16 de janeiro de 2012

BragaCEJ2012 - as expetativas no programa

"Diário do Minho" 14/01/2012

2012 será um ano marcante para Braga, tendo em conta que a realização da Capital Europeia da Juventude poderá ser um ano jovem, de grande formação, aprendizagem, mas também de diversão e socialização.

O programa, já apresentado, reflete ações para vários gostos e sensibilidades, apoiando-se na iniciativa de associações e escolas.

Vamos acompanhar de perto as ações a realizar e incentivar à participação dos nossos jovens nas várias atividades.

"Diário do Minho" 14/01/2012

Relativamente ao Programa Bracara From Augustus, a JovemCoop sente-se honrada por ter um papel preponderante nas ações a realizar, mas, de fato, parece incompreensível que numa cidade com tanto historial e tantos monumentos não haja mais associações e/ou movimentos a trabalhar esta temática.

Não sabemos se outras associações ou entidades foram contatadas para ter participação na CEJ, mas, assumindo que a JovemCoop será a única a ter uma participação mais direta com a divulgação do nosso património (desde os trilhos interpretativos às intervenções arqueológicas, então, esta assunção faz-nos aumentar a responsabilidade de fazer um melhor trabalho!

Tentaremos ser dignos de cumprir as tarefas que nos propusemos alcançar e ter sempre presente o objetivo de exponenciar a sensibilidade dos nossos jovens para com a nossa História e fazê-los gostar as nossas heranças culturais!

Este é, de fato, o nosso compromisso...trabalhar ainda mais para os jovens, sobretudo sendo dos poucos a abordar a área da História!

Contamos com a tua participação!!!


10 comentários:

Miguel Marques disse...

Parabens à Jovemcoop por este papel que vai ter em 2012. Acho q é um justo premio pelo que tem desenvolvido na cidade de Braga pela salvaguarda do Patrimonio.

Alias sendo Braga uma CE da Juventude niguem melhor que uma jovem associação feita por jovens e com obra feita para auxiliar a Braga 2012.

Achei interesante a estocada do Diario do Minho. Jornal prodigo alias na defesa da UAUM. Considera ainda que a UAUM é uma das maiores autoridades nacionais ou eurpeias, bem mal era se a unica insttuição que estuda Bracara Augusta (sim porque este estudo é vedado a outras instituição por um sistema de medo criado pela propria) não fosse a maior autoridade sobre o objecto do seu proprio estudo que alias é a unica que o esta a fazer. Ou seja, claro que é a maior autoridade munidial sobre Bracra Augusta. Eu também se mais ninguem jogasse futebol era o maior jogador do mundo.

Ricardo JovemCoop disse...

Caro Miguel,

obrigado pelo teu apoio e pela tua participação.

A JovemCoop propõe-se cumprir um Plano de Actividades algo ambicioso, pois sendo nós voluntários, obriga-nos a gerir calendários e disponibilidades para dar o nosso melhor. A "obra" vamos tentar construí-la aos poucos, para que mais jovens tenham conhecimento, orgulho e sensibilidade para defender o que deve ser de acesso a todos!

Quanto à UAUM, desconheço se foram chamados à participação, certo é que todos os contributos seriam necessários para divulgar e proteger o nosso património. Mas vamos trabalhar com a nossa forma apaixonada que nso é característica e ver se conseguimos alcançar os nossos propósitos. Contamos contigo!

Um abraço

Anónimo disse...

Gostava de ver comprovado por alguma entidade realmente credível, que a UAUM possui os atributos e competências de que tanto se fala e elogia.Só conheço o trabalho que deixaram para trás, e esse está longe de ser algo dignificante de uma instituição ligada a uma Universidade.Não me recordo, nos tempos recentes, de ver a UAUM a desenvolver actividades para jovens que não os alunos de arqueologia, por isso não faz sentido a sua participação na CEJ.

Miguel Marques disse...

