15 de dezembro de 2021

Percurso "Relembrando André Soares"

 


As associações Braga + e JovemCoop organizam, no próximo sábado, dia 18 de Dezembro, mais um percurso pelo património bracarense, desta feita para assinalar os 301 anos do nascimento do arquiteto André Soares, que se cumpriram no passado dia 30 de novembro. 


A iniciativa tem início marcado para as 10h00, na Praça Municipal, onde será possível vislumbrar as mais importantes obras desenhadas por aquele artista bracarense.

O objetivo desta visita guiada é dar a conhecer algumas das obras concebidas por André Soares na cidade de Braga. 

Nesse sentido, esta visita guiada integra um percurso por algumas das suas obras no centro histórico bracarense. nomeadamente a Basílica dos Congregados, a Casa Rolão, Palácio do Raio, Capela de São Bentinho e Oratório da Senhora da Torre. A visita culminará na Capela de Guadalupe, onde poder-se-á contemplar a última obra conhecida de André Soares.

Esta iniciativa tem um teor solidário, já que os participantes são convidados a trazer garrafas de azeite, que serão posteriormente doadas à Comissão Social de S. Victor com o escopo de compor os cabazes de Natal que são entregues às famílias mais carenciadas. Trata-se de uma forma das associações se agregarem à Missão Põe Azeite 2021 que tem sido levada a cabo pelo Grupo Coral de Guadalupe.

A utilização de máscara é obrigatória e os participantes devem trazer consigo o respetivo certificado de vacinação.

Quem não puder participar, poderá também contribuir com uma garrafa de azeite, entregando na Junta de Freguesia de São Victor ou entrando em contacto com a JovemCoop, que se disponibiliza para fazer a recolha. Também poderá contribuir através de MBWay (919347967), considerando o valor de 1 garrafa de azeite igual a 3 euros.


14 de dezembro de 2021

Crónica "A importância de participar"

 


A importância de participar


Com a dissolução do Parlamento oficialmente decretada, é tempo de avançar com novas eleições legislativas, que têm já a sua data anunciada para dia 30 de Janeiro de 2022.
Sabemos que o maior adversário das eleições legislativas é a abstenção, que tem vindo a aumentar, chegando, em 2019, a ultrapassar a marca dos 50%. Ou seja, mais de metade da população não quis exercer o seu direito de voto e contribuir para a decisão da escolha dos governantes do nosso país.
Acreditamos que todas as forças políticas do nosso país precisam fazer uma reflexão sobre tal resultado, pois, no fim de contas, quem ganhou com maioria absoluta foi a abstenção, e, esse sim, é um adversário difícil de superar. É fundamental (re)aproximar a política de todos os portugueses, mostrando a importância e o poder que uma participação ativa pode ter.
Por exemplo, no dia 25 de Abril de 2021 surgiu, em Braga, o Movimento Contra a Indiferença, um movimento criado por cidadãos comuns que tem como objetivo combater as altas percentagens de abstenção. Para os representantes deste movimento e todos os seus apoiantes, é fundamental dar a conhecer os candidatos, os motivos da escolha de cada um.
Se este movimento levou às urnas mais um eleitor, então a sua função já foi cumprida com sucesso. Em suma, achamos que é necessário aproximar a política dos portugueses para que esta deixe de ser dirigida a um nicho específico de quem desde cedo se envolve em juventudes partidárias e passe a ser algo acessível a todos.
Os resultados indicam-nos que quanto mais “afastado” está o representante da população, maior é a abstenção, pois se pensarmos em eleições autárquicas, legislativas e europeias, a taxa de abstenção vai subindo em cada uma, respetivamente. Deste modo percebemos que a melhor forma de (re)aproximar os cidadãos da política é através das forças políticas locais, desde as Juntas de Freguesia até às Câmaras Municipais.
Se pensarmos nas Assembleias Municipais ou nas Assembleias de Freguesia, percebemos, desde logo, que a adesão deveria ser mais alta. Sabia, caro leitor, que em ambas as assembleias há um período específico para a intervenção do público, onde podem ser esclarecidas todas as informações solicitadas? Esse período era, habitualmente, no final da assembleia, mas, na Assembleia Municipal de Braga e em muitas Assembleias de Freguesia esse período foi alterado para o início, numa tentativa de que as pessoas sejam chamadas a participar e a abordar temas que achem essenciais, passando assim a parte mais burocrática para “segundo” lugar.
Participar nas assembleias, quer na municipal quer na de freguesia, é uma forma de acompanhar o trabalho dos respetivos órgãos. Perceber qual a posição das diversas forças políticas que a integram e, assim, ficar a conhecer de perto o trabalho de todos os eleitos.
Desta forma, nas eleições seguintes iremos conhecer melhor o trabalho de cada um. Acreditando que o trabalho de aproximação poderá começar por chamar a população a participar, defendemos também que é essencial explicar a todos como funciona uma assembleia, mas também como funcionam os partidos, e a política em geral. Esse trabalho deveria ser feito pelas escolas, mas porque não ser feito também pelos partidos?
Recordamos a iniciativa “Executivo Júnior” realizada pela Junta de Freguesia de São Victor em parceria com as Escolas Primárias da Freguesia, onde após as eleições o executivo eleito toma posse e manda na freguesia por um dia, tendo ainda que decidir onde aplicar uma verba atribuída à escola escolhendo um de três projetos apresentados. Esta é, na nossa opinião, uma iniciativa que deveria ser replicada, afinal os jovens de hoje são os eleitores de amanhã, e estes devem saber não só a importância de ser eleito como também a importância de eleger, e de apresentar projetos ao executivo. Devem, desde cedo, aprender que existem candidatos e que podem saber trabalhar em comunidade, ganhando ou perdendo o executivo.
Cada cidadão pode ser sempre uma força ativa na política, afinal todos têm como objetivo melhorar a vida da comunidade que usufrui da escola, no caso desta atividade em particular. Desta forma podemos perceber como é fundamental que os cidadãos tenham uma participação política ativa no quotidiano do nosso país. Mais do que o partido, a prioridade de qualquer político deveria ser sempre a sua freguesia, a sua cidade, o seu país.

