Projetar
Braga
Caro Leitor,
Esperamos que tenha fechado 2016
com chave de ouro e que tenha entrado em 2017 com novas metas e sempre
esperando alcançar mais e melhor, pelo menos é assim que nós o desejamos.
Como todos sabemos, 2017 é ano
eleitoral, é o ano em que tudo acontece e os projetos elaborados ganham forma.
Claramente as coisas não deveriam funcionar desse modo. Vivendo numa política
ideal, os projetos seriam concretizados aos poucos, ao longo dos vários anos de
mandato. Mas, apesar de assim não o ser, entre o final de 2016 e o início de
2017 foram dados a conhecer à população alguns projetos que irão ganhar forma
neste que é um ano importante para a cidade. Se tivéssemos que definir o ano
que agora inicia numa só palavra, para nós seria o ano da Reabilitação, ou pelo
menos assim se espera. Este será um tempo de ambição onde se pretende melhorar
Braga dia após dia. Mas afinal o que vai
melhorar na cidade?
Voltando ao ano transacto, foi
apresentado à cidade o projeto de reabilitação do Parque de Exposições de
Braga. Um projeto audaz, que pretende melhorar um dos locais culturais mais
ativos da cidade. Já com a entrada em 2017 chegaram também novos projetos de requalificação.
Falamos do projeto para o novo Mercado Municipal e também da reorganização daquela
que é uma principais artérias da cidade, a Rua Nova de Santa Cruz.
Concordamos que todos estes
locais necessitavam de uma intervenção urgente, pois todos eles são centrais na
vida ativa da cidade. O Parque de Exposições, porque é um dos maiores palcos da
cidade, que acolhem inúmeros eventos e o Mercado Municipal, além de ser um
marco na história da cidade, é um dos centros de comércio da cidade, que todos
os dias se enche de mercadores que merecem trabalhar com melhores condições,
até mesmo para melhor poderem servir. No que à Rua Nova de Santa Cruz diz
respeito, essa é uma das principais artérias da cidade que une o centro
histórico à Universidade do Minho, uma rua que, além de muitas outras
alterações terá, finalmente, uma via Ciclável, para facilitar a deslocação
entre estes pontos da cidade.
Devido à elevada relevância
destes locais na vida ativa da cidade, antes de realizar os projetos para todas
estas intervenções era necessário ouvir a população. É certo que já há uma
maior abertura, por parte do executivo actual da Câmara Municipal de Braga, ao
realizar as sessões de apresentação e esclarecimento dos projetos, afinal todos
têm o direito de saber o que irá acontecer nestes espaços que são de todos.
Contudo, parece-nos mais oportuno que, para além de apresentar os projetos aos
bracarenses, se realizem sessões para ouvir o que todos têm a dizer, quais os
aspectos realmente necessários a melhorar, o que faz realmente falta numa nova
intervenção. Dar a voz aos moradores, comerciantes ou simples utentes destas
artérias ou locais é de extrema importância, pois têm o saber prático de quem
frui quotidianamente.
A comunicação entre a CMB e os bracarenses é
uma boa prática que deve continuar, mas que pode ainda ser melhorada, de forma
a tornar as intervenções mais eficazes. Um conselho que esperamos que seja
aproveitado para projetos futuros, como por exemplo o projeto do Parque Verde
das Sete Fontes. Num ano onde reabilitar é palavra de ordem, esperemos que não
se adie mais aquela que é uma das principais necessidades da cidade, um parque
verde. Assim, esperamos que, antes de nos ser apresentado o projeto do Parque
Verde das Sete Fontes, o município oiça os bracarenses e veja o que realmente
se espera daquele espaço, que tanto nos pode dar.
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