22 de abril de 2013

Salão Egípcio: Urgente Intervenção Preventiva


"Diário do Minho" 21/04/2013
 
JovemCoop e Braga+ visitaram o Salão Egípcio

A partir da iniciativa de Fernando Mendes e de Leonardo Rodrigues, as portas do nº9 da Rua de Souto voltaram a abrir-se, permitindo, a quase centena e meia de pessoas, conhecer e visitar o famoso Salão Egípcio.

O edifício onde se situava o antigo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio contem um dos maiores ex-libris bracarenses, no que toca a pinturas parietais.
As pinturas nas paredes ilustram motivos egípcios com faraós, divindades, escravos, carros e cavalos, bem como hieróglifos que nos transportam para uma outra realidade.

O estado de conservação é crítico e esta sala merecia melhor sorte, já que além da curiosidade que desperta aos bracarenses, seria, com certeza, um ícone de atracção turística.

Ficamos a saber, durante esta visita, que o levantamento das neecssidade ao nível das pinturas já foi efectuado e está orçado em 70.000€, além de que quem adquirir o imóvel terá de recuperar obrigatoriamente esta divisão, na sua traçada original.

Após a visita ficámos com a ideia da urgente necessidade de se estancar as infiltrações de água, que neste momento põe em perigo as figuras egípcias.

Agradecemos a possibilidade que nos foi concedidaem visitar o Salão Egípcio e ficaremos atento a este imóvel.

Falando de tesouros por descobrir, recomendamos a leitura do artigo do Público, datado de 11/06/2012, da autoria de Samuel Silva.


DIMS_Caminhada/Visita às Sete Fontes

"Diário do Minho" 21/04/2013

Foto de Grupo em frente à Mãe d'Água do Dr. Alvim (de cima)

Na sequência do debate promovido pela Braga+ e JovemCoop, ficou estabelecido visitar as Sete Fontes, dando continuidade às celebrações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.

A visita realizou no Sábado, dia 20 e contou com cerca de uma centena de pessoas, muitas delas a "entrar", pela primeira vez, no Complexo Monumental das Sete Fontes.

Esta iniciativa teve o ponto de início no Largo da Senhora-a-Branca, seguiu o trajecto da Via romana XVII (Rua S.Victor), desviou pela Rua de S. Domingos e continuou pelo traçado da Via romana XVIII (Geira). Fez parte desta actividade paragem na Capela de S. Victor-o-Mártir, no Lugar de Passos, relembrando a História do martírio de S.Victor, que terá nascido e cruzado, naquele local, com um cortejo a deuses romanos.

Chegados às Sete Fontes, os participantes puderam ouvir a contextualização histórica do monumento, visitaram as galerias subterrâneas, assistiram ao nascimento da água e puderam usufruir de um belíssimo local verde.

Dos comentários mais frequentes, ouvia-se repetidamente: "como é possível deixar isto ao abandono ou quererem destruir?" ou "quando é que fazem das Sete Fontes um parque verde para a cidade?".

A acompanhar a visita esteve o Vereador do Urbanismo da CMB, Arq.to Hugo Pires que, no fim da caminhada e da visita às galerias, saudou os participantes e agradeceu a força da cidadania por mostrarem outras opções ao executivo camarário, reforçando a ideia da não construção da variante à E.N.103. Esta breve declaração arrancou uma salva de palmas dos participantes.



Sete Fontes: CMB desiste da Construção de Variante

"Diário do Minho" 20/04/2013

A Câmara Municipal de Braga desistiu da construção de uma variante, na qual estava prevista a passagem sobre os terrenos onde assenta o complexo eco-monumental das Sete Fontes.
Esta ideia foi defendida pelo vereador responsável pelo pelouro do urbanismo, Hugo Pires, intervindo como convidado em mais um debate público promovido, na passada quinta-feira, pelas associações JovemCoop e Braga +, que tinha como tema o monumento que mais mobilizou os bracarenses no último século.
«Posso garantir que a variante de acesso à Estrada Nacional 103 não vai passar pelas Sete Fontes», afirmou este responsável, completando que «se não houver alternativa» a este traçado, o projeto poderá mesmo «ser abandonado».
 
Hugo Pires: «Se fosse hoje estaria mal permitir a construção nas Sete Fontes»
Salientando que a intenção da autarquia é «impermeabilizar o menos possível o solo das Sete Fontes», o vereador que assumiu, desde 2009, a pasta do urbanismo não conseguiu garantir que não haverá mais construções nos terrenos onde assenta as Sete Fontes.
«Estamos empenhados em reduzir ao máximo a capacidade construtiva», asseverou, perante as muitas questões que lhe foram endereçadas.
Num debate que lotou o auditório da Junta de Freguesia de S. Victor, Hugo Pires confessou ainda que a autarquia «esteve mal» ao permitir a urbanização naqueles terrenos, ocorrida aquando da revisão do Plano Director Municipal em 2001.
«Hoje, à luz do que sabemos hoje, penso que era desnecessário», admitiu, reconhecendo publicamente, pela primeira vez, o erro da autarquia na classificação dos terrenos das Sete Fontes como solo urbanizável.
Este responsável autárquico aproveitou ainda a oportunidade para anunciar a intenção da Câmara Municipal de Braga em adjudicar quatro grandes áreas verdes na zona urbana, nomeadamente criando um parque verde nas Sete Fontes e um outro, que está em estudo, «entre Lomar e Ferreiros».