Não se esqueça que é possível o voto antecipado, não se esqueça de votar. Dia 30 de Janeiro de 2022, vote!

16 de novembro de 2021

Crónica "Planeta há só um!"


Planeta há só um!

No rescaldo da 26ª Conferência do Clima das Nações Unidades (COP26) percebemos que as
primeiras conclusões tiradas, infelizmente, não são as melhores.
Todos sabemos que o mundo enfrenta uma grave crise climática, porém, é escasso o trabalho
que se faz para a combater. A COP26 vem comprovar esta teoria não obtendo os resultados
esperados por todo o mundo.
Combater os desastres climáticos que estão a acontecer no nosso planeta é urgente e deveria
ser uma prioridade imediata em todos os países. É certo que todos reconhecem a necessidade
de reduzir a emissão de gases com efeito de estufa, no entanto, em 2020, e apesar da Covid19
ter feito o mundo “parar”, voltamos a atingir níveis recorde. Tudo isto foi discutido na COP26,
porém, muitos países sentem que não foram tomadas medidas concretas para que se atinjam
os resultados esperados. Claro que sair de uma conferência onde quase 200 países têm de
estar unanimemente de acordo com um compromisso mundial, é, sem dúvida, algo positivo.
Contudo, é sempre necessário fazer algumas cedências, o que acaba por não deixar todos os
representantes satisfeitos. Um dos assuntos mais mediáticos da COP26 foi o facto da China e
da Índia terem pedido a alteração da declaração que propunha acabar de forma quase
imediata com o carvão enquanto fonte de energia, passando a defender a redução gradual do
carvão. Esta alteração fez com que representantes de muitos países, incluindo Portugal, não
saíssem satisfeitos da COP26, uma vez que o carvão é a maior fonte de emissão de gases com
efeito de estufa responsável pelo aquecimento global.
Se a COP26 pretende que todos os países assumam um compromisso para preservar o nosso
planeta e evitar desastres climáticos, a JovemCoop acredita que todos nós podemos fazer a
diferença para um mundo melhor. Se cada cidadão fizer a sua parte, sem dúvida que, através
de pequenos gestos, irão chegar a grandes diferenças. O simples gesto de não atirarmos lixo
para o chão, algo que infelizmente é mais comum do que se pensa, pode melhorar o planeta.
Afinal, assim que o ser humano se começou a proteger da Covid19, através de máscaras
descartáveis, essas mesmas máscaras começaram a chegar aos oceanos. Apesar de grande
parte dos portugueses efectuarem reciclagem, existem ainda muitas questões ambientais a
serem trabalhadas na sociedade.
Se todos podemos fazer a diferença e cuidar do nosso planeta, também o nosso Município
deverá cuidar da nossa cidade. Infelizmente, Braga continua a ansiar por um parque verde na
cidade que irá proporcionar mais qualidade de vida a todos os bracarenses. Num mundo que
tenta combater a emissão de gases, é fundamental melhorarmos o ar que respiramos. Em
cidades cada vez mais feitas de betão é essencial termos espaços verdes que purifiquem o ar.
E, apesar de não termos o tão desejado espaço verde, parece-nos que o município continua a
dar prioridade ao betão. Afinal, ocorreu, recentemente, na nossa cidade, mais um expressivo
abate de árvores, para dar lugar a um parque de estacionamento, numa zona em que se
reduziram lugares de estacionamento, através de uma requalificação realizada com fundos
europeus, para se proceder à descarbonização. Retirar lugares de estacionamento numa zona
de praça, para depois construir um parque de estacionamento através do sacrifício de árvores
parece, quanto muito, paradoxal.
Infelizmente, Braga parece não tentar aproveitar a natureza existente na cidade criando a
partir dela, mas antes destruí-la dando lugar a betão. Precisamos de analisar a nossa cidade,
que além de ter poucos espaços verdes, precisa também de solo permeável. Desta forma,
acreditamos que o Município de Braga deve refletir melhor nas suas prioridades quando
planeia novos projetos. Evitando assim concretizar o ditado publicado pelo PAN Braga
“Árvores no meu caminho? Cortem-nas todas.”. Afinal cuidar das árvores é também cuidar no
nosso planeta e trata-lo da melhor forma possível. Afinal não existe planeta B, conforme alude
o Bloco de Esquerda!

19 de outubro de 2021

Crónica "A cor é Rosa!"


 


A cor é Rosa!

Dedicar a crónica de Outubro a uma causa tão nobre como o “Outubro Rosa” é algo que já vem sendo tradição. Se, em cada ano, dermos a conhecer o “Outubro Rosa” a uma pessoa nova, então o propósito já está ganho! Mas afinal o que é o “Outubro Rosa”?

O “Outubro Rosa”, ou “Pink October”, é um movimento internacional que surgiu nos Estados Unidos durante a década de 90. O objetivo deste movimento passa, não só, por sensibilizar a população em geral e a mulher em particular para a prevenção do Cancro da Mama, como também sensibilizar para o diagnóstico precoce. Sabia que, segundo as estatísticas, o cancro da mama é o mais frequente em Portugal, bem como no resto do mundo?

Apesar de ser uma tipologia frequente, há ainda muito de desconhecido nesta doença e, para apoiar a investigação, em Outubro, existem algumas atividades cujo valor reverte para financiar a investigação, e também para apoiar as doentes que, muitas vezes, necessitam de cuidados especiais e de apoio psicológico. Em Outubro, o mundo pinta-se de Rosa e Braga não poderia ser exceção. Este mês, o centro da cidade está mais cor de rosa, com as montras repletas de laços e o chafariz da Av. Central está também decorado a cor de rosa. Alguns edifícios da cidade, como a Capela de Guadalupe ou a Junta de Freguesia de São Victor, também apoiam esta causa que é de todos e exibem o laço rosa, de forma a sensibilizar quem por lá passa. Mas afinal quais são as iniciativas do Outubro Rosa?

