12 de julho de 2010

Diário do Património - Dia 4

08 de Julho de 2010


Hoje, dia 8, na acção promovida pela JovemCoop e pela Junta de Freguesia de S. Victor, denominada de "O Nosso Património" fomos ver a Capela de S. Victor-o-Mártir, localizada no Lugar de Passos, na zona do Areal. Diz-se que aqui terá nascido e vivido S.Victor, e que mais tarde, por se ter recusado a idolatrar os deuses romanos, foi castigado e martirizado. Separamo-nos em grupos para trabalhar e preencher a ficha de inventário sobre aquele sitio. Percebemos que nesse sítio tão especial e ligado às origens da Freguesia, a capela ali erguida está completamente ao abandono, parecendo que espera que o tempo se encarregue de a fazer cair na totalidade. Na verdade, parece estranho como a casa ao lado está recuperada e a Capela continua abandonada.

De seguida, fomos a Capela S. Victor-o-Velho para vermos como era por dentro e para sabermos melhor como é que S. Victor morreu. Nesta capela, muito bem recuperada, ainda há uma pedra onde se diz que S.Victor terá sido degolado. Aliás, dizem que a pedra tem uma tonalidade avermelhada que é o sangue do Santo que nunca mais saiu.

"Renato"

N.B.: Vou deixar aqui o historial da vida (lenda) de S.Victor para conhecimento de todos:

Reza a lenda que Victor nasceu em Passos, uma aldeia nas cercanias de Braga. Por volta do ano 312, numa manhã do mês de Abril, Victor saiu de casa e deparou-se com uma festividade em honra aos deuses Ceres e Silvano. Esta festa consistia em carregar as imagens dos deuses e sacrificar, em determinadas paragens, vários animais em honra destes.

Ao cruzar com a procissão, as pessoas diziam a Victor para participar nela, mas Victor, que apenas reconhecia um Deus, escusou-se de prestar culto àqueles ídolos romanos. Os gentios ainda tentaram coroa-lo com flores, em alusão aos deuses, mas Victor tornou a recusar, o que enfureceu as pessoas. Muito indignada com as respostas negativas de Victor, a população irritada, decidiu solicitar ao governador da cidade, chamado Sérgio, que fizesse justiça.

O Governador mandou que trouxessem Victor até si, para o poder interrogar. Os soldados levaram Victor à presença do governador Sérgio, que lhe perguntou porque renunciava às divindades, uma vez que, por ordem do Imperador, deviam ser adoradas. Mas Victor não se deixou intimidar e professou a sua fé em Deus. O governador mandou-o castigar, amarrando-o a uma árvore e açoitando-o. Voltou a perguntar-lhe porque desprezava as divindades romanas. Victor tornou a reiterar a sua fé. E, de novo, o governador mandou-o castigar, desta vez martirizando-o pelo fogo. Mas Victor não cedia, nem desistia de fazer valer a sua Fé em Deus. O governador Sérgio, mediante a convicção de Victor, desistiu e mandou que cortassem a cabeça ao jovem catecúmeno.

A sentença foi cumprida sobre uma ponte de pedra que ligava as margens do rio Este. A partir do dia em que degolaram Victor, aquele local passou a ser conhecido por “Goladas”, em alusão ao derradeiro martírio do santo.


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O seu corpo foi lançado ao pântano para ser devorado pelos animais que ali passavam. Reza a lenda que os animais nem se aproximaram do corpo em respeito ao Santo.

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