Passados trinta anos de actividades, a JovemCoop poderia ser uma associação pouco interessante ou desgastada. Obviamente que não serei eu que irei tentar contrariar este pensamento, porque prefiro que as nossas actividades e as nossas ideias justifiquem o porquê do nosso nome ser "JovemCoop".
Mas queria partilhar convosco um considerando que não me sai da cabeça...Poderá a JovemCoop marcar/influenciar a vida dos seus membros?
Espero que sim, que transmita uma mensagem positiva de abertura à sociedade. Que sejamos sempre cooperantes e que punhamos a render os talentos que temos. Que saibamos trabalhar não só para nós, para também para os outros, pois talvez de ajuda em ajuda, de cooperação em cooperação, possamos atingir uma melhor cidade e uma melhor vivência. Sou daqueles que acha que quantos mais talentos diversificados existirem, tanto melhor, pois assim, consegue-se ter gente e dinamismo para atingir vários sectores da nossa sociedade.
Como jovemcooperante que sou, gostaria de realçar também outros dois exemplos da JovemCoop que alargam os seus talentos e os disseminam noutras áreas.
A primeira imagem é extraída do Correio do Minho do dia 24/08 e refere-se a um conto escrito pelo Paulo César. Com arte e gosto de escrever, sem medo das críticas, o nosso amigo César pegou na caneta e esboçou, com sentimento, o que lhe ia na alma. É uma forma de fazer render o seu talento e aproximar o leitor do jornal de um tipo de escrita característica do César. Creio que com este seu talento para a escrita, o César faz em palavras muito dos pensamentos que nos atravessam a mente, independentemente de às vezes serem mais claros ou mais confusos.
O outro exemplo é o do Daniel Coelho. Cooperante desde Abril, o Daniel é também um daqueles membros que ostenta o epíteto de cooperante. As longas jornadas na Feira do Livro, o calor da Braga Romana e ser monitor na actividade "O Nosso Património", foram provas dadas de que se empenha nas questões associativas. Foi mais longe e aceitou o desafio da Junta de Freguesia de S. Victor para ser monitor nas colónias de férias, promovidas por essa autarquia. Não podia ter vindo mais a propósito, pois o Daniel também havia sido participantes nas colónias na sua adolescência. Ao ler o Correio do Minho de 20/08, li, ainda, umas declarações de um jovem participante que, sendo a última vez que participava, já pensava voltar lá daqui a 3 anos, quando já pudesse ser monitor. Ora, creio que isto é um exemplo seguido do nosso Daniel.
Em suma, não creio que a JovemCoop formate os membros, nem tão pouco tenho a presunção de achar que nós é que incutimos valores de voluntariado ou associativismo. Simplesmente, creio que ajudamos a fazer crescer essa semente da participação social. Creio que o nosso exemplo desprendido e gracioso pode dar ânimo para outras pessoas replicarem e darem mais e melhor a outras pessoas ou outras gerações. Os bons exemplos devem ser replicados "n" vezes sem fim e se a participação do César e do Daniel dentro da JovemCoop lhes tiver dado ânimo/energia para darem ainda mais outros bons exemplos, então creio que o nosso papel associativo está a ser bem cumprido.
E é importante perceber que apesar de dar aqui dois exemplos, estes desideratos só são alcançados com a ajuda de todos os jovens cooperantes que dão o seu tempo, as suas férias, a sua vontade para atingir algo maior...uma participação social e cívica de excelência.
O meu obrigado a todos quantos abraçaram este projecto.
1 comentário:
CoG,
Fiquei muito feliz com este texto!
Fiquei feliz por teres lembrado, aqui no Blog, o Paulo César. Para quem não sabe, o Paulo César foi o responsável pela tua (e minha) inscrição na Jovemcoop, algures nos inícios dos anos 90! Bendita a hora em que ele nos lançou o desafio para uma caminhada, que eu nunca imaginaria tornar-se tão longa e tão bem acompanhada, com os membros que se vão juntando a nós com todos os seus preciosíssimos talentos!
Fiquei feliz por ver o nosso Daniel nas páginas do Jornal!! :) Fiquei muito orgulhosa pela sua entrega a um projecto tão importante para S. Vítor.
Eu sinto que isto do "associativismo" e do trabalho despretensioso é uma bola de neve: tudo o que ganhamos com este tipo de experiências vamos certamente, retribuir pelo dobro. Acrescentamos à nossa bagagem um sem nº de competências e de vivências que certamente nos tornam pessoas mais abertas, mais capazes e mais sensibilizadas para questões que dizem respeito a todos, mas que só alguns ousam defender!
Dizes tu muitas vezes que a Jovemcoop desperta consciências! Existe melhor missão, num mundo em que essas consciências dormem profundamente...?
FiFi
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