Felizmente, são inúmeras as iniciativas que preenchem todo o calendário deste mês, desde palestras até caminhadas, havendo atividades para todos os gostos. Algumas são gratuitas, outras têm uma inscrição que reverte a 100% para as instituições que apoiam os doentes oncológicos. Fazendo uma breve pesquisa pelas atividades do “Outubro Rosa”, em Braga, damos destaque ao Fórum Rosa que se realiza no dia 22 de Outubro, pelas 21h30, no Auditório Conservatório Bomfim sobre o tema “Cancro da Mama em tempos de pandemia: dos desafios às soluções”. Este forum é aberto à população em geral e, acreditando que o saber não ocupa lugar, é uma excelente oportunidade de ouvir dois profissionais e ainda um testemunho sobre como enfrentar o cancro em tempo de pandemia. Uma excelente forma de passar um momento divertido em família, no próximo fim-de- semana, 23 e 24 de Outubro, será participando no Peddy-Paper Rosa. As inscrições podem ser feitas no site www.raceforthecure.eu/pt/ onde constam também mais informações sobre a atividade.

No entanto o objetivo é, com a t-shirt do evento, percorrer as ruas do centro histórico da cidade tirando uma fotografia em alguns dos locais mais emblemáticos. Já no dia 30 de Outubro, Dia Nacional da Prevenção Contra o Cancro da Mama, irá ocorrer o concerto solidário com a Orquestra Filarmónica de Braga. O Concerto Centenário Piazzolla - "O Rei do Tango" ocorre no Auditório Vita pelas 21h30 e os bilhetes podem ser adquiridos na ticketline, mas também na recepção do auditório. Para saber mais ou ajudar a Delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra o Cancro, entre os dias 23 e 28 de Outubro, estará no Braga Parque um espaço onde poderá falar com as voluntárias da Delegação de Braga da LPCC, que disponibilizarão material informativo e algum merchandising.

Reforçamos que estas são apenas algumas das inúmeras iniciativas que pintam Outubro de Rosa, através das quais poderá ajudar as instituições que organizam as atividades. Contudo não vamos esquecer que a grande missão do PINK OCTOBER é sensibilizar para a prevenção e para o diagnóstico precoce do cancro da mama, sendo essa a verdadeira missão.

Deste modo desafiamo-lo, a si, caro leitor, a partilhar esta iniciativa com alguém, um vizinho, um amigo, um familiar.... Partilhe para que, de ano para ano, o mundo fique cada vez mais cor-de-rosa. Hoje é um problema de outros, mas amanhã poderá ser o problema de alguém que lhe é próximo e, por esse motivo, esta causa nunca será de alguém, será sempre de todos!

Em Outubro… a cor é rosa!

16 de agosto de 2021

42º Aniversário JovemCoop

 


Parabéns a você, 
Nesta data querida,
Muitas felicidades, 
Muitos anos de vida...


Hoje é dia de festa, pois comemoramos o nosso 42º aniversário!

São 42 anos a elevar o nome do associativismo, a apresentar Braga ao mundo, e acima de tudo são muitos anos a partilhar o grande amor que sentimos pela nossa cidade. 

Em 42 anos já são muitos os que passaram pela JovemCoop, alguns ficaram, outros seguiram novos caminhos e, felizmente, muitos ainda por cá andam! No entanto, independentemente do rumo de cada um, estamos certos que levam a JovemCoop no coração, assim como todos os princípios do associativismo. 

São 42 anos de história dos quais apenas nos podemos orgulhar, uma vez que já somos uma associação juvenil bastante "velhinha". 


Hoje não vamos soprar as velas, mas vamos todos fechar os olhos e desejar que estes 42 anos se repitam por muitos mais!!!!



Para a menina JOVEMCOOP,
Uma salva de palmas!!!!

5 de agosto de 2021

XVII edição de "O Nosso Património"

 


JovemCoop feliz por reeditar "O Nosso Património" em tempo de pandemia

Foram duas edições desafiantes, mas onde a vontade falou mais alto. Pelo segundo ano consecutivo realizamos o nosso habitual campo de trabalho em plena pandemia e não podiamos estar mais orgulhosos do resultado. Esta atividade mostrou-nos que enquanto houver vontade será sempre possível fazer mais e melhor!
Deixamos um grande obrigada à Junta de freguesia de S. Victor nossa parceira nesta atividade, e também a todas as outras instituições que se mostraram sempre disponíveis quer para nos receber nos seus espaços, quer para divulgar a atividade.

Seguimos felizes e de olhos postos na XVIII edição. 

3 de agosto de 2021

JovemCoop apoia Manifesto Contra a Indiferença

 JovemCoop apoia Manifesto Contra a Indiferença


A JovemCoop - Associação Jovem Cooperante Natureza/ Cultura, associação sem fins lucrativos, fundada em 1979, vem por este meio manifestar o seu apoio e subscrição do Manifesto Contra a Indiferença. 

A JovemCoop é uma associação apartidária, que defende e valoriza a importância de cada um exercer o seu direito de voto, considerando-o um dos pilares fundamentais da nossa sociedade democrática. 

Tal como os criadores do “Manifesto Contra a Indiferença”, também nós acreditamos que a taxa de abstenção tende a crescer   e que alguma coisa é preciso fazer para combater essa tendência. Assim, de forma a apoiar o Manifesto, iremos proporcionar a todos os nossos amigos e associados alguns momentos de reflexão sobre a importância de votar, contando um pouco da história deste direito, que nem sempre foi de todos. 

Louvamos iniciativas como esta que valorizam uma participação cívica ativa na sociedade, e que mostra que qualquer cidadão pode e deve intervir nas políticas da cidade. 

Votar é um direito, assim como somos também livres de não votar, mas estaremos verdadeiramente conscientes do que fazemos? 

Deixamos esta questão para que todos possam refletir sobre ela, e se acharem por bem, subscreverem o “Manifesto Contra a Indiferença”.


Consulte a página do Manifesto aqui.

