22 de junho de 2012

Quando há parque, mas não há Ponte!

"Diário do Minho" 21/06/2012
"Diário do Minho" 22/06/2012

"...pretende rebater alguns comentários relativos ao paradeiro de algumas peças escultóricas ali existentes...";

Se durante longos anos foi prática o silêncio durante a vigência das intervenções, agora Braga desperta para uma nova realidade.

Em duas semanas diferentes, a CMB tem necessidade de lançar dois comunicados diferentes, apoiados nas decisões dos técnicos, para justificar as suas intervenções e tentar calar vozes que perguntam, que querem saber, que merecem um direito de resposta.

Já tínhamos visto esta postura silenciadora nas intervenções do Largo Carlos Amarante, e voltamos a assistir à repetição da cena.

Quer em Arqueologia, que em Arquitectura, há um Plano de Trabalhos, um Projecto orientador dos procedimentos e tendo em vista alcançar o resultado final.

Admitindo surpresas e imprevistos, da qual muitas vezes a arqueologia é responsável - menos em Braga, que nunca causa qualquer celeuma na integração urbana - pode haver adaptações e reformulações que podem diferir um pouco do projecto inicial...mas isto, bem explicado às pessoas, aos cidadãos, todos percebem.

Não se percebe é a omissão de informação e esclarecimento no antes e durante as obras, porque se assumem decisões em espaço público e de cariz público, sem consultar o público.

Depois, quando se pergunta, vêm os comunicados incomodados, porque parece que alguém ofendeu e, para tal, é preciso fazer a defesa da honra.

Se começarem a explicar às Pessoas as ideias que conduzem os projectos, há diálogo, há esclarecimento, há informação...

Aquilo que temos em S. João da Ponte, tal como no Largo Carlos Amarante, é uma realidade, a que alegoricamente chamamos Parque, e uma falta de comunicação e informação, que percebemos não quererem haver Pontes de Diálogo.

Mas a cidade está a mudar e os cidadãos querem mais solidez, não só nas construções, mas nas raízes dos seus direitos. Aqui alguém cumpriu o seu dever...o de questionar!Que se faça escola!E as associações são prova de que os cidadãos mobilizados têm força!


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