Firmino Marques: «Não pode haver inocentes na questão das Sete Fontes»
Um dos nomes mais sonantes pela preservação das Sete Fontes, Firmino Marques, foi também interveniente na mesa de discussão de um debate moderado pelo coordenador-geral da JovemCoop, Ricardo Silva.
Para o presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, o ano de 2001 «foi um momento chave para as Sete Fontes», salientando que foi«gravíssima a classificação dos terrenos das Sete Fontes como área urbanizável».
«Não pode haver inocentes na questão do desenvolvimento»,atirou, deixando no ar uma crítica implícita à ação do executivo municipal.
O autarca recordou ainda que assumiu o policiamento do monumento, «sem ter essa competência», dada a «negligência» a que estava votado.
«Não sou um extremista das Sete Fontes, como alguns dizem. Sou um extremista de Braga e dos bons costumes», referiu ainda.
Firmino Marques defendeu também a necessidade de homenagear José Moreira, «um dos rostos pela defesa das Sete Fontes», que a Câmara Municipal de Braga tem rejeitado memorar.

Miguel Bandeira: «Trocava 10 Confianças pela reabilitação das Sete Fontes»
Convidado também para este debate, Miguel Bandeira, representante da ASPA, lamentou o facto das Sete Fontes «continuarem a aguardar proteção», estando sujeitas a «poluição», «vandalismo» e «evidente degradação».
«Quem representa o interesse público deve tomar a dianteira na proteção e salvaguarda deste monumento», sublinhou, recordando que se trata de «um património que pertence a todos».
O geógrafo da Universidade do Minho fez questão de sublinhar, diversas vezes, os 18 anos passados desde o primeiro alerta dado em relação ao monumento.
«O grande problema é estarmos todos de acordo», referiu, mostrando a sua perplexidade pelo facto de as Sete Fontes estarem «cada vez pior» apesar desta unanimidade.
«Eu trocava 10 fábricas Confianças em troca da reabilitação das Sete Fontes», acrescentou.
No início do debate público, realizado no mesmo dia em que se assinalava o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, Miguel Bandeira foi agraciado com o título de sócio honorário da Braga +.

Isabel Caldeira: «As Sete Fontes não podem esperar por decisões políticas»
Na qualidade de representante do movimento cívico dos peticionários pela salvaguarda das Sete Fontes, Isabel Caldeira lamentou o facto do processo das Sete Fontes não se apresentar como «transparente» aos olhos dos cidadãos.
«Se fosse um processo transparente, não deveriam ser colocadas as questões num debate público, mas olho no olho com as entidades implicadas na proteção das Sete Fontes», referiu.
Contradizendo a ideia veiculada por Hugo Pires de que a autarquia sempre quis proteger o monumento, a representante dos peticionários, que em 2010 conseguiram reunir cerca de seis mil assinaturas pela salvaguarda do monumento, expôs um relatório no qual a Câmara Municipal de Braga admitia que «outros objetivos transcendem a importância do próprio monumento».
Para Isabel Caldeira, «as Sete Fontes não podem esperar por mais decisões políticas», sublinhando que os cidadãos já estão «fartos» de«incêndios», «abates de árvores», «poluição» e «ameaças à integridade do monumento».

Interveniente neste debate, na qualidade de participante, foi Carlos Almeida, candidato da CDU à Câmara Municipal de Braga, que recordou que «o parque verde das Sete Fontes já esteve orçamentado e nunca foi feito».
Reconhecendo que «há culpas da Administração Central» quanto ao atual estado de conservação das Sete Fontes, o deputado municipal aproveitou a sua intervenção para sublinhar que «entre 1995 e 2001 o governo era socialista e nada foi feito».
Já para a vereadora do ambiente, Ilda Carneiro, os serviços camarários «têm prestado todo o auxílio possível à limpeza e manutenção das Sete Fontes», reconhecendo que os proprietários dos terrenos já foram notificados acerca da necessidade de efetuar a limpeza periódica dos espaços.
Intervindo também como participante no debate, Ricardo Rio preferiu sublinhar a «incoerência» da autarquia quanto ao anúncio de novos espaços verdes na cidade, recordando os «largos hectares de relvados sintéticos» construídos no município, em detrimento da construção de parques.
«Se o atual executivo sempre quis proteger as Sete Fontes, como veio hoje dizer, então porque até agora tinha a pretensão de construir uma variante que iria colocar em risco o monumento?», questionou ainda o líder da oposição camarária e candidato às próximas eleições autárquicas.
 
in "bragamais.blogspot.com"

"JN 20/04/2013

"Publico 20/04/2013

RUM 19/04/2013

Bravos da Boa Luz percorrem a Braga de D. Diogo de Sousa

Convite da Associação "Bravos da Boa Luz"

"Diário do Minho" 17/04/2013

A Associação Cultural e Recreativa "Os Bravos da Boa Luz", instituição muito conhecida em Braga pelo retomar da tradição das Marchas de Santo António, vai realizar, com o apoio da JovemCoop e Braga+, um Percurso pela Braga do tempo do Arcebispo D. Diogo de Sousa.

Esta iniciativa, denominada "À Descoberta da Nossa Terra", visa descobrir os traços urbanos edificados à época de D. Diogo de Sousa. A visita terá o acompanhamento guiado por Rui Ferreira e alguns apontamentos de Ricardo Silva, numa parceria entre a História e a Arqueologia.