4 de julho de 2021

O Nosso Património XVII edição - Inscrições Abertas

 



Estão oficialmente abertas as inscrições para a XVII edição de "O Nosso Património" que, tal como no ano passado, será adaptado às condições que assim o exigem! 

Este verão "Dá corda aos teus cordões!" é o mote para a 17ª edição que ocorre entre os dias 12 e 23 de Julho, das 10h às 12h30, desafiamos jovens entre os 12 e os 17 anos a virem conhecer um pouco mais da história de Braga, em geral, e da Freguesia de S. Vitor, em particular.

Tal como na edição anterior, garantimos que iremos cumprir todas as normas da Direção Geral de Saúde privilegiando o espaço ao ar livre. Assim, a XVII edição terá as atividades centralizadas no Parque de Guadalupe, local onde os participantes irão iniciar e terminar as suas atividades. 

É obrigatória a presença nos 10 dias de atividades, uma vez que as vagas são limitadas

Esta atividade é realizada em parceria com a Junta de Freguesia de S. Victor e com o apoio da Irmandade de Guadalupe. 

As inscrições podem ser realizadas online, devendo preencher o formulário

22 de junho de 2021

Crónica "O Manifesto que realmente importa"


 O Manifesto que realmente importa


A palavra democracia tem origem na junção de duas palavras gregas, demos que significa “povo” e kratos que significa “poder”. É assim que nasce a democracia, ou seja, o poder do povo. Contudo, se queremos verdadeiramente ter esse poder, não podemos esquecer que ele traz consigo alguns deveres. 


Acreditamos que a oportunidade de viver em democracia, conquistada em 1974, pelos nossos Capitães de Abril, é por nós celebrada diariamente. No entanto, será que a honramos no seu momento mais genuíno, no seu momento mais natural? Falamos, obviamente, do ato de VOTAR, o momento em que todos somos chamados a exercer o nosso direito mais democrático de todos. 


Conscientes de que em cada eleição a abstenção tende a crescer, um grupo de cidadãos resolveu agir e diretamente de Braga para a todo o país surge o “Manifesto Contra a Indiferença”. Este movimento apartidário tem como objetivo que as instituições, escolas, partidos políticos e outros congéneres ergam os braços e combatam a abstenção devendo, para isso, proporcionar a reflexão à pergunta: Porque nos abstemos?


Para a JovemCoop este é um tema recorrente, pois consideramos que é necessário (re)aproximar os cidadãos da vida política da sua cidade. Acreditamos que, ao longo dos anos, a população foi seguindo o caminho mais fácil, pois fácil é abster-se e, no final, contestar resultados. No entanto, é preciso combater este ciclo vicioso que se vive na política nacional, particularmente na política bracarense. Afinal, nas últimas eleições autárquicas, a abstenção ultrapassou os 40%, e caso esses cidadãos abstencionistas tivessem ido às urnas, os resultados finais  poderiam encorpar ou ser completamente diferentes dos votos escrutinados. 


O que entendemos ser a verdadeira missão deste manifesto é combater a abstenção e levar um maior número de eleitores às urnas nas próximas eleições autárquicas, que ocorrem ainda este ano. 


É urgente que se reconheça este afastamento dos portugueses da política e que se organizem novas estratégias para fomentar uma aproximação. 


São duas as eleições que ocorrem enquanto atravessamos um momento de pandemia, o que podia ter despoletado uma modernização na deslocação às urnas. Reconheçamos que ninguém gosta de passar, por vezes, horas numa fila à espera para votar. Numa era em que a sustentabilidade tem tanto valor, devemos considerar, também, todo o papel que é utilizado numas eleições, desde cartazes, até aos boletins de voto, passando pelos cadernos eleitorais, sendo verdade que, em pleno século XXI, todo este processo devia ser modernizado de forma a utilizarmos a voto eletrónico através de vários pontos, evitando assim os ajuntamentos nas secções de voto. 


Contudo, enquanto tal modernidade ainda não chega até nós, não a usamos como desculpa para não votarmos. Lembremos que em tempos de pandemia, aceitamos aguardar numa fila para entrar numa superfície comercial, aceitamos todas as regras de higiene impostas pela DGS para que seja possível voltar à normalidade possível. Desta forma devemos estar conscientes que VOTAR, além de um dever, é SEGURO!


Acreditamos que este manifesto vem numa altura ideal, quando se começam a conhecer os candidatos às autárquicas, quando se inicia uma época de campanha, quando se deve falar de política, tendo a premissa que discutir a abstenção é discutir política. 


O Presidente da República, o Presidente da Assembleia da República e o Primeiro-ministro já receberam o Manifesto, que é, acima de tudo, mais uma prova de que quando os cidadãos se importam, eles conseguem intervir na vida política do nosso país. 


Despedimo-nos deixando no ar a pergunta que o Manifesto Contra a Indiferença levanta: “Porque nos abstemos?


25 de maio de 2021

Crónica "Braga Mais Romana"


 

Braga mais Romana


Entre os dias 19 e 23 de Maio, Braga dever-se-ia encher de cores, celebrando a sua origem e mostrando a todos o encanto escondido de Bracara Augusta. 

Devido ao estado de calamidade que o país ainda atravessa, a edição de Braga Romana 2021 ganhou um novo formato digital. Não querendo deixar passar a data em branco, a Câmara Municipal de Braga lançou um conjunto de vídeos online que vão desde concertos, até aos principais rituais romanos, que são os momentos mais altos da recriação histórica, como é o caso do Casamento Romano e do Batizado. Os vídeos podem ser vistos nas redes sociais do Município de Braga e, para nós, foram uma excelente forma de celebrar Bracara Augusta, de um modo vivo e pedagógico. 

No entanto, houve um momento de maior destaque na programação da Braga Romana 2021, que foi a apresentação pública do projeto “Insulae das Carvalheiras”. 


