25 de julho de 2012

Pela defesa da cultura castreja

"Correio do Minho" 20/07/2012


"Diário do Minho" 20/07/2012

Ainda a propósito do evento "Povoado dos Bracaros", interessa relembrar que a cultura da Idade do Ferro, apesar de estar relativamente bem identificada, em Braga, é um período cronológico que parece não despertar grande atenção aos arqueólogos desta zona.


À margem da sessão de inauguração, foi referido, precisamente, que é necessário ter mais atenção com os sítios fortificados que se encontram em locais fora do centro da cidade, mas que são património e herança do passado.


Na maior parte das vezes, por estarem longe da vista, nem sabemos o real estado de conservação dos sítios, ou nem sempre houve capacidade para os estudar.

É um facto que parece que em Braga os vestígios arqueológicos parecem ser todos da época romana. Que valor se tem dado ao Monte de Consolação, ao Castro das Caldas, Santa Marta/Falperra, Guisande, entre outros? Porque razão o Castro Máximo foi todo arrasado, sem se preservar qualquer memória onde hoje é o Novo Estádio Municipal? E qual a relevância da cultura material? O que é que se sabe e conhece dos vestígios destes povoados?

Entre madeireiros, pedreiros, constructores e interesses imobiliários, os topos das elevações onde se encontram estes Castros estão desprotegidos e são facilmente destruídos. Basta lembrar as construções nas encostas de Sequeira/Gondizalves e Nogueiró.

Por isso se reclama maior protecção e investimento no estudo dos povoados da Idade do Ferro.


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