Este percurso é aberto ao público, em geral e será realizado no dia 25 de Abril, com ponto de encontro às 09h30, no Arco da Porta Nova.


19 de abril de 2013

O debate do ano - as melhores notícias para as Sete Fontes

Debate "Dia Mundial das Sete Fontes" realizou-se na sede da Junta de Freguesia de S. Victor


No âmbito do compromisso de potenciar o diálogo sobre temas de importância para a cidade, a JovemCoop e a Braga+ realizaram um debate sobre as Sete Fontes. 

Celebrando o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, realizou-se, no dia 18, na sede da Junta de Freguesia de S.Victor um debate alusivo ao passado, presente e futuro das Sete Fontes!

Presentes no debate estiveram o Arq.to Hugo Pires, vereador da CMB, Dr. Firmino Marques, Presidente da Junta de Freguesia de S.Victor, Prof. Miguel Bandeira, da ASPA e Arq.ta Isabel Caldeira, representando os Peticionários. 

A Câmara Municipal de Braga desistiu da construção de uma variante, na qual estava prevista a passagem sobre os terrenos onde assenta o complexo eco-monumental das Sete Fontes.
Esta ideia foi defendida pelo vereador responsável pelo pelouro do urbanismo, Hugo Pires,
Salientando que a intenção da autarquia é «impermeabilizar o menos possível o solo das Sete Fontes», o vereador que assumiu, desde 2009, a pasta do urbanismo não conseguiu garantir que não haverá mais construções nos terrenos onde assenta as Sete Fontes
«Estamos empenhados em reduzir ao máximo a capacidade construtiva», asseverou, perante as muitas questões que lhe foram endereçadas.
Para o presidente da Junta de Freguesia de S. Victor, o ano de 2001 «foi um momento chave para as Sete Fontes», salientando que foi «gravíssima a classificação dos terrenos das Sete Fontes como área urbanizável».
«Não pode haver inocentes na questão do desenvolvimento», atirou, deixando no ar uma crítica implícita à ação do executivo municipal.

Pelo elevado grau de discussão e pelas promessas assumidas, acreditamos, cada vez mais, na importância destas conversas abertas. 

Na sequência do debate público, esta manhã vai ser promovida uma visita guiada às Sete Fontes, com início marcado para as 09h30 no largo da Senhora-a-Branca.


18 de abril de 2013

Assim falamos de Património

Esta conversa informal teve lugar no Estaleiro Cultural Velha-a-Branca

Ao longo de quase duas hora, o Estaleiro Cultural Velha-a-Branca acolheu a iniciativa conjunta da JovemCoop e Braga+ "Vamos falar de Património".

A convidada, a Professora Paz Benito del Pozo da Universidad de Leon, especialista em Património Industrial, partilhou a sua experiência e visão no que toca à recuperação de antigas fábricas e/ou pólos industriais, que representam, hoje em dia, um conjunto significativo do património das cidades.

A sua recuperação, a forma como pode ser intervencionado o edifício ou local, a lei e o sentimento de valorização e pertença de uma comunidade foram alguns dos tópicos abordados pela Professora Paz del Pozo, numa conversa moderada pelo Professor Miguel Bandeira.

A Fábrica Confiança, por ser um ícone expressivo do Património Industrial de Braga, foi o caso mais recorrente desta conversa, traçando paralelos com a Fábrica de Couros, em Guimarães.

A conclusão mais significativa desta conversa é que os cidadãos são os agentes e instrumentos mais fortes e poderosos para ajudar a redefinir a recuperação dos imóveis históricos industriais de uma cidade.

A todos os participantes o nosso muito obrigado!





16 de abril de 2013

DIMS: Sete Fontes em debate

2 actividades para celebrar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
 
"Diário do Minho" 16/04/2013
 

Vamos falar de Património - Paz del Pozo


"Encontro/conversa para falar sobre Património"

Esta quarta-feira, dia 17, pelas 19h00, a JovemCoop e a Braga + vão promover uma tertúlia/conversa informal com Paz del Pozo, Professora da Universidade de Léon, especialista na área do património industrial, por especial convite do Prof. Miguel Bandeira.

Este encontro, em forma de conversa servirá para partilhar experiências, falar de formas de actuação, entre outros assuntos.

Esta iniciativa vai decorrer na Velha-a-Branca e, dada a proximidade com o evento, gostaríamos de convidar todos os interessados nesta temática a participarem.

Porque nunca é demais falar de património!


Crónica A Voz à Juventude (19) Braga que corre mundo

"Correio do Minho" 16/04/2013
 

Braga que corre mundo

Li, há pouco tempo, no blogue Braga Maior, o post “A Braga que correu mundo”, dedicado a uma célebre gravura, do Séc. XVIII, que representa o Largo do Paço e que, frequentemente, vemos reproduzida nos locais mais insuspeitos e que, por banalidade, nos habituamos a passar por ela, sem saber as suas origens ou mesmo sem saber o que representa.

A primeira curiosidade desta gravura é que apresenta uma “cerca” em torno do Chafariz do Largo do Paço, algo que hoje não existe. Alguns investigadores afirmaram que esse murete nunca existiu, sendo um “acrescento” imaginativo do autor da gravura.