Para os mais distraídos, as ruínas arqueológicas das Carvalheiras são um museu a céu aberto, em pleno centro histórico da cidade, e são constituídas por uma casa romana e termas públicas. Com escavações arqueológicas, feitas pela Universidade do Minho entre meados da década de 80 do século passado e os anos 2000, este local está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1990. Estando o local votado ao abandono durante cerca de 20 anos, o mesmo foi alvo de vandalismo e até mesmo saqueado com recursos a detetores de metais, o que é ilegal pela lei da proteção do património arqueológico. 

Contudo, a Ínsula das Carvalheiras viu um futuro mais sorridente com a apresentação da sua musealização. Um projeto, a nosso ver, inovador e ambicioso que incluirá não só a musealização do local, como ainda um centro interpretativo e um parque urbano na sua envolvente. O objetivo será não só atrair visitantes à cidade, mas também que os seus habitantes usufruam do espaço. Para nós, um espaço verde no centro histórico é algo que a cidade já necessita há vários anos, apresentando-se como um local fresco nos nossos dias quentes de verão, numa cidade repleta de cimento. Esta envolvente parece-nos também importante para valorizar ainda mais a localização das ruínas, não as deixando passar despercebidas no meio de uma urbanização já existente. A criação de mais postos de trabalho e a dinamização da economia local são também aspetos positivos que um projeto desta extensão traz consigo. 

O projeto “Insulae das Carvalheiras”, uma parceria entre a CMB e a Universidade do Minho, foi para nós o momento alto da programação da Braga Romana 2021. Com previsão para estar pronto em 2022, acreditamos que esta é uma forma de marcar e dignificar ainda mais Bracara Augusta e todos nós enquanto descendentes desta herança urbana romana. O projeto terá um custo de 2,7milhões de euros e será financiado em exclusivo pela Câmara Municipal que até agora não concorreu a nenhum projeto comunitário. Um investimento bem realizado mostrando de que forma podemos unir o passado ao futuro, juntando as ruínas que hoje existem a um centro interpretativo moderno e tecnológico. 

Acreditamos que Braga irá valorizar este local como o faz com muitos outros. Já existem provas dadas de que os bracarenses valorizam a sua cultura e aderem à programação cultural da cidade. Estamos certos de que com a musealização das Carvalheiras não será diferente. Afinal, é um local que, infelizmente, muitos ainda desconhecem devido à sua desvalorização durante muitos anos. 

Estamos certos de que será um local com bonitas recriações de Bracara Augusta, o que fará com que todos possam conhecer ainda melhor as origens da cidade e viver a Braga Romana de uma forma ainda mais intensa.

27 de abril de 2021

Crónica "O que é a liberdade..."

 


O que é a Liberdade...


No passado domingo, comemorámos 47 anos de liberdade! No domingo, tal como no 25 de Abril de 1974, pelas 00h25, foi possível ouvir a senha que anunciou o início da democracia em Portugal. 

Celebrámos a liberdade ao som de "Grândola Vila Morena”, mas será que estamos verdadeiramente conscientes do que essa liberdade significa? 

Arriscamos dizer que não há dia que passe em que cada um de nós não usufrua da liberdade que foi conquistada em 1974. Essa “liberdade” é traduzida na escolha do livro que vamos ler de seguida, ou, simplesmente, por expressarmos a nossa opinião sobre qualquer que seja o assunto. Hoje somos verdadeiramente livres de o fazer. Ainda não vivemos meio século de democracia, mas parece urgente recordar, pela voz de quem sentiu a opressão, como seria se não tivesse ocorrido a “Revolução dos Cravos”. 


Honrar o 25 de Abril é deslocarmo-nos às urnas de voto e, este ano, já o pudemos fazer nas eleições presidenciais, no entanto, seremos novamente chamados a exercer o nosso direito para as eleições autárquicas. O direito de voto é algo que devemos exercer de forma consciente. Claro que não votar é também uma escolha, mas devemos refletir no que significa a abstenção, não será essa a “escolha mais fácil”? A abstenção não pode ser considerada uma forma de protesto, mas sim uma forma de alheamento. Para tal, a discordância com qualquer candidato ou programa eleitoral deve ser traduzido pelo voto em branco e não pela abstenção.

 

Defendemos também que é fundamental envolver a população na política da cidade e numa participação ativa. Os candidatos já começam a surgir e a apresentar-se, por isso, caro leitor, começa a ser a altura de ouvir o que todos têm a dizer, para mais tarde podermos refletir sobre qual o rumo pretendemos para a nossa cidade, seja para o Município, seja para as suas freguesias. 


Contudo, se votar é um direito, decorre até ao final desta semana uma obrigação. 


Nestes últimos dias já deve ter ouvido falar dos CENSOS 2021, mas do que estamos a falar ao certo? Defendemos que é fundamental esclarecer todas as pessoas para que teorias rebuscadas de “espionagem” ou até mesmo burlas, sejam inexistentes. 


O termo CENSOS vem do latim census, que significa lista de pessoas e de bens feitas pelo censor. Os registos dos primeiros CENSOS são do tempo antes de Cristo, no entanto, os recenseamentos da época moderna iniciam-se em 1853, partindo das orientações do Congresso Nacional de Estatística de Bruxelas, tendo ocorrido em Portugal apenas em 1864. 


Ao longo dos anos os recenseamentos foram sendo atualizados, de forma a acompanhar a evolução dos tempos. A resposta aos CENSOS é obrigatória e, na nossa opinião, fundamental, pois apenas desta forma é possível estudar a população, analisar a sua evolução, compreender e responder às suas necessidades. Através do preenchimento do questionário o Instituto Nacional de Estatística (INE), poderá saber, por exemplo, quantos somos e como vivemos. Dessa forma, será possível analisar as necessidades de cada área do país, se é necessário abrir mais escolas públicas, ou se é preciso algum investimento prioritário para melhorar a qualidade de vida de certa população. 


Contudo, é importante saber que os recenseadores andam todos devidamente identificados, por isso, se for abordado por alguém, veja se está devidamente equipado e identificado. Assim como deve também saber que todo este processo cumpre as normas de segurança indicadas pela Direção Geral de Saúde, pois nunca vamos esquecer a pandemia que ainda estamos a ultrapassar, e nenhum recenseador tem que entrar na sua casa. 


