28 de outubro de 2010

Jantar Convívio - Noite das Bruxas


Caros Amigos Cooperantes

A JovemCoop realizará, no próximo Domingo, dia 31 de Outubro, um jantar convívio na sede da associação.

Queremos, com este jantar, comemorar o HALLOWEEN em grande. Queremos, também, dar a conhecer uns aos outros o nosso lado mais assustador, ou seja, queremos toda a gente, mas TODA mesmo, mascarada! Vai ser divertido!

O jantar vai decorrer aproximadamente pelas 21:00h, sendo que, depois disto, cada um decide onde quer passar o resto da noite, a dormir, a brincar, a dançar, etc, etc. O valor total do jantar vai ser dividido pelo número de pessoas presentes no mesmo.

Agradecemos confirmação da vossa presença até Sexta - Feira ( dia 29 ), enviando sms ao Rico (918014723 / 965356636), ao Tó (910822606) ou via e-mail.

Pontos importantes:

- Jantar às 21h na sede da JovemCoop ( levar EUR para pagar o jantar ) ;

- TODA gente mascarada de algo assustador ;

- Boa Disposição.

Para mais informações:

Rico - 918014723 / 965356636

- 910822606

Beijinhos e Abraços

A Direcção

27 de outubro de 2010

Convite e divulgação...leitura encenada a não perder!

TROPICANALHA, de Aziz Bajur (Brasil)

Museu da Quinta de Santiago

28 de Outubro, 21h30

O Teatro Reactor, juntamente com a Câmara Municipal de Matosinhos e o Museu da Quinta de Santiago, tem o prazer de convidar os Jovens Cooperantes, familiares e amigos, a assistir à leitura encenada “Tropicanalha”, já no próximo no dia 28 de Outubro. Esta leitura inclui-se no projecto "Salvem a Língua de Camões" - intercâmbio de dramaturgias em Língua Portuguesa - uma parceria realizada entre a Companhia de Teatro Reactor de Matosinhos e a Câmara Municipal, cujo objectivo é divulgar o universo da lusofonia.

Reforçamos o convite informando que agora é a vez do Teatro Reactor contar com a parceria de alguns membros da JovemCoop. No elenco da leitura já referida, conta-se com Flávia Silva (Fifi) e Ana Margarida Pereira (Gui).

Com esta parceria e convite pretendemos manter estreita a ligação entre a Companhia e a JovemCoop.

Até já, no Museu…

Saudações Teatrais,

William Gavião e Nuno Miguel Monteiro

Ideias com Jota 26/10/2010


Temas Abordados:
  • O actual estado do nosso país,
  • Um beijinho de melhoras para a nossa membro Leonor, que partiu um braço.
  • A petição das Sete Fontes debatida na Assembleia da República;

A não perder, às 3as feiras, das 19h15 às 20h





24 de outubro de 2010

Repôr a verdade num engodo aos bracarenses


A propósito das notícias vindo a público a propósito de um suposto achado de uma antiga ponte, na Ponte do Bico, na freguesia de Palmeira, os nossos arqueólogos de serviço resolveram dar uma ajuda nesta investigação.


Porque os vestígios e as evidências não convenceram nem foram validadas, criando até a falsa notícia de que se tinha encontrado as ruínas de uma ponte, os arqueólogos David Ribeiro Mendes e Ricardo Silva assinaram um texto de opinião sobre este assunto, no Diário do Minho de 30/10/2010, que reproduzimos de seguida.

O texto apresentado é de única e exclusiva responsabilidade dos seus autores.

A arqueologia é uma área científica que visa o estudo das culturas e os modos de vida do passado, a partir da análise de vestígios materiais. É uma ciência social que aplica métodos e técnicas próprias, requerendo normas deontológicas e responsáveis e os seus executores, em Portugal, regem-se pela Lei de Bases do Património Português. Mas se a arqueologia é realizada pelos arqueólogos, já o descobrimento e a protecção do nosso património pode, e deve, ser feito pelos cidadãos.

As recentes notícias, vindas a público, sobre a descoberta da antiga Ponte do Bico, relançam, precisamente, questões de índole arqueológica, como a hipotética descoberta de vestígios de uma obra de arte, bem como de ordem social, como a intervenção dos cidadãos e a responsabilidade dos arqueólogos.