Além do que acima disse.. concordo, obviamente com o anonimo. Afinal não estou só nem sou o unico que penso assim. Entendo que o anonimo queira premanecer anonimo, afinal a UAUM ja destruiu infelizmente a carreira profissional de muitos arqueologos, uns por eles formados outros formados por outras faculdades. Eu infelizmente fui vitima de tentativa de destruição por parte desses senhores e em parte ate conseguiram visto que nunca consegui trabalhar na minha cidade. Digo minha por aqui nasci e queria aqui trabalhar. Não nasci em Silves ou em S. Paulo... mas isso sao outras historias.

Num plano apenas de analise desta situação é claro que vemos que a UAUM nunca desenvolveu nada no plano da juventude em Braga, é ums instituição (ou "empresa"?) de arqueologia que se limita a fazer trabalhos de arqueologia em Braga preferencialmente embora tambem noutros locais. Não faz obviamente sentido a sua participação no CEJ.

Anónimo disse...

Caro Miguel Marques,

Uma instituição será seguramente, uma empresa não me parece já que não apresenta lucro aspecto essencial de uma unidade desse tipo.Uma unidade de investigação, divulgação e protecção do património também não me parece, até porque Bracara Augusta mais parece tratar-se de um boato, dado que já pouco se vislumbra do que terá sido essa cidade.

A sua existência já deixou há algum tempo de fazer sentido!Sei, de fontes seguras, que a um nível hierárquico bastante elevado, se fala de extinguir este covil.

Miguel Marques disse...

Caro Anonimo,

Obviamente que a UAUM não é uma empresa. Quis apenas lançar a "acha" para que se pudesse entender que o seu comportamento é totalmente empresarial uma vez que possui uma tendencia monopolista para a realização de trabalhos em Braga trabalhos esses bem pagos. Senão vejamos. O director da Rejojo (o do Liberdade Street fashion - Antigos CTT) afirmou numa recente entrevista que já gastou perto de 1 milhao de euros em arqueologia. Recentemente a Camara Municipal de Braga adjudicou um trabalho por Ajuste Durecto à UAUM (ajuste directo de 24 800,00 para trabalhos arqueologicos na nova pousada da juventude). Curioso este numero de 24 800,00 sabe porque? Porque 24 999,00 é o limite máximo para ajustes directos sem se convidar outras entidades a orçamentar o trabalho. Não tem porventura a Camara de Braga o interessa em que o trabalho alem de bem feito seja feito ao melhor preço de mercado? Mas o que é isto a CMB faz ajustes directos sem consultar outras entidades, isso para mim é falta de transparencia... espero é que um dia isto seja investigado pelos jornais. Tenho é pena que eles estejam é tao manipulados.Estes sao os valores que se sabem... os outros podemos so imaginar porque como foram adjudicados à UAUMJ por privados não se sabe à partida qual o valor das adjudicações. Posso é adiantar o seguinte: alguns empreiteiros que conheço disseram me na cara que não me davam o trabalho em Braga porque sofreram pressoes para entregar o trabalho à UAUM. Senao o entregassem a obra nao avançaria. É claro que nunca vou conseguir provar isto, mas é a verdade.

Caro Anonimo espero que o que diz relativamente à UAUM e a sua extinção seja mesmo verdade. Espero que a Universidade do Minho a extinga e para sempre.

Anónimo disse...

Caro Miguel Marques,


Um milhão de euros é dinheiro suficiente para que esse projecto tivesse tido outra projecção do património identificado. Parece-me que essa intervenção que se deveria ter baseado em escavação passou para um "aterro" do que lá surgiu. Em vez de se trazer luz apenas ficou uma escuridão sobre o que de facto foi encontrado!
O apontamento sobre a nova pousada é muito interessante, seria importante saber de forma discriminada e minuciosa em que se baseou esse valor que curiosamente está abaixo do legalmente exigido por lei para abertura de concurso.

Mas poderemos combater este monopólio?Como poderemos fazer cumprir a lei do património e as leis da concorrência?

Não me horroriza nada que esta instituição continue a existir, desde que cumpra os objectivos para a qual foi criada e que o património nesta região seja salvo, protegido, divulgado e perpetuado.

Miguel Marques disse...

