10 de janeiro de 2017

Crónica "Projetar Braga"


Projetar Braga

Caro Leitor,

Esperamos que tenha fechado 2016 com chave de ouro e que tenha entrado em 2017 com novas metas e sempre esperando alcançar mais e melhor, pelo menos é assim que nós o desejamos.
Como todos sabemos, 2017 é ano eleitoral, é o ano em que tudo acontece e os projetos elaborados ganham forma. Claramente as coisas não deveriam funcionar desse modo. Vivendo numa política ideal, os projetos seriam concretizados aos poucos, ao longo dos vários anos de mandato. Mas, apesar de assim não o ser, entre o final de 2016 e o início de 2017 foram dados a conhecer à população alguns projetos que irão ganhar forma neste que é um ano importante para a cidade. Se tivéssemos que definir o ano que agora inicia numa só palavra, para nós seria o ano da Reabilitação, ou pelo menos assim se espera. Este será um tempo de ambição onde se pretende melhorar Braga dia após dia.  Mas afinal o que vai melhorar na cidade?

Voltando ao ano transacto, foi apresentado à cidade o projeto de reabilitação do Parque de Exposições de Braga. Um projeto audaz, que pretende melhorar um dos locais culturais mais ativos da cidade. Já com a entrada em 2017 chegaram também novos projetos de requalificação. Falamos do projeto para o novo Mercado Municipal e também da reorganização daquela que é uma principais artérias da cidade, a Rua Nova de Santa Cruz.

Concordamos que todos estes locais necessitavam de uma intervenção urgente, pois todos eles são centrais na vida ativa da cidade. O Parque de Exposições, porque é um dos maiores palcos da cidade, que acolhem inúmeros eventos e o Mercado Municipal, além de ser um marco na história da cidade, é um dos centros de comércio da cidade, que todos os dias se enche de mercadores que merecem trabalhar com melhores condições, até mesmo para melhor poderem servir. No que à Rua Nova de Santa Cruz diz respeito, essa é uma das principais artérias da cidade que une o centro histórico à Universidade do Minho, uma rua que, além de muitas outras alterações terá, finalmente, uma via Ciclável, para facilitar a deslocação entre estes pontos da cidade.

Devido à elevada relevância destes locais na vida ativa da cidade, antes de realizar os projetos para todas estas intervenções era necessário ouvir a população. É certo que já há uma maior abertura, por parte do executivo actual da Câmara Municipal de Braga, ao realizar as sessões de apresentação e esclarecimento dos projetos, afinal todos têm o direito de saber o que irá acontecer nestes espaços que são de todos. Contudo, parece-nos mais oportuno que, para além de apresentar os projetos aos bracarenses, se realizem sessões para ouvir o que todos têm a dizer, quais os aspectos realmente necessários a melhorar, o que faz realmente falta numa nova intervenção. Dar a voz aos moradores, comerciantes ou simples utentes destas artérias ou locais é de extrema importância, pois têm o saber prático de quem frui quotidianamente.


 A comunicação entre a CMB e os bracarenses é uma boa prática que deve continuar, mas que pode ainda ser melhorada, de forma a tornar as intervenções mais eficazes. Um conselho que esperamos que seja aproveitado para projetos futuros, como por exemplo o projeto do Parque Verde das Sete Fontes. Num ano onde reabilitar é palavra de ordem, esperemos que não se adie mais aquela que é uma das principais necessidades da cidade, um parque verde. Assim, esperamos que, antes de nos ser apresentado o projeto do Parque Verde das Sete Fontes, o município oiça os bracarenses e veja o que realmente se espera daquele espaço, que tanto nos pode dar.

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