Este ano de forma mais prática, sustentável e segura, o preenchimento dos CENSOS é feito online, através dos códigos que recebeu no correio, mas existem alternativas para quem está impossibilitado de o fazer online. Poderá sempre fazer o preenchimento pelo telefone, devendo contactar a linha de apoio 210 54 20 21  ou, se preferir, pode ainda contactar a sua Junta de Freguesia e agendar uma ida ao balcão de ajuda, onde estará um recenseador à sua espera para o ajudar. Reforçamos que o preenchimento dos CENSOS é obrigatório e existem pessoas que o podem ajudar a fazê-lo. Nunca se esqueça que a liberdade tem também as suas obrigações. 






30 de março de 2021

Crónica "Semana Santa...Virtual!"


 Semana Santa… virtual!


A semana em que Braga mostra verdadeiramente o porquê de ser conhecida como a “Roma Portuguesa”, terá de ser “adiada”, pelo segundo ano consecutivo. No entanto, se no ano passado o cancelamento foi uma surpresa para todos, este ano já era expectável, o que acabou por ter as suas vantagens. 

Se tivermos em conta o ano passado, percebemos que a Semana Santa foi readaptada ao confinamento que se vivia. Houve o cancelamento das procissões e de toda a restante programação que implicava o público presente. 

Apesar de tudo, foram transmitidas, através das redes sociais, as filmagens das procissões de anos anteriores, sempre tentando manter presente o espírito que habitualmente invade toda a cidade. 

Este ano, a adaptação da Semana Santa já se fazia anunciar desde cedo. Deste modo, foi possível (re)pensar atempadamente em toda a sua habitual programação, ainda que com elevado grau de incertezas, dado o novo confinamento e a evolução da Covid-19. 

Com um programa que se iniciou a 17 de Fevereiro e culminará a 4 de Abril, este ano toda a Quaresma será celebrada de forma peculiar. Mantiveram-se as já habituais exposições, com algumas delas espalhadas pelas ruas da cidade, como é o caso da exposição “Plasti-cidade fotográfica”. Existem, ainda, diversas exposições em locais emblemáticos da cidade, desde o Palácio do Raio, passando pela Casa dos Crivos e pelo Museu Pio XII, que devem ser apreciadas por todos. 

Quanto à semana que estamos a iniciar, esta era um dos momentos altos do turismo da cidade. As ruas, pintadas de púrpura, que outrora se enchiam para ver passar as quatro imponentes procissões, estão hoje vazias. 

Contudo, como tudo neste último ano, as celebrações da nossa Semana Santa estarão à distância de um click. Através do facebook da Semana Santa de Braga é possível assistir, pelas 21h30 no dia 31 de Março, a um programa interpretativo da Procissão “Vós Sereis o Meu Povo”, mais conhecida pela Procissão da Nossa Senhora da Burrinha. Já nos dia 1 e 2 de Abril, será possível visualizar, de igual forma, um programa em formato curiosidade histórica sobre a procissão “Ecce Homo” e sobre a procissão do “Enterro do Senhor”, respetivamente. Todas estes programas visam enquadrar o trabalho realizado nos bastidores por cada uma das entidades responsáveis, mas também permitir uma interpretação e um maior conhecimento sobre a representação de cada cena desenhada para cada uma das procissões. Estamos certos que esta será sempre a melhor forma de preservar a cultura e tradição de perceber como são constituídas as procissões e aprecia-las em família. 

Muitos outros momentos serão transmitidos online, basta consultar o programa para ter acesso a toda a informação necessária. Por esse motivo, louvamos todo o trabalho que está a ser  desenvolvido pela Comissão da Semana Santa de Braga. 

Um outro momento, que merece destaque nesta agenda cultural, é o lançamento do CD da “Procissão da Burrinha”. Reconhecemos que esta será, acima de tudo, uma forma de eternizar a procissão e deixar a sua marca num ano tão atípico. Afinal, ninguém se esquecerá dos anos de 2020 e 2021, mas podemos sempre ter momentos bonitos para os recordar. Este CD apresenta 14 músicas recuperadas aos cancioneiros antigos ou compostas pelo génio do Prof. José Machado, da Associação “Os Sinos da Sé”, que lega, para o futuro, a construção de um património musical que perpetuará os anos da pandemia.


Infelizmente, não teremos um dos momentos mais altos do turismo da nossa cidade, e isso afeta vários setores, principalmente após termos sido escolhidos como o Melhor Destino Europeu 2021. Certamente que o título conseguido colocará a cidade de Braga no mapa dos destinos turísticos durante os próximos anos, no entanto, acreditamos que é fundamental que a cidade não se esqueça dos setores mais afetados e que lhes dê a mão assim que haja oportunidade. 

Hoje, mais do que nunca, devemos valorizar o que é nosso. Todos temos saudades de voltar ao quotidiano, de voltar à tão cobiçada normalidade. Não obstante, é imperativo não deixar cair por terra todo o esforço feito e, por esse motivo, devemos manter as regras aconselhadas pela DGS, pois apenas em conjunto será possível travar esta pandemia que nos põe à prova há mais de um ano. Assim, caro leitor, desejamos-lhe uma Páscoa em segurança, pois, só assim, podemos estar certo de que para o ano teremos as nossas tradições de volta.


2 de março de 2021

Crónica "Natural(mente)...Março"

 


Natural(mente)... Março

Com o país cada vez mais “fechado”, aproveitemos este confinamento para nos “abrirmos” ao que a natureza nos dá. O mês que agora iniciamos celebra o Dia Mundial da Árvore, o Dia Mundial da Água e, ainda, o início de uma nova estação do ano: a Primavera!

Porque não se deixa inspirar pelas celebrações deste mês e planeia atividades diferentes, quer individuais, quer em família? Afinal, o importante é usufruir do tempo que, por vezes, temos tendência a desvalorizar. 

