No dia 27/07 do corrente ano, enviámos via e-mail para a AGERE, Direcção Regional de Cultura Norte, Câmara Municipal de Braga e Administração do Novo Hospital de Braga o seguinte ofício, a propósito de situações verificadas nas Sete Fontes:
Os nossos respeitosos cumprimentos.
Nos dias 19 e 26 do corrente mês, tivemos a oportunidade de visitar o Complexo Monumental das Sete Fontes e aceder ao seu interior.
Verificámos que na Mãe d’Água do Dr. Amorim, estavam a retirar as escoras que foram colocadas aquando das obras do Novo Hospital de Braga e que, simultaneamente, estavam os operários a retirar baldes de telhas partidas, que revestiam a canalização granítica e a coloca-las num monte de resíduos.
Estas telhas que têm uma função dentro deste imóvel classificado foram substituídas por telhas cerâmicas que estavam colocadas num barracão ali perto, junto da bica de água pública.
Ademais, estas telhas agora colocadas são mais pequenas e foram assentes em cimento, algo que perturba a ordem natural da água e o estilo artístico deste monumento nacional.
Gostaríamos de saber se estes trabalhos foram autorizados pelo instituto responsável e se foram devidamente acompanhados e os termos desta obra. Caso não tenham sido, gostaríamos de saber se haverá inquirição dos responsáveis.
Percebemos, ainda, que a pressão dos camiões a passar em cima das galerias do Dr. Amorim foi tal, que uma das padieiras está fracturada, conforme se pode ver em foto anexa.
Remetemos, em anexo, algumas fotografias das telhas substituídas e chapadas a cimento.
Com os nossos melhores cumprimentos,
canalizações cerâmicas depositadas em monte de lixo
diferença de dimensões entre as canalizações originais (à direita) e as recentemente colocadas (à esquerda)
Canalizações cerâmicas com argamassa original (à direita) e recentemente colocadas em cimento (à esquerda)
Telhas recentes que foram colocadas no interior da galeria do Dr. Amorim
Padieira partida no interior da galeria do Dr. Amorim
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