O autor da pressuposta descoberta apoiou-se quer na informação presente no Liber Fidei, e consequente transcrição pelo Cónego Avelino Jesus Costa, que refere que os limites do território de Palmeira iam do caminho de Braga até à ponte do Bico, quer na existência de uma calçada, supostamente romana, que corrobora a passagem da Via XVIII por aquele local, também defendida pelo investigador espanhol António Colmenero.

O desejo de descobrir, associado à vontade de concretizar fisicamente o achado, levou o investigador a chamar os órgãos de comunicação social para partilhar a possível monumento, não tendo a precaução de validar, junto de especialistas esta hipótese. Esta posição é reprovável porque refuta os princípios da Lei 107/01, pois o artigo 78 refere que “ Quem encontrar, em terreno público ou particular, (…), quaisquer testemunhos arqueológicos fica obrigado a dar conhecimento do achado no prazo de quarenta e oito horas à administração do património cultural competente ou à autoridade policial, que assegurará a guarda desses testemunhos e de imediato informará aquela, a fim de serem tomadas as providências convenientes.”

Ainda assim, se o autor desconhece a Lei, deveria confirmar a sua teoria junto de profissionais da área, pois tal assumpção pode estar errada, e explicamos porquê.

Admitindo que possa haver variantes (e variáveis) do traçado da Via XVIII, é natural que se multipliquem os vestígios arqueológicos quer pelas zonas que António Colmenero defende, como também o traçado pelo Norte de Montariol, defendido por Luis Fontes e, claro, o traçado que está proposto para ser classificado como Monumento Nacional, defendido por Francisco Sande Lemos, que passa pelas Sete Fontes e calçada de Adaúfe.

Relativamente ao traçado defendido por António Colmenero, pessoalmente não concordamos com essa proposta, porque verifica-se que o autor não sustenta, em milhas romanas o traçado, até alcançar a milha VI, já em território de Amares, fazendo confluir, aliás, outros itinerários. Defendemos, ainda, que a calçada, provavelmente romana que se encontra no Lugar do Ribeiro, poderá ter pertencido a um caminho de acesso a um povoado ali existente, não pertencendo, necessariamente ao traçado da Via XVIII. Recordamos que, maioritariamente das vezes, as vias não eram calcetadas na sua total extensão, e era prática usual haver calçadas à entrada dos povoados, tal como os casos das calçadas de acesso ao Castro Máximo e ao Castro da Consolação, ambos em Braga.

Uma deslocação a ambas as margens, para verificar a razoabilidade da proposta, permitiu-nos deduzir que aquele amontoado de pedras que ali jaz, não contém qualquer tipo de aparelho construtivo (nem romano, nem medieval), dando a ideia de que as pedras foram ali colocadas de forma mais rude, sem a preocupação de construir algo tão coerente como uma ponte o exigiria. Os elementos pétreos parecem formar um talude artificial de contenção/sustentação de terras.


Tal informação parece ser confirmada na Carta Militar Portuguesa (CMP 1997), onde surge um talude artificial (grande muro) representado a linhas vermelhas. Este talude parece surgir aquando da abertura da estrada que liga a rotunda da Ponte do Bico a Navarra como forma de sustentar as terras que se encontram a uma cota superior (para evitar deslizamentos para a estrada). A construção deste talude pode ser justificada pela proximidade do leito de cheia do rio Cávado, bem como pela imediata transição para uma elevação natural.

Parece-nos ter este sentido porque, se analisarmos a CMP mais antiga (1947) vê-se que o talude não era existente. Se lá estivesse em 1947, este teria sido representado, tal como o foi em 1997. Por isso, acreditamos que lá não havia talude, pelo facto de que em 1947 a estrada ainda não tinha sido aberta. Assim, quando a abriram, tiveram de compensar as forças e pressões cimeiras, sustentando-as com um talude.

Cremos, ainda, que as pedras afeiçoadas que o autor afirma estarem no local, não serão da ponte, mas sim de alguma construção, tipo casa rural ou algum moinho/azenha que tenha sido desmontado e tenham colocado lá as pedras. O trabalho daquelas pedras não pertence a nenhuma parte do aparelho de uma ponte, nem tão pouco à estrutura do “guarda-corpos” da dita ponte, pois são de uma dimensão não sustentável à construção de uma ponte. Pelo menos, as pedras não têm um talhe típico da época romana, e parecem não ter, também, da época medieval.

