeira. Uma quantidade de precipitação semelhante pode ocorrer a qualquer momento e há de repetir-se este Inverno e nos anos seguintes, com ou sem alterações climáticas.

Nas duas cartas militares da série antiga (elaboradas na década de 40 do século XX) e que abrangem Braga, pode observar-se uma pequena cidade que mais tarde irá crescer, exponencialmente, a partir da década de 60. Os arredores formavam então uma intricada malha de quintas, hortas e terrenos de cultivo que abasteciam a cidade. Nos terrenos dessas quintas instalaram-se, posteriormente, extensas urbanizações(em vez de ocuparem o alto das colinas e a parte superior das encostas como seria lógico).

Através da análise comparada entre as cartas de meados do século XX e fotogramas da mesma época com a fotografia de satélite ressaltam os erros cometidos no uso dos solos. Por outro lado é possível reflectir acerca do modo de minimizar os problemas resultantes do mau planeamento das últimas décadas. Assim, como mais vale prevenir do que remediar, nas zonas ainda livres não se deveriam autorizar mais construções, pelo menos nas bacias hidrográficas de recepção. De outro modo os solos ficam totalmente impermeabilizados e a quantidade de água que converge para os leitos naturais de escoamento (os chamados leitos de cheia) é tremenda, deslocando-se com violência.

Conhecem-se as consequências ambientais e para o Património Histórico de uma eventual urbanização da zona das Sete Fontes. Têm sido discutidas publicamente. Porém talvez não tenha sido destacado este aspecto: manter tal como está o Vale das Sete Fontes é crucial para evitar que novas chuvas fortes possam causar vultuosos danos a jusante.

Prejuízos materiais e interrupções no trânsito automóvel da cidade, como se pode observar em fotografias publicadas na Imprensa e mesmo em vários vídeos difundidos através do Youtube.

Os bracarenses que utilizamos seus automóveis ou os transportes públicos para se deslocarem para o trabalho ou regressarem a casa, ou ainda para irem buscar às escolas os seus filhos ficaram bloqueados em intermináveis filas. Pregam contra S. Pedro e contra o mau tempo, mas na verdade o responsável pelo mal causado está cá na terra, num gabinete da Praça do Município, embora por poucos anos mais. Pela sua capacidade de retenção de água, o futuro Parque das Sete Fontes, livre de construções, é uma mais-valia preciosa para a qualidade devida dos bracarenses. Se somarmos a todos os danos materiais das inundações, o tempo perdido na trânsito desordenado, acidentes, o Parque constitui um valor acrescentado de grande benefício económico para Braga só neste aspecto particular, sem referir outros como a água pura, o lazer, o turismo, a biodiversidade.

Aliás as forças políticas representadas na Assembleia da República, desde o CDS--PP ao Bloco de Esquerda, passando pelo PSD, o PS, os Verdes e o PCP, foram unânimes, em aprovar as recomendações elaboradas por dois desses partidos (o CDS e o BE) no sentido de preservar o Monumento e o Vale das Sete Fontes. Estivesse no cargo de Presidente da Câmara de Braga um homem de visão e toda a zona das Sete Fontes seria hoje uma vasta zona verde integrada na nova cidade. Bastava-lhe ter seguido o exemplo de Duarte Pacheco em Lisboa que conservou a Mata de Monsanto. Infelizmente o Engenheiro Mesquita Machado não soube ou não quis planear o futuro e os bracarenses de há muito vêm pagando essa pesada factura. De qualquer modo seguindo a recomendação da Assembleia da República ainda se vai a tempo, mesmo que parte do Vale dos Sete Fontes já esteja mutilado.

Convém, por outro lado que a Sra. ministra da Cultura se apresse na publicação do diploma, incluindo a Zona Especial de Protecção. De facto não podem os interesses de alguns lesar uma cidade, a ilustre capital do Minho e uma das urbes mais dinâmicas do Noroeste de Portugal. O movimento que se constituiu para salvar as Sete Fontes, através de uma petição, apreciada em Plenário da AR e com subsequentes recomendações aprovadas por unanimidade dos partidos constitui um exemplo de cidadania. Em décadas anteriores foi possível graças aos cidadãos, sob o impulso da ASPA, salvar de ruína certa e aniquilamento definitivo Bracara Augusta e o Mosteiro de Tibães. Braga provou, talvez mais que outras cidades de Portugal, que é capaz de fazer ouvir a sua voz e fazer valer os seus direitos comuns contra interesses particulares. O Parque das Sete Fontes será mais uma vitória.