Felizmente, a nossa História está sempre pronta a ser reescrita, sobretudo por investigadores autodidatas, curiosos e amantes do passado. As redes sociais facilitam a disseminação dos elementos que vão surgindo. Um amigo partilhou, há pouco tempo, no facebook, uma imagem a preto e branco, bastante antiga, do Largo do Paço, onde ainda era possível ver esse murete. E assim, repôs-se um elemento da nossa história, desconhecida por muitos.

A segunda curiosidade desta imagem é que figurou no verso das notas de 500 escudos, entre os anos de 1981 e 1990. Verdadeiramente, esta imagem viajou por todo o país e, provavelmente, espalhou a imagem de Braga pelo mundo. Na parte da frente da nota, reproduzia-se o Mapa de Braun, outro documento histórico, de 1596, conhecido do grande público por, à semelhança da imagem do Largo do Paço, estar habitualmente afixado em estabelecimentos comerciais, habitações, escritórios, etc.

Este Mapa, que muitos associam à Braga do Arcebispo D. Diogo de Sousa, foi concebido à época de D. Frei Agostinho de Jesus, prelado de Braga entre 1588-1609, algo de que apenas me dei conta ao ler o blogue Braga Maior.

A par da imagem do Mapa de Braun, na nota de 500 escudos figurava o vulto de Francisco Sanches, personalidade do Renascimento, que terá sido batizado na Igreja de S. João do Souto em 1551.

Durante toda a sua infância viveu em Braga, na Rua do Souto. Frequentou o colégio bracarense de S. Paulo e foi aqui que tomou contacto com as primeiras fontes de conhecimento do homem e do mundo.
Ainda em tenra idade abandonou a cidade, partindo com o seu pai para França. Por volta de 1569, viajou para Itália, onde viveu alguns anos e formou-se em Filosofia e Medicina (indissociáveis no despontar do Renascimento).
Quando regressou a França, recebeu todos os graus académicos, na Faculdade de Medicina de Montpellier, desenvolvendo trabalhos noutras áreas científicas.

É no Largo S. João do Souto que a sociedade Bracarense presta homenagem a Francisco Sanches a partir de uma estátua.

Importa, pois, refletir que a emigração de potenciais quadros de valor não é um fenómeno da atualidade. Mas é certo que num período tão difícil para a conjuntura portuguesa, constitui-se, como desafio, travar a desmesurada fuga de “cérebros” nacionais para o estrangeiro, apostando, também na qualidade de ensino.

Afinal, Francisco Sanches deixou o seu nome legado a uma Escola que este ano celebra 40 anos de ensino. Aqui fica uma singela homenagem ao corpo docente, auxiliares e demais funcionários pelo empenho que depositam na instrução de uma nova geração.
Braga poderá voltar a correr mundo, não só através de gravuras, mas sobretudo pelos trabalhos que os alunos de hoje desenvolverão amanhã.

Convém realçar que as notas de 500 escudos foram um fantástico cartão de visita à nossa cidade, pelo que urge investir numa ação publicitária que provoque vontade aos turistas de conhecer a nossa cidade, o seu património e a sua cultura.

E porque falamos de património, convido o amigo leitor a estar presente no debate sobre as Sete Fontes que ocorrerá no próximo dia 18 (5ª feira), às 21h15, na Junta de Freguesia de S. Victor.


15 de abril de 2013

Trilhos Bragueses (12) - A Praça do Município

"Diário do Minho" 15/04/2013

Os Trilhos Bragueses desta semana fazem-nos percorrer a História da Praça do Município, provavelmente a praça mais barroca de Braga!

O texto de Rui Ferreira evidencia o tempo em que este local era designado por Campo dos Touros, passando pela (sempre) influência dos arcebispos de Braga na sua trabsformação, lembrando até que este sítio já serviu de mercado.

Para ler, com muita atenção!!!


Oportunidade Única: Visita ao Salão Egípcio

Oportunidade Única para conhecer este fabuloso local

Os grandes amigos do Património de Braga, Fernando Mendes e Leonardo Rodrigues, conseguiram autorização para promover uma visita ao Salão Egípcio, património de excepção na cidade de Braga.

E é uma oportunidade única, tendo em conta que este imóvel está fechado há muitos anos e sem que haja uma vontade do município ou de iniciativa privada em preservar e tornar fruível ao público este local.

Não é para ver o Salão Egípcio em fotografia, é mesmo para conhecer o seu interior.

O Salão Egípcio, com motivos alusivos ao mundo egípcio, ainda hoje sobrevive ao abandono e à recusa da Assembleia Municipal em promover este local a património de interesse municipal. A sua beleza é caso singular em Braga e poderia ser um factor de atracção na Rua do Souto.

A não perder, Sábado, dia 20, ponto de encontro às 15h no Largo do Paço!!!

Exposição Fotográfica - Salão Egípcio e Atheneu Comercial

Uma nova oportunidade para conhecer dois espaços de Braga, outrora emblemáticos

No próximo dia 27 de Abril, será inauguração a exposição "BRAGA - Preservar e Reviver é conservar a memória de Braga", uma iniciativa com o cunho dos amigos Fernando Mendes e Luis Machado.

Esta exposição convida os bracarenses a "visitar" ou a conhecer dois locais únicos em Braga, que por menosprezo ao património e à história de Braga, foram votados ao abandono.

O Atheneu Comercial, centro cívico do antigamente, situava-se na Rua dos Chãos e foi completamente destruído. A exposição permite conhecer o interior deste belíssimo salão e algumas das actividades que lá eram promovidas.