A chegada da Primavera traz consigo temperaturas mais amenas, o que dá vontade de usufruir um pouco mais do ar livre e dos espaços verdes da nossa cidade (claro que sempre com consciência e moderação pois estamos a viver um confinamento). No entanto, os passeios higiénicos são não só permitidos, como essenciais, para que consigamos ultrapassar este período da melhor forma. Assim, aproveite um dia de folga e vá passear pela nossa cidade e pelos seus espaços verdes. Faça uma visita guiada para si mesmo, ou para o restrito núcleo familiar, pois estamos certos de que irá sempre reparar em novos detalhes, e acredite que são detalhes que valem a pena ser vistos. Desafiamo-lo a conhecer as estátuas do Parque a Ponte, o Miradouro do Picoto, a Fonte do Jardim de Santa Bárbara e, claro, porque não uma ida até às Mães d’Água das Sete Fontes?

Aproveite um passeio pelo Complexo Eco-Monumental das Sete Fontes e celebre a natureza no seu esplendor, pois ali temos não só toda a vegetação envolvente, como ainda podemos usufruir do som da água que corre dentro das minas, acompanhado pelo cântico dos pássaros que por ali vivem. É, de facto, um local privilegiado, onde, por vezes, conseguimos abstrair-nos da vivência da cidade em que este está inserido. 

Continuamos a desejar o tantas vezes projetado Parque Verde da Cidade de Braga. Sabemos pelo nosso Edil que não será possível concretizar esse sonho ainda no decorrer deste mandato, contudo, no início deste ano foi dado um grande passo para a sua construção, uma vez que a Câmara Municipal de Braga adquiriu mais terrenos a um particular, o que faz com que agora, já seja maior a área de domínio público. Estamos a falar de 17,2 hectares de domínio público e 12,7 de domínio privado. Reconhecemos, ainda, um longo caminho pela frente, mas estamos cada vez mais ansiosos pela chegada do momento em que celebraremos o mês de Março no Parque Verde das Sete Fontes. 


Talvez o facto de sermos o Melhor Destino Europeu de 2021, faça com que o Parque Verde se levante do papel e ganhe forma. Enquanto isso não acontece, vemos o Pelouro do Urbanismo valorizar alguns dos marcos arqueológicos mais importantes da nossa cidade. Afinal, quando falamos da Domus das Carvalheiras ou até do Teatro Romano, muitos serão os bracarenses que nunca ouviram falar de tais espaços. Acreditamos que valorizando o nosso património, conseguiremos distinguir-nos de outras cidades e ter com isso um crescente potencial para o turismo. 

É fundamental valorizarmos o que é nosso e a verdade é que a nossa cidade ficou à frente de muitas outras, que por vezes julgávamos melhores, mais bonitas ou mais conhecidas. Já pensou que vivemos no melhor destino europeu?

Para a JovemCoop, Março é um mês repleto de atividades, muitas delas em parceria com algumas escolas. Vamos aproveitar os tempos que estamos a viver para nos desafiarmos com novas atividades. Aproveitamos, também, para desafiarmos os nossos leitores a conhecerem a sua cidade e a visitarem-na sob outra perspetiva. Aproveite o dia da água e desafie-se a criar novos hábitos para pouparmos um bem que, por vezes, já é escasso. Partilhe connosco, através do nosso facebook, as dicas que tem para poupar água pois iremos partilhá-las com todos os nossos leitores, acreditando, assim, que juntos iremos fazer a diferença para um mundo melhor.


2 de fevereiro de 2021

Crónica "A Pandemia e tudo aquilo que afeta"

 



A Pandemia e tudo aquilo que afeta


Vivemos o rescaldo de uma das eleições presidenciais que mais polémica gerou no nosso país. Já é habitual termos candidatos de partidos opostos, que causam sempre alguma controvérsia durante a campanha eleitoral e, infelizmente,como já seria de esperar uma elevada abstenção por parte dos eleitores. Contudo este ano, o facto de termos um candidato de extrema direita com tanto mediatismo, deveria alertar-nos para o rumo que o país está a tomar. Assim como o facto dos resultados obtidos, por esse candidato, serem   verdadeiramente preocupantes. Igualmente impactante na sociedade é o facto da abstenção rondar os 60%. Já pensou se amanhã nas notícias dissessem que todos os portugueses perderam o direito ao voto, estando o poder de eleger os governantes do país, apenas em alguns políticos? Certamente seria revoltante e nessa altura todos se iriam querer pronunciar. É certo, que o facto de vivermos num estado de emergência, afastou muitos eleitores das urnas, contudo será essa justificação válida?
A verdade é que mais do que nunca foi dada a possibilidade do voto antecipado, e para aqueles que não o solicitaram e foram votar no dia 24 de Janeiro, perceberam que foram tomadas medidas para que cada um pudesse exercer o seu direito em segurança. Todos os Jovens Cooperantes que se dirigiram às urnas partilharam uma opinião bastante positiva da experiência. Salvaguardando que somos de freguesias bastante distintas, damos como um excelente exemplo as medidas tomadas pela Junta de Freguesia de São Victor, que sendo a freguesia com maior população de Braga, conseguiu que todos os eleitores votassem em segurança. Para quem conhecia a organização da freguesia em eleições anteriores, desta vez foi surpreendido pela reorganização da Escola Secundária Carlos Amarante, trocando as habituais salas pelo pavilhão, e deixando de ter as pessoas a percorrerem os corredores entre os dois pisos habituais optando por usar apenas um andar. O facto de terem optado pelo piso térreo facilitou não só o cumprimento dos circuitos de segurança, como também a deslocação de pessoas com mobilidade reduzida evitando assim as habituais escadas, que nem todos percorriam com a mesma facilidade. 