Surge, ainda, a questão das cotas a que assentaria a estrutura pontística, pois tal como o autor sugere que ela seria construída, há uma diferença de aproximadamente sete metros de altura entre as margens, o que implicaria uma construção não estética como defendiam os romanos e implicaria um cavalete desproporcionado na época medieval (contudo, há exemplares disto noutras construções).

Referimos, ainda, que quer a actual Ponte do Bico, quer a Ponte do Porto estão construídas em zonas onde há um estrangulamento do rio, isto é, a dimensão das margens é menor, logo mais fácil para construir uma obra de arte. No caso apontado pelo investigador, a travessia far-se-ia por um dos sítios mais largos do rio Cávado entre as pontes supracitadas, dificultando a sua construção.

Mesmo assumindo a existência do topónimo do lugar de Ponte (Amares), este fica mais a montante do sítio onde se situaria a proposta para existência da antiga ponte do Bico.

Por todos estes factores e, sobretudo pela responsabilidade ética e moral inerente à nossa profissão, sentimos a necessidade de esclarecer a população sobre estes pretensos achados, que o autor coloca como dos mais importantes da Península Ibérica. Aceitamos que tenha havido ali uma ponte, mas não validamos a teoria de que aquelas pedras pertencem a um conjunto arqueológico que justifique a existência da mesma.

Louvamos o interesse de investigação por parte dos cidadãos, porque são parte activa na preservação do nosso património e, por isso, deixamos a sugestão a todos os cidadãos que, futuramente, achando estar perante vestígios arqueológicos, informem as entidades competentes através de contactos personalizados (Extensão Territorial Norte do IGESPAR) ou através da página da Internet





Provavelmente, assim, o Estado estará a cumprir a sua função de proteger o património e os cidadãos poderão fruir livremente dele.
David Ribeiro Mendes, Arqueólogo
Ricardo Pereira da Silva, Arqueólogo

Maratona Solidária em S. Victor

retirado do "Correio do Minho" de 22/10/2010

A Junta de Freguesia de S. Victor realizou uma Maratona Solidária, no passado dia 15/10, com o objectivo de angariar bens e espécies para proporcionar momentos de alegria a pessoas que passam carências no seu quotidiano.
Esta Maratona Solidária, reuniu muitos grupos que, ao longo de quase 4h cantaram, dançaram, riram, ginasticaram...e os resultado apareceram, traduzindo-se numa excelente colecta de géneros.

O Grupo Coral de Guadalupe também esteve presente e entoou "Sons do Mundo", rubricando, também, o fado bem português!

E como onde estiver o Grupo Coral de Guadalupe, nós lá estaremos a apoiar, aqui fica o registo de um dos momentos de actuação!


18 de outubro de 2010

A Casa da Quintã - um processo controverso!

retirado do "Diário do Minho"de 17/10/2010


À luz do artigo publicado no passado Domingo, a propósito da classificação da Casa da Quintã, algo de estranho se afigura neste processo.

Que sentido tem, após a homologação da Casa como Monumento de Interesse Público(MIP), em Outubro de 1999, publicar onze anos depois o Edital de Classificação? O processo ficou encravado nas gavetas e só agora é que alguém o encontrou?

É que parece que neste período de onze anos, em que a Casa estava homologada como MIP, ninguém fez cumprir a lei e ordem dentro da zona geral de classificação, o que foi "violada" de forma, provavelmente, ilegal e irreparável, pela construção de edifícios de pavilhões afectos a uma empresa construtora.
É que estar agora a dar nota da homologação, sem criar condições para o monumento ser apreciado como tal, para apenas que é para "cumprir" calendário ou dotar Braga de monumentos em quantidade e não em qualidade.

Assim, depois de ler a redacção do texto de classificação e lendo com atenção o artigo de Joaquim Martins Fernandes, somos levados a crer que soa a falso a vontade de classificar património na cidade de Braga.
É que a incoerência de afirmar que o monumento é de "um notável testemunho da arquitectura civil minhota dos séculos XVII e XVIII" e incluir na zona de protecção pavilhões que destoam nas características e na função, é simplesmente gritante.

Só talvez assim se explique o porquê de os responsáveis pelo Município se isentarem de clarificar esta situação que não é normal, nem tão pouco consensual.