O Salão Egípcio, com motivos alusivos ao mundo egípcio, ainda hoje sobrevive ao abandono e à recusa da Assembleia Municipal em promover este local a património de interesse municipal. A sua beleza é caso singular em Braga e poderia ser um factor de atracção na Rua do Souto.

A exposição "BRAGA - Preservar e Reviver é conservar a memória de Braga" estará patente na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, situada na Rua de S. Paulo, até ao dia 30 de Maio.

À semelhança da exposição realizada em Janeiro, expressamos aqui, aos autores, os nossos parabéns pela iniciativa, desejando que esta exposição seja o início de um amplo momento de reflexão e discussão sobre o património, o turismo, a memória e identidade da nossa cidade. 




Sarau de Artes Marciais-Divulgação

Actividade desportiva com um objectivo social

No âmbito da realização das provas de aptidão finais do curso tecnológico de desporto da Escola Secundária de Carlos Amarante, vai ser realizada uma “Semana e Sarau de Artes Marciais”, iniciativa coordenada pela aluna e cooperante Tânia Freitas.
 
A atividade será realizada entre os dias 15 e 20 de abril. De 15 a 19 de abril, os alunos da Escola Secundária Carlos Amarante contactarão com diversas artes marciais, tais como Capoeira, Taekwondo, Boxe, Kickboxing e Wing Tsun. Para finalizar esta ação desportiva, a semana será encerrada, no dia 20 (sábado), pelas 21h.00, no Pavilhão das Goladas, com um grande sarau onde atuarão todas as artes envolvidas, realizando uma demonstração aberta a todo o público.
 
Para além da divulgação de todas estas atividades desportivas, esta ação pretende angariar bens alimentares para apoiar a ação social da Junta de Freguesia de S. Vítor, pelo que será pedido ao público em geral que se associe a esta iniciativa, fazendo-se acompanhar de um bem alimentar.
 
Todos os contributos serão bem recebidos.
 

11 de abril de 2013

Sete Fontes: Debate dia 18 e Visita dia 20

Vamos debater as Sete Fontes, no próximo dia 18 e conhecer o seu interior no dia 20
 
As inscrições são apenas para a caminhada!!! (mas sugerimos que participem no debate)

Convertidas: Um Sinal de Abertura

"Diário do Minho" 11/04/2013

Apesar desta hipótese, que vem hoje publicada nos jornais, já ter sido anteriormente avançada, este reiterar de posições pode ser bom para a recuperação da Casa das Convertidas.

Caso, de facto, o Ministério da Administração Interna ceda a Casa das Convertidas à CMB, esperamos que haja um bom projecto de recuperação do edificado, apesar de estarmos conscientes das dificuldades em adaptar o imóvel à fruição pública a partir das condicionantes legais da actualidade.

Mas o nosso maior desejo é que esta vontade do Senhor Presidente do Município de Braga seja legítima, por acreditar que os jovens, e demais utentes que visitam Braga, precisam de uma Pousada condigna e que pretende, na realidade, preservar um edificado histórico.
Esperamos que, por detrás desta pretensão vinda a público, não haja intenções ocultas, envolvendo terrenos, negócios e beneficiários particulares.
Que este processo e projecto seja transparente, correcto e benéfico para a cidade (de região) de Braga.

Com certeza que os amigos do património, e as associações que se envolveram na "luta" pela recuperação deste edifício, continuarão atentas!!!

Turismo de Braga: em crescimento

"Diário do Minho" 09/04/2013

Uma excelente notícia para Braga, reiterando aquela que tem sido uma das ideias veículadas pela JovemCoop...o Turismo é um sector económico em crescimento, o qual a cidade de Braga tem sentido esse reflexo.

Uma vez que os números estão a solidificar, mas porque podem não ser sinónimo de qualidade, relembramos o que, do nosso ponto de vista, pode ser acrescentado para melhorar a oferta turística em Braga, a partir do texto da cooperante Inês Barbosa (publicado neste blogue a 18/07/2013)

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"É certo e sabido que um dos grandes problemas do sector turístico é a sazonalidade. Facto que pode ser resolvido quando uma cidade se mune de uma oferta diversificada que abrange vários tipos de mercados em diferentes alturas do ano. Ora esta resolução da sazonalidade aliada com a mais-valia que é o sector turístico para a empregabilidade, aumentaria os postos de trabalho e reduzia-lhes a precariedade.

Partindo desta premissa, aquilo que é necessário, e que já há muito vem sendo dito e discutido, é a necessidade em apostar num turismo em que todos os recursos sejam aproveitados da forma mais correcta. No caso de Braga em particular, o turismo tem sido um sector subaproveitado e que ainda tem muitas cartas para dar, podendo com toda a certeza ser uma mais-valia para uma cidade, que tantos recursos tem, que esperam apenas, por parte das entidades responsáveis públicas e privadas, uma forma de se tornarem úteis.

Publicada no dia 11 do mês transacto, no jornal "Público", uma notícia com o título "
Braga ainda guarda muitos tesouros que o público não pode ver", denuncia o descontentamento dos turistas estrangeiros que visitam a cidade de Braga. Cada vez mais turistas são confrontados com os monumentos fechados que para poderem ser visitados são necessárias autorizações especiais. Esta situação já há muito que vem sendo alertada pela população local e chega-nos agora um alerta dos turistas estrangeiros, aqueles que devemos ser capazes de chamar e de preservar na nossa cidade.

