9 de janeiro de 2018

Crónica "Resoluções de Ano Novo"




Resoluções de Ano Novo

Caro Leitor, esperamos que tenha iniciado 2018 da melhor forma. Muito nos honraria, caso tenha decidido seguir o nosso conselho e aproveitou as resoluções de 2018 para se dedicar a alguma associação. Hoje, tal como manda a “tradição”, gostaríamos de partilhar consigo algumas daquelas que, do nosso ponto de vista, deveriam ser resoluções de ano novo para a nossa cidade.

Continuamos a desejar que o Parque Verde das Sete Fontes saia do papel e comece a ganhar forma no terreno. Cada vez são mais escassas as visitas, por parte do Município, a este Monumento Nacional. Terão as Sete Fontes caído no esquecimento após o restauro das Mães de Água, em 2014? Esperamos estar completamente enganados e que 2018 seja um ano marcante na preservação, mas acima de tudo, na valorização deste local tão especial para a cidade.

A Casa das Convertidas, classificada como Imóvel de Interesse Público, continua a ter as suas portas fechadas, abrindo a magnífica capela com o seu retábulo do século XVIII apenas nos dias da sua padroeira. Parece-nos pouco ambicioso, termos o Recolhimento de Santa Maria Madalena, que outrora era tão cheio de vida, de portas fechadas, escondendo o valioso legado que está dentro daquelas paredes. Infelizmente, as Convertidas não são um caso isolado, pois a Saboaria e Perfumaria Confiança já viveu dias mais auspiciosos aquando a comemoração dos seus 120 anos, realizada pelos atuais dirigentes da cidade. Agora, ambos os edifícios veem no seu futuro grandes incógnitas. Será que 2018 reserva um final feliz para estas peças centrais do património na cidade, atribuindo-lhes os destinos que ambos os imóveis merecem?

Um exemplo feliz de requalificação e valorização é o edifício GNRation, um local que começa a definir a sua identidade afirmando-se numa cultura alternativa com algumas exposições e concertos. Mas, a par de tudo isso, é fundamental abrir as portas do antigo quartel da GNR atraindo a atenção dos bracarenses para o interior deste imóvel, pois são muitos os que desconhecem a vida daquele espaço. Talvez este ano, com a chegada da Capital Europeia do Desporto (CED’18), haja uma maior facilidade em levar os bracarenses a entrar no edifício e conhecer o que tanto tem para oferecer.

Esperamos que 2018 nos faça lembrar o incomparável ano de 2012, onde celebrámos a Capital Europeia da Juventude. A CEJ’12 teve uma grande conquista no que à envolvência associativa diz respeito, foram 365 dias com uma Braga ativa e participativa. Talvez grande parte do sucesso da CEJ’12 tenha sido, também, a exploração das várias vertentes da “juventude”, desde atividades mais pedagógicas, até desportivas atraindo assim jovens de todas as idades. Acreditamos que também a CED’18 não se ficará apenas por competições profissionais, como o futebol, nem por atividades físicas como a corrida, mas que irá explorar o desporto nas suas mais diversas formas, por exemplo a nível da saúde e até a sua ligação com a educação, pois ser CED’18 é muito mais do que acolher competições que já existem, é criar a nossa marca. Esperamos que este ano não se reflita na CIAJ’16 que pouco se sentiu na cidade, mas que deixe um legado que se estenderá para lá de 2018, pois essa será a principal vantagem.

Tendo a cidade a vida associativa que tanto ambicionou, é tempo de cumprir a promessa de uma Casa Associativa, talvez no edifício Francisco Sanches, com sede para muitas associações que, como a JovemCoop, não têm onde se instalar o que acaba por comprometer, em parte, o desenvolvimento de atividades.


Em suma, esperamos que 2018 seja o ano do Desporto, mas também o ano da Ação, pois, caro leitor, se recordar a nossa crónica de 2015 verá que, infelizmente, os desejos para a cidade se repetem pois nada foi feito no que a estes assuntos diz respeito. Um Bom Ano para si e para os seus são os votos da JovemCoop.