Francisco Sande Lemos
Arqueólogo

O PDM, o Parque Verde e o Centro Histórico


retirado do "Correio do Minho" de 31/10/2010

Já tivemos oportunidade de referenciar, em postagens anteriores, a necessidade de ter um bom Plano Director Municipal ao serviço da cidade de Braga. Aliás, esta notícia poderia entroncar em quase todas as postagens que temos escrito sobre construção, planeamento, serviços, acessos, em suma...sobre o que caracteriza a cidade de Braga.

Mas porque é algo que não deve ser esquecido e proque é algo que pode melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos, reiteramos a necessidade de "pressionar positivamente" o executivo camarário a idealizar e a concretizar um PDM atento e adaptado às necessidades da nossa cidade.

Além da excelente notícia de que o PDM poderá estar finalizado no próximo ano, provavelmente terminando ou condicionando este tempo/espaço em que cada um vai fazendo o que quer/pode ser sofrer consequências, o vereador que tutela o planeamento e urbanismo defendeu, ainda, uma intervenção pondera e prioritária para o Centro Histórico de Braga. Sendo verdade que o Centro de Braga perdeu habitantes fruto de uma politica expansionista do anterior PDM, será correcto que agora se inverta esta tendência, devolvendo a cidade (o seu centro) aos cidadãos.

É digno de registo a "pressão zero" das investidas imobiliárias sobre a zona das Sete Fontes, constituindo, assim, o parque Nascente da cidade. É sabido, e amplamento defendido por nós, que aquele espaço tem qualidade para albergar um Parque Verde, que servirá de tampão quer ao Hospital quer aos cidadãos que livremente ali poderão disfrutar de uma zona tranquila e cheia de história.


Quando as Instituições querem...


retirado do "Diário do Minho" de 09/11/2010

O Património Cultural (independentemente da sua natureza) é um alvo fácil da voracidade que o desconhecido ou a neglicência provocam.
Muito do nosso património cultural tem sido saqueado ou adulterado por falta da fiscalização e de recursos humanos que os institutos da tutela detêm.
Por isso, muitas vezes sem consulta prévia aos órgãos da tutela, os municípios concedem licenças de construção ou de obras em zonas classificadas ou em zonas protegidas, desvirtuando os espaços que deveriam estar resguardados.

As intervenções e o processo da Ponte do Prado é um claro exemplo de que quando as instituições da tutela (extensões territoriais do IGESPAR e DRCN) querem, podem fazer a diferença e fazer cumprir a lei.
Contudo, ao ler o artigo do Diário do Minho, ficamos com a sensação de que, apesar das instituições funcionarem e chamar a si a responsabilidade da planeamento dos projectos, só actuam aquando de denúncias e chamadas de atenção. Uma vez mais reiteramos a necessidade de reforçar os meios de fiscalização, sobretudo os meios humanos para podererm acompanhar correctamente os projectos de uma vasta área que têm de cobrir.

Pelo bem e requalificação da Ponte de Prado, ficamos agradados por saber que os porjectos nas áreas envolventes são agora da responsabilidade da tutela, dando menos margem para que se cometam erros grosseiros que desqualifiquem e retirem imponência aos nossos monumentos.

E porque se relaciona com a falta de planeamento...

...aqui fica um relato (irónico?) da nossa cidade de Braga.

retirado do "Diário do Minho" de 08/11/2010

A falta de planeamento dá nisto...

retirado do "Diário do Minho" de 06/11/2010

Diz o ditado que "não se começam obras pelo telhado da casa". Parece apropriado relembrar esta velha sabedoria no caso da variante que ligará ao Novo Hospital de Braga.

Após terem embutido o Hospital Escala Braga num sítio de dificil acesso e cuja localização poderá ser questionável, certo é que, após a estrutura estar feita, torna-se agora necessário encontrar um caminho que ligue a cidade à unidade de saúde.

Como Braga teve um mau PDM  que não contemplou com seriedade esta nova estrutura hospitalar, agora resta construir a estrada por uma "nesga" que sobre entre as habitações da zona do antigo Feira Nova, o Retail Park, as Sete Fontes, a Cooperativa Lar Jovem e o Novo Hospital.

Posto isto, é sem surpresas que os jornais noticiam as queixas e amarguras dos moradores que, desesperados, confessam não saber o que fazer com a sua vida, isto é, perderão a sua qualidade de vida.

É de lamentar que estes erros causem tanto transtorno, sobretudo quando se fala de uma via que poderá salvar imensas vidas. Se fosse bem pensada e construída, os moradores daquela zona e os futuros utentes do Hospital de Braga só poderiam ficar gratos.