Ora não seria uma desilusão completa despendermos tempo e dinheiro para visitar um local, com a maior das expectativas e quando lá se chega dar literalmente com o nariz na porta? É o que acontece a vários visitantes na cidade de Braga que se vêem proibidos de visitar um património que é de todos e que a todos deve estar acessível.

Pelo que se dá a perceber na notícia, um dos problemas da abertura destes locais ao público é a falta de pessoal e a falta de recursos. Com certeza que a falta de pessoal não será um assunto complicado de resolver, assumindo que estamos a atravessar uma crise de empregabilidade em que anualmente saem milhares de licenciados de todas as universidade de todo o país e entre estes, centenas são aqueles que saem de cursos ligados ao sector turístico com vontade e acima de tudo necessidade de trabalhar e que viam um dos seus problemas resolvidos com estas propostas de emprego. Problema seria, sim, pagar os ordenados a este pessoal. Mas como em todos os problemas, quando há vontade, de uma forma ou de outra estes são resolvidos. E uma boa forma de resolver este problema em particular seria a cobrança de bilhetes à entrada dos monumentos, algo que teria de ser bem discutido e avaliado no caso de igrejas que abram as suas portas para a celebração da Eucaristia e que com certeza não iria ter objecção por parte dos visitantes, que asseguradamente preferem um bom investimento mesmo que maior do que um investimento "furado".

Há uma grande necessidade de manter os turistas o máximo de tempo possível na cidade que visitam de forma a gerar mais dormidas e maiores lucros. Não será surpresa nenhuma que Braga veja os seus números a aumentar se ao mesmo tempo aumentar o número de monumentos abertos ao público.

Mas não chega apenas tê-los abertos, é impreterível que estes sejam acessíveis e que sejam "abastecidos" de informação que possibilite a sua leitura e conhecimento. Neste seguimento, é necessária esta prática, não só em locais que possam vir a abrir como igualmente em locais que estejam já abertos, pois uma das queixas que consta no reportório dos turistas que vêm a Braga é a falta de informação. Esta reclamação vem provar a falta de capacidade que o Posto de Turismo de Braga tem para responder e corresponder às necessidades dos turistas. É inadmissível que o Posto de Turismo de Braga feche em alturas que são essenciais e uma coisa deve ficar presente no pensamento de quem a estas profissões se submete: o sector turístico exige horários completamente diferentes dos "normais"; os horários têm necessariamente de se adaptar às necessidades do público que estamos a servir, correndo o risco de o perder caso isto não aconteça.

Outro ponto fraco da gestão do turismo na cidade de Braga é o parco aproveitamento das tradições que dela fazem parte. Destaque particular para o folclore que é sem dúvida subaproveitado no que toca ao seu contributo para o turismo, caso que nos obriga a fazer referência a Viana do Castelo que faz, e muito bem, do folclore e das tradições a sua imagem de marca. Em jeito de exemplo, um dos maiores símbolos da cidade de Viana do Castelo é o tão conhecido casal tradicional "Manel e Maria" que pode ser encontrado "aos pontapés" nas lojas de lembranças da cidade em "todos os jeitos e feitios" e tamanhos. Ora, na cidade de Braga podemos encontrar vários galos de Barcelos, vários "Maneis e Marias" de todos os tamanhos e em todos os materiais que servem utilidades várias (porta-chaves, bibelôs, etc.), mas o mesmo não acontece com um dos maiores símbolos de Braga, o farricoco. O farricoco, o símbolo da Semana Santa de Braga, parece ser difícil de encontrar como simples porta-chaves de pano ou adereço para uma capa académica (como acontece com o "Manel e a Maria" em Viana do Castelo). Sendo um símbolo da cidade, ou que deveria ser, merecia uma maior aposta e diversidade na sua comercialização. E este é apenas um exemplo entre muitos.

Ainda referenciando outra notícia,
esta do dia de hoje, destacada no "Jornal de Notícias" realça o contributo da Capital Europeia da Juventude em 40% no crescimento do turismo da cidade. Estes números são uma prova de que se existir oferta a procura tenderá a aumentar consequentemente. Um maior número de actividades e mais diversificadas é com toda a certeza uma boa aposta por parte da cidade e dos seus responsáveis.

Para finalizar, um dos pontos que, embora destacado em último lugar, não deixa de ser de extrema importância para o turismo é a promoção e divulgação da cidade nos meios adequados e que abranja a um público alargado. Ainda que muitas vezes a cidade de Braga seja mais conhecida por parte da população visitante do que pela população local, o que não deixa de ser um acontecimento infeliz, é importante que se invista numa boa promoção e divulgação original, que capte todas as atenções dos turistas e que realce todas as valências da cidade e do que esta tem para oferecer.

Fazendo uma suma do conteúdo e para que nada seja perdido, é fundamental:

- A valorização dos recursos da cidade e que estes se tornem acessíveis;

- Uma diversificação da oferta que poderá ser conseguida através do ponto anterior;

- Um maior apreço pelo património cultural e natural da cidade que é de valor incontestável para o turismo de Braga;

- Um aproveitamento e valorização das tradições da cidade que em muito podem contribuir para o aumento da qualidade do turismo da cidade (como por exemplo em lembranças, os ditos souvenirs ou em actividades temáticas);

- Um melhor funcionamento e melhores competências no Posto de Turismo de Braga;

- Uma aposta na qualidade e quantidade de informação dos monumentos da cidade;

- Criatividade, originalidade, diferenciação, transparência e responsabilidade por partes dos organismos responsáveis pelo turismo da cidade de Braga;

- Maior divulgação e promoção da cidade no estrangeiro e no país.