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14 de outubro de 2010

Homologação de Classificação da "Casa da Quintã"

retirado do "Correio do Minho" de 14/10/2010

Aproveitamos este espaço para realçar uma excelente notícia para a região de Braga.
O nosso património foi alargado graças à Classificação da Casa da Quintã, em Esporões.
Agora homologada, esperamos que haja mais divulgação e protecção deste imóvel.

12 de outubro de 2010

Ciclo de Conferências de Jovens Investigadores - Parte II


A Sociedade Martins Sarmento realizará, durante este trimestre, mais três conferências nas quais os denominadores comuns são o património e a arqueologia.

A próxima conferência, dedicada ao período romano, é já na 6ª feira, dia 15 de Outubro, pelas 21h no Museu de Cultura Castreja, logo abaixo da Citânia de Briteiros.

A não perder...

Castro de S. Julião, em Vila Verde

retirado do "Diário do Minho" 12/10/2010

A Juventude Socialista de Vila Verde despertou para um tema que merece menção.
O Citânia de S. Julião, em Vila Verde foi alvo de vários estudos e campanhas arqueológicas, tendo, por motivos que desconhecemos, ficado abandonado e sem qualquer acção/intenção de preservação e aproveitamento turístico.

Na verdade, esta importante estação arqueológica caracteriza-se pelas ocupações distintas que atravessam vários períodos cronológicos - pelo menos, a Idade do Bronze e a Idade do Ferro. Certo é que, até poderá ter sido ocupada na época dos romanos, se não foi "romanizada", pelo menos esta citânia tinha um vasto controlo paisagístico, quer para o lado de Vila Verde, quer para o lado de Amares, onde, inclusive se poderia controlar as movimentações na Via Nova (Geira ou Via XVIII).

Recuperar, preservar, restaurar e dar a conhecer ao público este importante marco na história da região norte, e sobretudo de Vila Verde era algo que deveria estar a ser planeado e executado, porque quem conhece aquela zona, sabe que os efeitos nefastos da extracção de pedra deixam poucas evidências para contar essa história. Perde-se património...perde-se identidade.

Aqui ficam algumas fotografias de evidências arqueológicas da Citânia de S. Julião:







Cidadania activa e reconhecida

retirado do "Diário do Minho" de 11/10/2010

Publicamos aqui a rubrica "Deste lado", do dia 11, da autoria de Luisa Teresa Ribeiro, que assenta como uma luva naquilo que temos vindo a defender...agir como cidadãos em prol de uma cidade melhor!

Preocupação vs Preocupação

retirado do "Diário do Minho" de 12/10/2010

Na visita efectuada às instalações do Novo Hospital de Braga, os deputados do PS eleitos pelo circulo de Braga manifestaram a sua preocupação com o atraso na construção dos acessos à estrutura hospitalar.

Essa preocupação vem assentar noutra, subscrita por quase 6000 peticionários que estão apreensivos quanto à construção do acesso pela zona do Complexo das Sete Fontes. Na verdade, ainda que passe numa zona marginal, o acesso vai contornar a área verde e soterrar as duas minas das Verdosas (que não são muito conhecidas e, que ainda por cima, o IPPAR se "esqueceu" de incluir na classificação.

Coincidência ou não, o certo é que uma preocupação esbarra na outra, além da nossa preocupação de que construir acessos à pressa, certamente vão pôr em causa os procedimentos arqueológicos de investigação daquela zona monumental.

Seria bom que a preocupação de construir os acessos tivesse em conta esta também legítima preocupação.

11 de outubro de 2010

Artigo Publico - Sete Fontes na AR

Parlamento recomenda classificação das Sete Fontes, em Braga, como monumento nacional

Por Samuel Silva

Projectos de resolução foram apresentados pelo BE e pelo CDS e foram aprovados por unanimidade




A Assembleia da República aprovou na sexta-feira, por unanimidade, dois projectos de resolução que recomendam ao Governo a publicação do despacho de classificação do complexo das Sete Fontes, em Braga, como monumento nacional. O processo arrasta-se desde 1995 e foi acelerado este ano, depois do lançamento de uma petição, assinada por mais de seis mil pessoas, que esta semana chegou ao Parlamento.

