Estará Braga risco?
Desde o passado sábado, dia 12, a
cidade de Braga está em Risco. Um risco que irá preencher as linhas da cidade
até dia 20 de Novembro e que faz de Braga uma cidade culturalmente mais rica.
Falamos do primeiro encontro de
ilustradores da cidade de Braga, que coloca Braga no risco de inúmeros
ilustradores de renome internacional. Braga em Risco conta com inúmeras
atividades das mais diversas áreas artísticas, sendo a principal a ilustração.
Com uma exposição central na Casa dos Crivos, intitulada de “Braga 22x22”,
nesta exposição podemos perceber como é que outros veem a nossa cidade, desde
ver Braga por um canudo, até à chuva que tanto nos caracteriza, cada ilustrador
mostra-nos como vê Braga, e permite-nos, através do seu desenho, que vejamos
também nós a cidade de várias perspectivas. Partindo desta exposição central,
todos são convidados a conhecer as restantes cinco exposições espalhadas por
alguns recantos da nossa cidade, como o Museu da Imagem, a antiga Sapataria
Arcádia, ou o Posto de Turismo.
Damos particular destaque à
exposição presente na Torre de Menagem, com o tema “Rostos da Minha Terra”, uma
exposição onde os desenhos são dedicados às personagens mais importantes da
história da cidade, tal como André Soares, Dom Diogo de Sousa, Carlos Amarante,
Francisco Sanches, entre muitos outros. Para nós, esta exposição é uma
excelente forma de dar a conhecer aqueles que tanto fizeram pela nossa cidade,
aqueles que desenharam alguns dos nossos principais monumentos ou
verdadeiramente prezaram pela conservação do património da cidade. O Braga em
Risco é um evento que une a cidade ao património de uma forma única, e que deve
realmente ser valorizada.
Um outro momento de grande união
da cidade com o seu património foi a segunda Gala Coral – Vozes, uma gala
organizada pela Câmara Municipal de Braga e pelo Coro Académico da Universidade
do Minho, que levou seis coros amadores ao grandioso palco do Theatro Circo. Na
nossa opinião, mais do que uma gala, este espectáculo é uma bonita forma de dignificar
todos os coros, que de forma graciosa enriquecem a nossa cidade de vozes e
cultura musical, destacando, ainda, o mais precioso dos instrumentos, que é a
voz.
Deste modo, podemo-nos aventurar
dizer que novembro está a ser um mês pleno de atividades, em que mais uma vez
Braga dá provas de ser uma cidade viva, que nunca esquece a sua história. Assim
esperamos que Braga saia do Risco, e ouse tornar realidade o tão ansiado pulmão
que a cidade merece. O Parque Verde das Sete Fontes, que teima em não sair do
papel é uma lacuna que Braga precisa preencher, e que vem sendo eternamente
adiada. Será o Parque Verde das Sete Fontes um projeto realmente em Risco?
Queremos acreditar que ainda
muito será feito por Braga, e que a união perfeita entre a natureza e o
património, sairá por fim do papel, para que, quem sabe, já numa segunda edição
do Braga em Risco, Braga seja desenhada com mais tons de verde, e não nos tons
cinzentos que outrora pintaram a cidade.
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