O que temos não é mais do que riqueza em bruto à espera de ser transformada num tesouro de valor incalculável. Com certeza, só teremos a ganhar com investimentos inteligentes, pelo que é preciso começar a exercitar e mudar mentalidades e sensibilizar as entidades responsáveis para a importância do património material e imaterial (que é muitas vezes descorado na cidade de Braga) em aliança com o sector do turismo."


Inês Barbosa


Programa da AGRO: A agricultura é o futuro


A AGRO - Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação tem vindo, nos últimos anos, a recuperar a postura amorfa e isolada em que tinha mergulhado.

Felizmente, fruto de um maior dinamismo do director do PEB e, provavelmente devido à conjuntura económico-financeira, a agricultura tem sido um sector mais propício a investimentos, reflectindo uma enorme melhoria nesta Feira Internacional.

Por ter sido, no passado, um dos maiores eventos de Braga e por, no presente, querer recuperar esse proragonismo, deixamos aqui, para os nossos leitores, o programa para os próximos quatro dias da AGRO.

Recomendamos, ainda, a leitura do artigo de Rui Ferreira, no Blog Braga Maior, sobre a AGRO.

8 de abril de 2013

Sete Fontes-CMB adjudica trabalhos arqueológicos


Ficamos a saber que na passada Sexta-feira, dia 05 de Abril, o Município de Braga terá celebrado um contrato de aquisição de serviços, com a Universidade do Minho, através da sua Unidade de Arqueologia, para " Aquisição da prestação de serviços de execução de trabalhos arqueológicos de levantamento e sondagens  a efectuar no Sistema Hidráulico das Sete Fontes e na área do Plano de Pormenor das Sete Fontes, Braga".

Por um lado, esta notícia é satisfatória, por dar cumprimento a uma sugestão lançada por nós (e, por certo, por mais entidades) para que se promovessem, nas Sete Fontes, estudos arqueológicos.

Por outro lado, ficamos com uma preocupação redobrada, porque o contrato afirma que os estudos serão realizados nas Sete Fontes e na área do Plano de Pormenor. 

Pelo exposto, fica por esclarecer, qual é a área do Plano de Pormenor? Já está definida? Ou serão os estudos arqueológicos a definir, isto é, a ditar a circunscrição do PP mediante achados arqueológicos?

E na área das Sete Fontes, os estudos arqueológicos serão promovidos em que terrenos? Na área de servidão do Município? Ou entrar-se-á num acordo com proprietários privados para a entidade contratante realizar estudos em terreno privado?

Os estudos arqueológicos, serão compatibilizados com os estudos hidrogeológicos? É que se não aparecerem vestígios arqueológicos relevantes, têm de ser salvaguardados os lençóis de água...afinal é a água que caracteriza o local e o monumento!

Se os vestígios arqueológicos forem relevantes, o Município dará indicação para escavar e musealizar, ou serão para voltar a enterrar? E se for para musealizar, tem o Município verba já destinada para o efeito ou aguardar-se-á, com as sondagens a céu aberto e a serem vandalizadas que se perca o objecto da intervenção?

O plano de intervenção da UAUM/CMB já foi aprovado pela Direcção Regional de Cultura Norte?

E para quando haverá intervenção de restauro nas Mães d'Água e galerias?

E, por fim,l porque não promover um concurso público para adjudicar este trabalho? Não pondo em causa a competência da entidade contratada, porque não lançar um processo mais transparente? Porque não estimular a apresentação de propostas por outras entidades credenciadas para o efeito e ter termos de comparação e de referência? Sabemos lá, assim, se estamos a pagar pouco ou a pagar muito?
E, afinal, o que está o Município a contratar? Uma sondagem, várias sondagens? Desenhos, fotografias e modelagens tridimensionais? 

Esperamos ter respostas a estas e a outras perguntas no debate do dia 18 Abril, sobre as Sete Fontes, a realizar no âmbito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, numa nova cooperação entre a JovemCoop e a Braga+.



RUM: Comentadores do Praça do Município elogiam associações


É com grande regozijo que lemos esta notícia, sobretudo por vir em destaque de comentadores políticos e de um programa de rádio já com grande tradição.

O nosso trabalho é baseado na energia e no acreditar nos temas que abordamos, sempre com paixão. Realça-se, aqui a cooperação entre estruturas, que se abrem à sociedade e complementam o panorama cultural. 

Trabalhar em equipa funciona!!!
Obrigado RUM!

Entre Aspas: A Milha I da Via XVII

"Diário do Minho" 08/04/2013

Um excelente texto, de Francisco Sande Lemos, sobre a Via XVII, ocupa hoje o espaço do Entre Aspas.

Foi precisamente a Via XVII que deu o mote à primeira pergunta do CSI Braga, dado que muitos cidadãos desconheciam a passagem desta via romana no Largo da Senhora-a-Branca.

Recentemente, com o programa "A Regenerar Braga", foram descobertas sepulturas romanas, associadas à necrópole da Via XVII. Infelizmente, não sobejou nenhuma memória destes vestígios romanos.