Bloco de Esquerda e CDS-PP apresentaram dois projectos de resolução, que ontem foram votados favoravelmente por todos os deputados, em que se recomenda ao Ministério da Cultura (MC) que proceda à publicação em Diário da República do despacho de classificação daquele sistema de captação de águas do século XVIII como monumento nacional. Os proponentes querem ainda que a Zona Especial de Protecção do complexo seja alargada de forma a proteger o conjunto de minas e mães-d"água que o integram, em terrenos próximos àqueles onde está a ser construído o novo hospital de Braga.

Os acesso rodoviários à nova unidade de saúde tinham inicialmente previsto a construção de um viaduto sobre os terrenos das Sete Fontes. A ideia foi entretanto abandonada pela Estradas de Portugal, mas ajudou a acender o envolvimento da sociedade bracarense na defesa do complexo. No início do ano, um grupo de cidadãos de Braga lançou uma petição, pela salvaguarda daquela estrutura, que foi subscrita por mais de seis mil pessoas, permitindo levar o assunto ao plenário da Assembleia da República. Desta forma, foi possível acelerar o processo de classificação como monumento nacional que dura há 15 anos, tendo sido lançado pela associação de defesa do património Aspa. Desde 2003 que o complexo tem homologação como monumento nacional pelo MC, mas desde então o processo tem estado parado.

O assunto chegou ao Parlamento, na quarta-feira. No debate em plenário, todos os partidos demonstraram apoio às intenções dos peticionários, o que foi recebido com agrado pelos impulsionadores da iniciativa. "Percebemos que tínhamos razão nas preocupações que levantámos ao longo dos últimos anos", sustenta Ricardo Silva, presidente da Jovem Coop, uma das associações que têm sido mais activas na defesa das Sete Fontes.

Para o dirigente daquela associação "a aprovação dos projectos de resolução é motivo de regozijo e dá alento e todo o movimento" de defesa do complexo de abastecimento de água à cidade de Braga. "Esperamos que, agora, haja mais aceitação por parte do Governo, para que o despacho final possa ser publicado em breve", afirma. A Jovem Coop espera que o despacho do MC possa ser publicado antes do final do ano.
in jornal "Publico" - 11/10/2010

9 de outubro de 2010

Um dia histórico, uma lição de cidadania

retirado do "Diário do Minho" de 09/10/10

Nos últimos anos, sobretudo por acção e alerta da Junta de Freguesia de S. Victor, cresceu uma enorme preocupação com o futuro do Complexo das Sete Fontes, Braga.

Desde o início deste ano que circulou na internet e em papel uma petição para defender as Sete Fontes, criada por um conjunto de cidadãos preocupados com a área da natureza, do património e, talvez mais importante que tudo, com a qualidade de vida dos bracarenses.

As Sete Fontes foram propostas a Classificação como Monumento no ano de 1995 pela ASPA e, em 2003, o Ministério da Cultura deu sinais de acolher esta proposta, promovendo a homologação deste sítio como Monumento Nacional...mas desde aí, as Sete Fontes nunca mais conheceram uma verdadeira postura proteccionista e orgulhosa do seu passado. Ao faltar publicar em Diário da República esta homologação como Monumento Nacional, basicamente faltava confirmar esta vontade e os perigos de desaparecimento (por vários acções e efeitos) mantinha-se.

As Sete Fontes foram dadas a conhecer a inúmeros Bracarenses e visitantes...o conjunto de cidadãos, incansavelmente promoveu visitas, passeios, piqueniques e andou pelas ruas a colher assinaturas.
A Junta de Freguesia de S. Victor e a JovemCoop serviram de agentes de fiscalziação, agindo e denunciando sempre que surgiam ameaças nas Sete Fontes. Algumas foram travadas, outras ainda estão a ser formuladas com um ar mais simpático.

E o Ministério da Cultura, por iniativa nada fez, reagindo apenas aquando das denúncias.

Aquele local das Sete Fontes, além de ter sido contemplado com o Novo Hospital de Braga, tinha em projecto urbanístico da Cânara Municipal de Braga ser esventrado por estradas e privilegiar construções em altura e densidade. As Sete Fontes estariam "em corredor da morte".

A petição com quase seis mil assinaturas foi entregue na Assembleia e logo colheu a postura simpática do Sr. Presidente da Assembleia, Dr. Jaime Gama, também ele confesso admirador da História e interveniente na defesa do Aqueduto das Águas Livres.

