13 de janeiro de 2014

Unanimidade na defesa do complexo das Sete Fontes

Foi com enorme regozijo que na última sexta-feira a JovemCoop recebeu a notícia de que finalmente, depois de tantos anos na luta pela defesa do complexo, foi aprovada por unanimidade e aclamação a proposta da suspensão parcial do PDM de Braga, tendo como principal consequência a proteção e salvaguarda daquele que eventualmente deverá, ou deveria ser um dos principais espaços verdes e zona de lazer da cidade de Braga.

Sentimos que mais uma etapa foi alcançada nesta batalha que ao longo de todos estes anos temos vindo a travar com o poder local que estava instituído e que pouco ou nada fez pela preservação do complexo. 

Continuamos indignados por, ao longo de tantos anos, o antigo executivo camarário se ter deixado guiar por outros motivos que não os financeiros e de jogos de empreiteiros ao invés do melhoramento da qualidade de vida dos cidadãos bracarenses, da proteção do seu património e de todas as suas mais valias.

Agora que esta primeira etapa está feita, deveria o novo executivo partir com urgência para a consolidação e segurança do complexo, que, se nada for feito, poderá sofrer ainda danos irreparáveis.

Desde já mostramos também a nossa indignação pelo último ato de vandalismo perpetrado na semana passada nas Sete Fontes. 



in Correio do Minho - 12/01/2014


 
 Unanimidade na defesa do complexo das Sete Fontes

Foi aprovada por unanimidade e aclamação a proposta de suspensão parcial do PDM de Braga e consequentes medidas preventivas para protecção e salvaguarda do Sistema de Abastecimento de Água das Sete Fontes. Todas as bancadas da Assembleia Municipal foram unânimes em considerar que está dado um importante passo para a preservação da obra de engenharia hidráulica datada do século XVIII.


“É um momento histórico”, considerou João Granja em declaração de voto. O líder do grupo municipal do PSD lembrou que “até há pouco tempo isto não foi possível por vontade do PS”. Granja considerou que “não se pode deixar apagar da memória as responsabilidades nesta matéria”, num ataque aos socialistas que “ficarão para sempre amarrados às atrocidades e falta de responsabilidade com que o processo foi gerido”.
Também a CDU, pela voz de Carla Cruz em declaração de voto, apontou o dedo ao PS lembrando que há um ano, na assembleia municipal de 30 de Abril, o PS chumbou uma recomendação à câmara cujo conteúdo era semelhante aquele que antemontem foi votado.


Ainda antes da votação, a CEM saudou “vivamente” a decisão de suspensão do PDM. “É desta forma que se dá um passo em frente para o início da preservação de um bem público”.


Pelo PS foi João Nogueira a usar da palavra para dar nota de que os presidentes das três juntas com território nas Sete Fontes reuniram com o vereador Miguel Bandeira e estão a acompanhar de perto o processo de salvaguarda daquele património. “A suspensão do PDM” é o melhor caminho a seguir, admitiu o deputado municipal, que é também presidente da Junta de Gualtar.


Já Ricardo Silva, actual presidente da Junta de São Victor — que nos últimos anos teve um papel determinante na divulgação das Sete Fontes através da JovemCoop —, alertou para a necessidade de promover a consolidação e segurança do monumento. “Congratulo-me com a coragem da medida implementada que revela sensatez e o cumprimento de uma promessa”, afirmou ao plenário.


Já Henrique Castro, do CDS-PP, felicitou o executivo municipal pela suspensão do PDM e apelou a que fosse acolhida a proposta da ASPA para se homenagear Jacinta Ferreira, promotora e primeira subscritora da petição em defesa das Sete Fontes, falecida há um ano.


 http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=75385


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