A ler atentamente!!!

Sameiro: Vamos bailar à Senhora

"Diário do Minho" 08/04/2013

Nos estudos etnológicos e antropológicos, de carácter religioso ou não, não faltam as referências, sempre num passado distante, às danças populares com propósitos rituais ou de manifestação da devoção dos fiéis, ora como parte integrante de uma procissão, ora como expressão complementar da romaria ou peregrinação, antes, durante e depois do cumprimento da promessa ou do voto. As sobrevivências, no nosso país, são apontadas e descritas a dedo – dança da genebres, dança das fitas, dança do rei David, dança da mourisca, dança dos paulitos – não obstante continuarem a praticar-se cantigas populares religiosas que remetem os sentidos para a concretização coreográfica e não obstante continuarem a verificar-se momentos de prática coreográfica intensa à volta de santuários, como é o caso da Senhora da Peneda e de S. Bento da Porta Aberta, por exemplo.

Nas descrições de usos e costumes de terras e de gentes é frequente emergirem as construções teóricas acerca da religiosidade inerente à música, aos cantos e às danças, mas depois os seus praticantes, hoje frequentemente reunidos em torno de projectos folclóricos, são referidos como «actores que emprestam o corpo e a voz», ou seja, são referidos como meros figurantes de ocasião, desligados de práticas familiares e paroquiais, isentos de autonomia de decisão e de convicções culturais.

O evento «Vamos bailar à Senhora», concebido em 2004 para celebrar o centenário da coroação de Nossa Senhora do Sameiro, pretendeu, em parte, remar contra esta «produção de esquecimento» e consagrar os grupos folclóricos, sobretudo estes mas também os demais praticantes, como sujeitos de criação cultural nas múltiplas vertentes que a tradição inspira e mantém vivas em algumas situações.


A actual direcção da Confraria do Sameiro presidida pelo senhor Cónego João Paulo Abreu decidiu retomar este evento por ocasião da Peregrinação de Agosto, dedicada aos emigrantes. O tempo de convocação dos grupos e de preparação não foi suficiente, mas a generosidade e a dedicação dos grupos aderentes justificará esta iniciativa.

Do mesmo modo que se pode considerar natural que as instituições religiosas encomendem variadas obras musicais a compositores de renome, do mesmo modo que se pode achar pertinente a realização de eventos plurais nas igrejas e nos santuários, assim se deve considerar oportuno solicitar a intervenção coreográfica dos grupos folclóricos para abrilhantar aquelas cerimónias cuja dimensão popular e festiva é inerente à sua concepção e às suas finalidades.


Não faltando na Bíblia as referências às danças executadas em honra de Javé, nem faltando no Novo Testamento o imaginário festivo da entrada de Jesus em Jerusalém, também não faltam na tradição popular as cantigas, nem os gestos, nem os movimentos, que distinguem esta intencionalidade de rezar tocando, cantando e bailando.

Foi com estes pressupostos que se conceberam e reorganizaram letras, músicas e coreografias, retomadas da tradição e nela inspiradas, para os bailes em honra da Senhora do Sameiro: viras, chulas e malhões, interpretados colectivamente por vários grupos, como se fossem um só.
 

Este ano, esta fantástica iniciativa de cariz tradicional ocorre no dia 18 de Agosto, no Sameiro, claro.
A não perder!

CSI Braga: Balanço positivo

Uma actividade de cariz pedagógico
"Diário do Minho" 07/04/2013
 
A iniciativa “CSI Braga – Cidade Sob Investigação”, que se realizou no passado fim-de-semana, ficou marcada pela enorme adesão do público. Foram mais de 200 pessoas e de 39 equipas que estiveram presentes nesta atividade, num dia de sol que convidava à participação. Muitos jovens e também adultos juntaram-se para uma tarde de descoberta do património arquitetónico e cultural Bracarense. Esta iniciativa, promovida pela Juventude Social-Democrata, pela Juventude Popular com a colaboração da JovemCoop, consistiu num peddy-paper que levou os participantes a conhecer melhor a história de vários monumentos emblemáticos da cidade. Os principais objetivos eram promover o património bracarense e consciencializar os cidadãos para a necessidade da sua preservação e valorização.

A organização lançou o desafio para que cada cidadão fosse um agente de mudança, colocando o património sob investigação e contribuindo para a promoção patrimonial da nossa cidade, e os Bracarenses responderam ao apelo. O grande desafio passou por fomentar a Identidade através da educação para o património, sendo o peddy paper um modo divertido para que, em família e de forma descontraída, se estimulasse o interesse das pessoas pelo alargado número de bens patrimoniais que a cidade detém.
 
O “CSI Braga” foi enquadrado nas comemorações do “Dia Internacional dos Monumentos e Sítios”, cujo tema proposto para este ano - o património da educação - promovido em Portugal através da Direção Geral do Património Cultural sob o tema "PATRIMÓNIO + EDUCAÇÃO= IDENTIDADE", foca a importância de duas realidades paralelas - o património e a educação - com vista ao fomento da identidade territorial.

Os três primeiros classificados nesta iniciativa receberam como prémio diversas atividades radicais na DIverLanhoso. E face ao sucesso da iniciativa, no final ficou a promessa de se estudar um actividade de continuidade, podendo haver um “CSI Braga 2”.