Todos os partidos se pronunciaram e discutiram o valoroso teor da petição. No passado dia 08/10 esses mesmos partidos votaram a petição e os projectos de resolução do CDS/PP e do BE e, por unanimidade, saiu a brilhante recomendação...

Exortar o Governo a publicar, em Diário da República, as Sete Fontes como Monumento Nacional, conferindo-lhe uma Zona Especial de Protecção e promovendo acções de conservação, valorização e restauro das estruturas, bem como proibir ou minimizar as construções naquela zona.

E assim, se o Governo reconhecer estas resoluções e as puser em prática, e se ainda a CMB assumir também ela estas recomendações e organizar um bom plano de pormenor para o Complexo das Sete Fontes e áreas adjacentes, então...

a petição é um instrumento de cidadania activa, com voz e mérito próprio, de inconformados que não assistem à delapidação ou a más decisões sentados, à espera que obra divina intervenha e resolva.

A petição, nomeadamente esta das Sete Fontes, é um sinal...de que Braga pode estar a acordar de uma letargia e começar a opinar e a dar indicações daquilo que necessita.

Por isso, não sabemos qual será o futuro do Complexo das Sete Fontes, mas certo é que continuaremos a debater para a sua manutenção e conservação.

Não sabemos qual será o futuro de Braga, mas ontem deu-se um dia histórico para a fundamentação das necessidades dos Bracarenses, por isso, os nosso agradecimentos a quem se juntou a uma causa nobre e promoveu o direito à cidadania.



Desporto e Natureza num só evento

retirado do "Diário do Minho" de 09/10/10

A Cooperativa de Turismo Religioso (TuRel). o Município de Terras de Bouro e a Clikoutdoor, empresa de animação aventura e parceira da JovemCoop, vão realizar, uma vez mais, uma actividade que alia o melhor do desporto de montanha e a natureza.

O Trilho do Formigueiro é um dos percursos mais bonitos e dificeis do Concelho de Terras de Bouro. Pela sua paisagem sobre o vale do Cávado e sobre o Santuário do S.Bento, as entidades vão realizar um percurso de BTT, em que por cada um dos inscritos se plantará uma árvore.

Esta é uma forma de sensibilizar para com os incêndios que devastaram aquela zona e de dar mais sentido e incentivo à participação dos bikers.

Esperamos que o número de participantes atinja um número considerável, para que se possa proceder a uma rápida e feliz reflorestação daquela zona.

8 de outubro de 2010

Petição das Sete Fontes em discussão na AR


retirado do "Diário do Minho" de 07/10/2010

retirado do "Correio do Minho" de 06/10/2010

No passado dia 06 de Outubro, foi discutido, em Assembléia da República a Petição que sugere a Protecção e Conservação das Sete Fontes de Braga.

Todos os partidos foram unânimes nas suas apresentações...preservar o Complexo das Sete Fontes e "obrigar" o Ministério da Cultura em publicar a homologação como Monumento Nacional em Diário da República, onde conste a respectiva Zona Especial de Protecção.

Apresentamos aqui, resumidamente, algumas das posturas assumidas por alguns dos grupos parlamentares:

CDS/PP -

BE -

PSD -

PCP - "Porque razão o problema (...) da classificação do monumento e da área de protecção do monumento, ZEP, se arrasta há mais de uma década? Mistério! "

PS -


PEV - Petição sobre o Complexo das Sete Fontes

Intervenção do Deputado José Luís Ferreira

- Assembleia da República, 6 de Outubro de 2010 -

Antes de mais e em nome do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, gostaria de saudar os cerca de seis mil cidadãos que subscreveram a presente petição e que, através dela, solicitam a preservação, restauro e manutenção do Complexo das Sete Fontes, bem como a proibição de construção nas suas imediações.

O Complexo das Sete Fontes constitui uma obra de Engenharia única.

Datada do Sec. XVIII e classificada como Monumento Nacional em 2003 continua, apesar de terem passado já sete anos sobre essa classificação, à espera que o Governo proceda à respectiva publicação em Diário da República, assim como continua à espera da sua Classificação como Zona Especial de Protecção.

A manifesta indiferença por parte do Governo perante um património com esta importância têm facilitado as agressões constantes à integridade do Complexo das Sete Fontes.