Deste modo, por todas estas razões, lamentamos uma taxa de abstenção tão alta, reconhecendo ainda assim que a pandemia terá certamente afastado os eleitores mais receosos das urnas. A verdade é que Portugal vive, neste momento, o seu décimo estado de emergência. O que significa que voltamos a atravessar um período de provações, agravado pelo tempo. Hoje, mais do que nunca, devemos pensar no aumento do desemprego que esta pandemia está a gerar, são cada vez mais as famílias que precisam de apoio, e que não podem ficar “apagadas” pelo foco no combate direto com os casos de infectados. Combater a pandemia é também prestar apoio a quem mais precisa, pensar não apenas nos casos positivos, mas também nos desempregados e nas pessoas isoladas. Combater a pandemia é pensar nas pessoas sem descurar a cultura e o património. 

Talvez se aproveite este tempo em que nos vemos obrigados a parar para pensarmos em projetos futuros. É urgente proteger o património do nosso país, mas também da nossa cidade. Feliz ou infelizmente, são inúmeros os edifícios com interesse histórico e arquitetónico na nossa cidade, e o futuro de cada um deve estar a ser discutido nos tempos que correm. Esquecer a preservação e protecção destes locais, juntamente com a crise económica em que estamos a entrar, é fragiliza-los. Deixar edifícios devolutos, numa sociedade em crise, e numa cidade cada vez menos vigiada, pois todas as nossas forças estão direcionadas para combater a pandemia, é deixá-los à mercê de quem os quiser vandalizar, ou até invadir. 

Reconhecemos que a prioridade será sempre a vida humana, o proteger da população. Contudo é importante estar conscientes que combater a pandemia vai muito além disso, e que existem muitos outros fatores secundários que sofrem com a pandemia e que necessitam da atenção. Durante os próximos tempos, caro leitor, fique por casa, é tudo o que lhe podemos pedir.



5 de janeiro de 2021

Crónica "Eleições Presidenciais"

 


Eleições Presidenciais


Se podemos caracterizar o ano 2020 como “atípico”, sem qualquer dúvida que o ano que se inicia é um ano de expectativas. Após a contagem decrescente, todos nós, mais ou menos supersticiosos, pensamos nos desejos para 2021 e terá havido, certamente, um comum a todos nós…a “cura” para esta pandemia que tanto nos fez valorizar os mais pequenos gestos, bem como nos privou de estar próximos de quem mais gostamos. 

Entramos neste novo ano com o pé direito e com a esperança de que será um ano positivo. Sabemos que devemos manter todos os cuidados tidos até agora, pois há ainda um longo caminho a percorrer, mas é importante que, aos poucos e com consciência, tudo volte a encontrar um ritmo de normalidade. 

Começamos o ano com um grande desafio. As Eleições Presidenciais ocorrem a 24 de Janeiro. Consideramos que estas eleições são, por si só, um grande desafio não tivessem das maiores taxas de abstenção desde o 25 de Abril. Recordamos que nas eleições de 2016 a taxa de abstenção ultrapassou os 51%, o que significa que mais de metade dos eleitores do nosso país não se deslocaram às urnas para exercer o seu direito de voto. Um fator importante a ter em conta é que tal percentagem de abstenção só foi superior à obtida em 2016 aquando da "reeleição" do Presidente da República, o que, segundo as sondagens, será o caso deste ano. Deste modo, teremos, em 2021, as Eleições Presidenciais mais exigentes até então, pois, para além da “habitual” abstenção, enfrentamos, ainda, uma pandemia que irá, certamente, afugentar os mais receosos das urnas.

Para já, a Comissão Nacional de Eleições avançou com as informações para os votos antecipados que incluem as exceções habituais como eleitores deslocados no estrangeiro, doentes ou presos, adicionando ainda a possibilidade de voto antecipado a todos os eleitores que se encontrem em confinamento obrigatório. Esta nova exceção é incluída devido à pandemia COVID19 que, acima de tudo, não deverá privar ninguém de votar. Por esse motivo, caso se veja obrigado ao confinamento, o eleitor deverá manifestar a sua intenção de voto entre os dias 14 e 17 de Janeiro. 

Quanto ao dia 24 de Janeiro, consideramos que são ainda escassas as medidas tomadas pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). A CNE informa todos os eleitores sobre a obrigatoriedade do uso de máscara, apela à desinfeção das mãos antes e depois do ato de votar, sensibiliza para a distância de segurança enquanto aguarda pela sua vez de votar e aconselha, ainda, a que cada um utilize a sua própria caneta para registar o voto. Consideramos que deverão ser tomadas mais medidas, contudo, temos a certeza de que será possível votar em segurança. Apelamos a que a pandemia não seja uma desculpa para não se exercer o direito de voto, tal como não foi um impedimento para muitos eleitores comprarem as suas prendas de Natal. Da mesma forma que foi possível aguardarem calmamente nas filas para as grandes superfícies comerciais, acreditamos que irão aguardar, também, a sua vez de votar, cumprindo todas as medidas de segurança.
As Eleições Presidenciais 2021 são o primeiro momento do ano em que poderemos mostrar como somos cidadãos ativos, que valorizamos o nosso direito de voto que tanto nos custou a ganhar. Já imaginou como seria se nos tirassem um dos mais importantes direitos que temos? No ano 2020, fomos privados da nossa liberdade…não pudemos ir onde queríamos, quando queríamos. Fomos obrigado a ficar em casa, por uma questão de superior interesse mundial. Tendo dado valor aos nossos direitos fundamentais básicos, como a liberdade de circulação, agora é hora de sabermos usar bem esse direito, para um superior interesse nacional. Devemos poder eleger um Chefe de Estado que avalie as necessidades, leia a conjuntura e tome decisões que sejam as melhores para proteger a população.

Enquanto associação juvenil apartidária, a JovemCoop acha fundamental chamar a atenção da importância de exercermos o nosso direito de voto, seja ele qual for. Não ir às urnas não é, de todo, uma manifestação de opinião, mas antes de desinteresse e desvalorização. 

Quanto a 2021, esperamos que seja um ano positivo, em que possamos pôr em prática tudo o que aprendemos com 2020 e, acima de tudo, que seja um ano de superação. Desejamos a todos os leitores que o ano que se inicia seja, acima de tudo, um ano feliz e, claro, repleto de atividades JovemCoop.