Caro Anonimo,

O monopolio é bastante simples de deixar cair, basta o Gabinete de Arqueologia da Camara Municipal de Braga fazer como faz o gabinete de arqueologia da CM do porto ou de Lisboa. Nestas cidades, como em muitas outras, os gabientes estao em estreita ligação com os departamentos de obras publicas e privadas e, sempre que existe um licenciamento de obras eles condicionam (caso a obra se localize num local sensivel arqueologicamente) a trabalhos arqueologicos previos ou de acompanhamento. O que se passa nest momento, pelo que sei, é que a CM Braga não condiciona nehuns trabalhos, os unicos trabalhos condicionados sao aqueles que entroncam com sitios classificados e respectivas áreas de protecçao. Isto porque no caso dos sitios classificados é necessario um parecer da DRCN. Porem existem sitios bastante sensiveis em Braga que nao estam minimiamente protegidos porque nao estao sob nenhuma área de protecção.

Ou seja, e isto como aparte, o projecto de salvamento de Bracara Augusta não funciona porque só salva e o que esta classificado. O que nao esta classificado nao salva e existem áreas de Bracara Augusta que nao estao sob nenhuma área de protecçao (podem consultar o site do igespar e veram como isto é verdade). Ou seja que raio de projecto de salvamento temos que só salva aquilo que ja esta classificado. Em trinta e tal anos de projecto nem conseguiram sequer estendar a area de protecçao a toda a cidade de Braga. Ora isto é ridiculo. Este projecto de salvamente é um projecto falhado que urge remodelar e urge remodelar exactamente quem dele faz parte (ie, UAUM). Precisamos de gente nova que seja mais dinamica mais activa e que verdadeiramente perceba, planeie e saiba gerir um projecto de salvamento.

Mas agora divaguei um pouco o que eu queria dizer é que o monopolio so cai quando em Braga se entender de uma vez por todas que existem muitos arqueologos, que existem muitas outras opçoes, que existem pessoas interessadas em efectivamente trabalhar em Braga e que pretendem melhorar Braga e torna la uma cidade verdadeiramente exemplo de gestao do patrimonio. Voces sabem quantos pedidos de trabalhos arqueologicos existem no porto por ano? Uma media de 250 pedidos de autorizaçao. Porque? Porque ate um simples ramal de ligaçao as aguas se for numa zona sensivel precisa de acompanhamento arqueologico. Em Braga pelo que vejo existem cerca de 20 pedidos por ano e a maior parte deles fora do centro da cidade.

É ridiculo....

Anónimo disse...

Caro Miguel Marques,


Obrigado pela resposta às minhas questões. Esta discussão tornou-se bastante esclarecedora, inteligente e construtiva.Permita-me tecer alguns comentários às suas sugestões. Parece-me que o Gabinete de Arqueologia de Braga é conivente com todas as situações que lesam o património em Braga.Penso que nesta questão deveria chamar-se à atenção o IGESPAR e a DRCN para fiscalizarem o próprio trabalho do gabinete de arqueologia da Câmara e da UAUM. Esta fiscalização permitiria rapidamente perceber o círculo fechado e pernicioso que existe em Braga e que condena o património à destruição e que elimina a iniciativa privada.

Os pedidos de autorização são de facto uma questão grave, esses valors que indicou são bem esclarecedores à inércia que vivemos nesta cidade a nível de defesa do património.

Permita-me mais uma questão, estaria a favor de um caderno de encargos uniforme para todas os trabalhos arqueológicos?Como é óbvio as cláusulas seriam activadas conforme a natureza do trabalho, mas seria uma forma de obrigar desde logo as entidades a assumirem compromissos.

Mais uma vez agradeço-lhe as respostas às minhas questões.

Ricardo JovemCoop disse...

Torna-se necessário, de uma vez por todas, perceber que a DRCN e o IGESPAR não têm capacidade técnica e humana para fiscalizar as intervenções.
Vão sendo bombeiros de serviço que acorrem aos locais após denúncia, mas têm sempre medo de aplicar autos de embargos ou coimas processuais!É só ver as últimas actuações da DRCN dentro das Sete Fontes...vergonhosas!