Situado numa zona sujeita a uma elevada pressão urbanística, o Complexo, conhece agora uma nova ameaça, com a intenção de se construírem os viadutos de acesso ao novo Hospital de Braga.

“Os Verdes” de há muito que têm vindo a acompanhar de perto este importante assunto, tendo inclusivamente formulado ao Governo duas perguntas escritas, em Maio deste ano e cujas respostas continuamos a aguardar, porque nem o Ministério da Cultura, nem o Ministério das Obras Públicas se dignaram, até hoje, responder.

Importa, pois, chamar a atenção do Governo para a necessidade de proceder:
• à publicação em Diário da República da Classificação do Complexo das Sete Fontes como Monumento Nacional.
• à conclusão do processo de Classificação do Complexo como Zona Especial de Protecção, com a inclusão da zona edificante, de forma a impedir a construção nas suas imediações, desde logo, dos viadutos de acesso ao novo hospital, procurando soluções alternativas.
Mas também se impõe que o Governo:
• respeite e faça respeitar a Lei da Agua;



O complexo das Sete Fontes é votado hoje, dia 07/10, na Assembleia da República. A generalidade dos partidos da oposição declarou-se apoiante de uma petição, assinada por cerca de seis mil pessoas, que reclamam uma maior protecção às Sete Fontes.

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Ideias com Jota 05/10/2010



Tema abordado: A Implantação da República
Convidado Especial: João Carlos Tavares, Professor de História e Colaborador da Antena Minho

A não perder, às 3as feiras, das 19h15 às 20h



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5 de outubro de 2010

As Jornadas Europeias do Património

retirado do "Diário do Minho" de 05/10/2010

Assinalamos, junto dos nossos leitores, a notícia publicada no Diário do Minho, a propósito da nossa participação nas Jornadas Europeias do Património, celebradas no Museu da Geira, Terras de Bouro.

5 de Outubro - Implantação da República




Porque celebramos hoje o 100º aniversário da Implantação da República, relembramos aos portugueses as cores da nossa bandeira republicana (encimada pelas armas de um arcebispo - que é feito do estado laico?)! :)
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Uma forma ORIGINAL de celebrar o centenário da República!!!

retirado do "Diário do Minho" de 05/10/2010

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4 de outubro de 2010

Projecto de Resolução para as Sete Fontes - BE

No âmbito da discussão parlamentar da Petição do Complexo Monumental das Sete Fontes, no próximo dia 06/10, o Bloco de Esquerda apresentou um Projecto de Resolução, para ser discutido no mesmo dia.
É importante que no que concerne este processo de protecção das Sete Fontes, todos os esforços sejam reunidos, para que Portugal não fique amputado de um dos seus monumentos.

Realçamos que, quer o Bloco de Esquerda, quer o CDS/PP, nos seus projectos de resolução abordam e defendem uma zona non aedificandi em torno do Complexo das Sete Fontes. Poderá a discussão parlamentar confirmar esta ideia? No próximo dia 06 com certeza já teremos mais novidades que serão aqui publicadas.

Deixamos aqui o Projecto de Resolução do Bloco de Esquerda para conhecimento:

A propósito do Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social

No passado dia 28 de Setembro, o Laboratório de Jornalismo, um projecto emanado da Rádio Universitária do Minho, promoveu, no auditório FNAC uma tertúlia/mesa redonda sobre o Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social.

Para fazer parte desta tertúlia, o Laboratório de Jornalismo convidou um representante da RUM, um dirigente da JovemCoop, um dirigente da AAUM e um dirigente da Cruz Vermelha. Por motivos profissionais, o colega da Cruz Vermelha não compareceu, mas nem por isso a tertúlia foi menos produtiva.


No que toca à JovemCoop, vincou-se a ideia de que apesar de este ano se celebrar o Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social, a nossa preocupação para com este tema já vem desde a génese da associação.
Referimos, ainda, que no que toca a estas áreas de intervenção, não nos dedicamos directamente ao combate à pobreza, mas sim à igualdade de oportunidade e acesso às actividades para todos os membros.
Se procurarmos e aplicarmos um conceito de igualdade de oportunidades, estaremos a formar e a incentivar toda uma geração na procura de uma sociedade mais justa e mais atenta para as questões sociais.

Dos princípios defendidos aqui mostramos, em video, a primeira intervenção do Coordenador Geral da JovemCoop a propósito da relação entre a associação e o ano temático.