5 de fevereiro de 2019

Crónica "Vamo-nos (re)apaixonar?"





Vamo-nos (re) apaixonar?

Como vem sendo tradição, a Jovemcoop dá o seu pontapé de saída anual com a iniciativa de visita às Sete Fontes e este ano não vai ser diferente, sob o mote “Apaixone-se… pelas Sete Fontes”.

Pelo quarto ano consecutivo, aproveitamos as celebrações do dia dos namorados e convidamos todos os bracarenses a virem conhecer o complexo Eco-Monumental das Sete Fontes, deixando-se envolver por tudo o que esta visita pode proporcionar.

No dia 17 de Fevereiro, com a sua cara metade, ou simplesmente com vontade individual de conhecer melhor o que a cidade tem para oferecer, venha acompanhar-nos pois iremos realizar, em parceria com a Junta de Freguesia de S. Victor, uma visita guiada àquele que é um dos ex-libris de Braga e que infelizmente carece de divulgação. Esta visita tem início às 9,30h e tem como ponto de encontro o Largo Monte d’Arcos (junto à entrada do cemitério).

Apesar de existirem vestígios de que, desde sempre, este local foi o principal responsável pelo abastecimento de água à cidade, só no séc. XVIII ganhou a forma que hoje conhecemos. Pensado por D. Rodrigo de Moura Teles, arcebispo de Braga entre 1704 e 1728, foi no entanto, no arcebispado de D. José de Bragança, mais especificamente no ano de 1741, que a sua construção se iniciou. Passados quase 278 anos desde o início da sua construção, este Monumento Nacional, ímpar no país, ainda não recebeu a valorização que lhe é devida.

O Parque Verde das Sete Fontes, que é como quem diz, o Parque da Cidade de Braga, parece ser uma das mais difíceis promessas a ser cumprida. Ano após ano, as mais variadas entidades, realizam actividades de divulgação na tentativa de sensibilizar os bracarenses a serem intervenientes ativos nesta causa política.

Vivemos numa cidade que ambiciona ser Capital Europeia da Cultura e para nós, um dos primeiros passos, passará pela criação do “Pulmão” que a cidade necessita, cruzando natureza com história de forma singular.

Mais próxima que a Capital Europeia da Cultura, está a nomeação de Braga como Melhor Destino Europeu 2019. As votações estão a decorrer até ao dia de hoje, por isso, se ainda não o fez, apresse-se a votar naquela que é a única cidade Portuguesa, entre as 20 finalistas. Muito nos devemos sentir honrados por esta nomeação, sem dúvida merecida, no entanto não nos podemos esquecer do desafio que com ela vem. Independentemente do resultado, Braga deve estar à altura das espectativas de quem a visita e um parque verde na cidade irá, sem qualquer dúvida, valorizá-la. Mas temos de estar conscientes que este tipo de “selo de qualidade” traz, com ele, um turismo de massas, que pode sobrecarregar a cidade, podendo estar não estar devidamente preparada/infraestruturada para receber milhares de turistas. A garantir este “galardão”, Braga tem de pensar se os operadores hoteleiros falam fluentemente uma ou mais línguas estrangeiras, se os nossos comerciantes sabem receber turistas e dar indicações para pontos de maior atração turística, se a varredura e higiene da cidade e o simples despejar das papeleiras do lixo estão asseguradas? E o Posto de Turismo, apesar de estar a subir nas estatísticas, já deveria ter uma outra linguagem institucional, apostando numa estratégia de comunicação mais musculada.

Desta forma, esperamos que a ambição de ser Capital Europeia da Cultura e também a nomeação para Melhor Destino Europeu 2019, sejam o “empurrão” que falta para Braga se dotar de estruturas que consubstanciem a qualidade de vida de quem cá mora e de quem nos visita. O Parque Verde das Sete Fontes será, com certeza, uma grande aposta ganhadora.

Enquanto isto não acontece, deixe-se (re)apaixonar pelas Sete Fontes, no dia 17. As inscrições são gratuitas mas obrigatórias. Contamos consigo?

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