A
JovemCoop fica em casa!
Nos
dias que correm, a humanidade enfrenta um dos seus maiores desafios. Certamente
nenhum de nós esperava viver uma pandemia… mas afinal o que é uma pandemia?
A palavra pandemia deriva da junção das palavras gregas pan (παν) que significa “tudo/todos” e demos (δήμος) que significa “povo”; falamos, assim, de uma epidemia que se espalha por “todo o povo”, ou seja, pela população mundial.
Se olharmos para a nossa
história, infelizmente, este não é o primeiro caso de pandemia registado.
Lembramos a “Peste Negra” que, em meados do século XIV, reduziu a população da
Europa a dois terços, e o “Tifo” que surgiu nos finais do século XV e voltou no
século XX durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje vivemos “mais uma pandemia”,
mas desta vez é diferente, desta vez todos nós, sem qualquer exceção, temos um
papel fundamental nesta batalha mundial.
Hoje o combate a uma
pandemia deveria ser muito mais fácil do que em qualquer um dos séculos
anteriores. No meio da infelicidade, somos uma geração privilegiada por
atravessarmos esta difícil guerra numa era altamente tecnológica. Pense como
seria inviável, no século XIV, pedir à população que ficasse em casa, que lavasse
as mãos com água e sabão ou que desinfetasse as mãos e as superfícies. Hoje
temos tudo isso ao nosso rápido alcance. Enquanto associação que valoriza o
património e privilegia o contacto com a natureza, percebemos a necessidade de
nos readaptarmos às condições atuais e ficarmos em casa.
Grande parte da população tem
um conforto mínimo dentro de casa; temos a televisão que nos mantém sempre
informados e conectados com o que se passa pelo resto do mundo; temos o
telefone, que nos permite comunicar com todos aqueles que nos são próximos;
temos tudo o que precisamos à distância de um “click” com a internet. Desde
o início desta pandemia foram mais de 500 os museus que disponibilizaram
visitas virtuais, podendo, assim, aproveitar para viajar sem sair do sofá.
Foram também muitas as universidades que disponibilizaram cursos on-line
gratuitos, logo, porque não aproveitar o tempo em que está por casa para
aumentar o conhecimento naquele hobby de que tanto gosta? Quase ao mesmo tempo em
que o Governo decreta o Estado de Emergência surgem muitas iniciativas
culturais on-line. Na impossibilidade de se deslocar para usufruir de um
programa cultural, as iniciativas chegam até nós através de páginas nas redes
sociais que permitem a visualização de concertos em direto realizados por
artistas nacionais e não só. Seguindo este excelente exemplo, no passado fim-de-semana,
a Junta de Freguesia de S. Victor promoveu dois concertos com jovens músicos. Nós
assistimos e garantimos que foi uma excelente iniciativa que deveria acontecer
mais vezes. Através da internet temos ainda aplicações que nos permitem falar
em grupo, quer para reuniões de teletrabalho, quer para juntarmos a família
virtualmente.
Todas as opções dadas até
agora foram claramente tecnológicas, mas se preferir aproveitar estes dias para
se desconectar do mundo também o pode e deve fazer. Se tiver jardim, junte os
habitantes de casa e faça um picnic; e senão tiver jardim, pode sempre fazer na
sala. Podemos, também, fazer um exercício de criatividade e olharmos para os
materiais que temos em casa, nomeadamente os que vão para a reciclagem e
dar-lhes uma segunda vida, fazendo fantoches, marionetas, pinturas… é só dar
asas à imaginação e logo verá os resultados engraçados que podem surgir. Se não
tem crianças e não gosta de trabalhos manuais, porque não aproveitar para
(re)ler aquele livro que vai adiando por falta de tempo?
Hoje a sociedade
reinventa-se para que a vida continue com a “normalidade possível” e isso é
realmente algo que devemos valorizar. A capacidade que o ser humano tem de se
adaptar às novas situações é algo único e bonito de se ver. Bonito de se sentir
é ainda o espírito solidário. A população uniu-se para bater palmas aos
profissionais de saúde, fazendo com que, numa cidade onde outrora se ouviam os
sons do trânsito, se ouvissem, em uníssono, as palmas que, por vezes,
acompanhavam o hino nacional. O espírito solidário invadiu o coração de muitos
que noutros tempos não conheciam os vizinhos, mas hoje voluntariam-se para
fazer as compras por eles de forma a que não tenham de sair de casa. Também as
instituições foram ágeis e mostraram logo vontade de ajudar todos os que precisam.
A Junta de Freguesia de S. Victor disponibilizou voluntários que, devidamente
identificados, levam os bens de primeira necessidade àqueles que, por
pertencerem a um grupo de risco, não podem sair de casa. Como não podia deixar
de ser, a JovemCoop depressa se disponibilizou também para ajudar. Hoje, apenas
apelamos a que fiquem em casa, e, se conseguirem, espreitem as nossas sugestões
nas redes sociais pois #aJovemCoopficaemcasa e promete trazer-lhe alguns
desafios para os momentos menos ocupados.
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