CEC como polo dinamizador da CEJ?

retirado do "Correio do Minho" de 31/10/2010

Fazendo fé no que vem veiculado nos jornais, a Capital Europeia da Cultura tem já (pelo menos, grande parte) o seu programa definido.
O facto de terminar a celebração com um grupo de créditos firmados e que arrasta multidões, como os Coldplay, faz já antever uma corrida a bilhetes e uma enchente na cidade de Guimarães.
Apostar numa banda com tal renome incentivará as pessoas a querer conhecer o restante programa de actividades, a participar nele e a descobrir a cidade de Guimarães.

Visto que Braga será Capital Europeia da Juventude, também no ano de 2012, parece estranho como ainda não há um programa totalmente definido, havendo apenas umas linhas mestras que pautarão as actividades.
Ainda assim, trazer os Coldplay ao Minho parece mais uma iniciativa de um programa da CEJ do que da CEC propriamente dita. Feito um balanço prioristico, é óbvio que quem fica a ganhar é a cidade de Guimarães.

Contudo, por via indirecta, também Braga poderá ususfruir desta iniciativa da cidade vizinha, porque facilmente se deslocará a juventude bracarense e os participantes na CEJ até Guimarães.
Mas não seria fantástico ter um grupo como os Coldplay em Braga e relançar o nome da nossa cidade no espaço europeu sem ser a reboque do S.C. Braga (que é quem mais tem contribuido para este fenómeno)?

É urgente reequacionar a CEJ e concretizar um programa que projecte Braga, enquanto cidade histórica mas com forte componente jovem. Guimarães já deu o mote...será que conseguiremos acompanhar?

Ideias com Jota 09/11/2010


Tema Abordado:

  • A Juventude e a sua reacção perante os cenários de crise;

A não perder, às 3as feiras, das 19h15 às 20h




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5 de novembro de 2010

Acompanhamento arqueológico: RECOMENDA-SE!



retirado do "Diário do Minho" de 05/11/2010


fotografia da autoria de Paulo Silva, retirada daqui

O ritmo e o pulsar da cidade obrigam, de tempos a tempos, a substituir as infra-estruturas pelo que, a substituição do colector de águas na Rua de S. Vicente nada tem de mal. Antes pelo contrário, é uma necessidade que melhorará as condições de vida dos habitantes e comerciantes desta da rua.

A nossa chamada de atenção vai para a necessidade de haver acompanhamentos arqueológicos durante esta obra, uma vez que aquela rua foi, durante muito tempo uma VIA ROMANA (Geira ou Via XVIII) e no subsolo poderão existir, ainda, vestígios desses tempos.

Lembramos que quando se renovou o colector de águas na Av.da Liberdade, encontrou-se uma estrutura romana, que ficou apelidade de "TEMPLO", ou seja, as obras de substituição do colector pode atingir uma grande profundidade, capaz de alcançar níveis romanos e de encontrar vestígios físicos desse tempo.

Será que vai haver acompanhamento arqueológico, ou será que por ser uma rua estreita, que ficará com o trânsito condicionado, as entidades acham que a probabilidade de encontrar algo é reduzida? Dizem as escavações de Braga que quando menos se espera, lá surge um vestígio da nossa ancestral história.

A ter em conta...

O início das obras...Sete Fontes Salvaguardadas?

retirado do "Diário do Minho" de 03/11/2010

retirado do "Diário do Minho" de 04/11/2010

Começaram, esta semana, as obras da construção da estrada de acesso ao Novo Hospital de Braga.
O traçado foi melhorado e será menos lesivo para o Complexo das Sete Fontes. Ainda assim, sabemos que 2 minas, na zona das Verdosas, Bairro da Alegria, serão afectadas directamente, desconhecendo, ainda, a forma indirecta como será afectado o conjunto monumental no solo e no subsolo.

Será de ter em conta uma monitorização do caudal das águas e da sua qualidade, bem como da preservação das estruturas existências. Não será recomendável colocar de lado a hipótese de surgirem novas canalizações ou elementos arqueológicos, visto que a encosta por onde se desenvolverá a variante está repleta de evidências arqueológicas, nomeadamente de material de construção romano.

Diz-se, inclusivé, que na zona da Cooperativa Lar Jovem havia uma villa romana, o que acrescentará motivo de precaução ao desenvolvimento dos trabalhos arqueológicos afectos à construção da via.


A JovemCoop coloca-se à disposição dos arqueólogos de campo e das Estradas de Portugal para partilhar informação relativa a zonas com maior indice de evidências arqueológicas. Ajudaremos no que for possivel para que a obra seja bem realizada e salvaguarde o Complexo do Monumento Nacional das Sete Fontes de Braga.