in Correio do Minho | 31.03.2015 |
Já muito se escreveu sobre o tema que escolhemos para esta crónica, no entanto, sendo a JovemCoop uma associação que visa a valorização do património e da cultura, não podíamos deixar de escrever sobre a tão icónica Semana Santa bracarense.
Pouco se sabe sobre as origens da Semana Santa, contudo, as comemorações realizadas à imagem dos dias de hoje remontam, pelo menos, ao século XVI. Tal como a grande maioria das tradições, também esta foi sofrendo, ao longo dos tempos, vários desenvolvimentos e variações.
Declarada desde 2011 de Interesse para o Turismo, hoje, quem vem à Semana Santa de Braga, pode encontrar uma das mais perfeitas conjugações entre tradição, cultura, património e religião. Durante a época Quaresmal, a cidade dos arcebispos reveste-se de roxo e vive a rigor todas as celebrações alusivas ao tempo. Desde exposições nos mais variados locais, como no Museu da Imagem, na Galeria do IPDJ, no Hospital de Braga ou no Braga Parque, passando por conferências, até aos tradicionais concertos e espectáculos, como o de hoje na Sé catedral, ou a animação de rua realizada por farricocos nos dias 1 e 2 de Abril, muitos são os locais que se unem à cidade para viver esta semana ímpar.
No entanto, os momentos de destaque desta semana passam-se nas ruas históricas da cidade. Das cinco procissões existentes, destacam-se três: a Procissão “Vós Sereis o meu povo”, popularmente conhecida como Procissão da Nossa Senhora da burrinha, a Procissão do “Ecce Homo”, e a Procissão do Enterro do Senhor, que acontecem respectivamente na quarta, quinta e sexta-feira à noite.
Nas duas últimas procissões mencionadas é possível encontrar a representação do típico farricoco bracarense. O farricoco, uma figura vestida de preto e com a cara tapada, era uma forma de penitência dos cristãos bracarenses, que caminhavam descalços e incógnitos pelas suas da cidade. Geralmente acompanhados de fogaréus ou de matracas, também conhecidas como ruge-ruge, os farricocos começaram-se a aproveitar do seu anonimato para denunciar aqueles que não cumpriam as penitências.
Ho je, já são raras as penitências nas procissões, no entanto, a figura do farricoco continua presente, tornando-se assim um dos símbolos da cidade e das comemorações da Semana Santa. Prova dada a cerca da importância dos farricocos são a sua tradicional comercialização no posto de Turismo, e também a sua presença na recém-aberta BragaPoint, uma loja de recordações onde abundam as lembranças alusivas à Semana Santa, dando destaque à figura do farricoco e também à venda solidária da imagem da Nossa Senhora da Burrinha.
A Procissão da Nossa Senhora da Burrinha é um fenómeno bem mais recente, sendo um cortejo recuperado dos anos 60 do século passado. Esta Procissão ganha destaque pela presença da “burrinha” que carrega N.ª Sr.ª e o Menino Jesus na sua fuga para o Egipto. A par do simbolismo desta procissão, o fenómeno que sobressai é a vivência comunitária de um conjunto de pessoas que se reúne para que este cortejo, o mais colorido das três procissões, saia para a rua.
É emblemático e sinal de comunidade observar a azáfama vivida, por estes dias, na paróquia e na freguesia de S. Victor, para que esta procissão seja, de fato, um acontecimento para a cidade, que arrasta multidões à nossa cidade. Louvável estratégia de captação de turistas é o projeto “S. Victor de Portas Abertas” que, com auxílio de estagiários da Escola Porfissional Profitecla, permite ter três igrejas abertas ao público, com o atrativo de cada turista/visitante poder recolher “A Vitória” (símbolo de quem visita os 3 monumentos).
Na opinião da JovemCoop a Semana Santa de Braga é uma semana sem igual, é uma prova dada de que os bracarenses, quando convidados e estimulados, participam ativamente na vida da cidade. É certo que ainda muito se pode fazer por estas celebrações, que irão espalhar o nome da cidade pelo mundo, mas é igualmente certo que aos poucos, todos vamos caminhando nessa direção. O aumento de atividades e o maior envolvimento da população é notório de ano para ano. Por esse motivo todos estamos de parabéns, pois todos fazemos de Braga a cidade ativa que ela se orgulha de ser.
Pouco se sabe sobre as origens da Semana Santa, contudo, as comemorações realizadas à imagem dos dias de hoje remontam, pelo menos, ao século XVI. Tal como a grande maioria das tradições, também esta foi sofrendo, ao longo dos tempos, vários desenvolvimentos e variações.
Declarada desde 2011 de Interesse para o Turismo, hoje, quem vem à Semana Santa de Braga, pode encontrar uma das mais perfeitas conjugações entre tradição, cultura, património e religião. Durante a época Quaresmal, a cidade dos arcebispos reveste-se de roxo e vive a rigor todas as celebrações alusivas ao tempo. Desde exposições nos mais variados locais, como no Museu da Imagem, na Galeria do IPDJ, no Hospital de Braga ou no Braga Parque, passando por conferências, até aos tradicionais concertos e espectáculos, como o de hoje na Sé catedral, ou a animação de rua realizada por farricocos nos dias 1 e 2 de Abril, muitos são os locais que se unem à cidade para viver esta semana ímpar.
No entanto, os momentos de destaque desta semana passam-se nas ruas históricas da cidade. Das cinco procissões existentes, destacam-se três: a Procissão “Vós Sereis o meu povo”, popularmente conhecida como Procissão da Nossa Senhora da burrinha, a Procissão do “Ecce Homo”, e a Procissão do Enterro do Senhor, que acontecem respectivamente na quarta, quinta e sexta-feira à noite.
Nas duas últimas procissões mencionadas é possível encontrar a representação do típico farricoco bracarense. O farricoco, uma figura vestida de preto e com a cara tapada, era uma forma de penitência dos cristãos bracarenses, que caminhavam descalços e incógnitos pelas suas da cidade. Geralmente acompanhados de fogaréus ou de matracas, também conhecidas como ruge-ruge, os farricocos começaram-se a aproveitar do seu anonimato para denunciar aqueles que não cumpriam as penitências.
Ho je, já são raras as penitências nas procissões, no entanto, a figura do farricoco continua presente, tornando-se assim um dos símbolos da cidade e das comemorações da Semana Santa. Prova dada a cerca da importância dos farricocos são a sua tradicional comercialização no posto de Turismo, e também a sua presença na recém-aberta BragaPoint, uma loja de recordações onde abundam as lembranças alusivas à Semana Santa, dando destaque à figura do farricoco e também à venda solidária da imagem da Nossa Senhora da Burrinha.
A Procissão da Nossa Senhora da Burrinha é um fenómeno bem mais recente, sendo um cortejo recuperado dos anos 60 do século passado. Esta Procissão ganha destaque pela presença da “burrinha” que carrega N.ª Sr.ª e o Menino Jesus na sua fuga para o Egipto. A par do simbolismo desta procissão, o fenómeno que sobressai é a vivência comunitária de um conjunto de pessoas que se reúne para que este cortejo, o mais colorido das três procissões, saia para a rua.
É emblemático e sinal de comunidade observar a azáfama vivida, por estes dias, na paróquia e na freguesia de S. Victor, para que esta procissão seja, de fato, um acontecimento para a cidade, que arrasta multidões à nossa cidade. Louvável estratégia de captação de turistas é o projeto “S. Victor de Portas Abertas” que, com auxílio de estagiários da Escola Porfissional Profitecla, permite ter três igrejas abertas ao público, com o atrativo de cada turista/visitante poder recolher “A Vitória” (símbolo de quem visita os 3 monumentos).
Na opinião da JovemCoop a Semana Santa de Braga é uma semana sem igual, é uma prova dada de que os bracarenses, quando convidados e estimulados, participam ativamente na vida da cidade. É certo que ainda muito se pode fazer por estas celebrações, que irão espalhar o nome da cidade pelo mundo, mas é igualmente certo que aos poucos, todos vamos caminhando nessa direção. O aumento de atividades e o maior envolvimento da população é notório de ano para ano. Por esse motivo todos estamos de parabéns, pois todos fazemos de Braga a cidade ativa que ela se orgulha de ser.
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