29 de março de 2011

As origens de Bracara Augusta no centro de Braga

retirado do "Diário do Minho" de 28/03/2011

A história da cidade de Braga confunde-se com os vestígios arqueológicos e arquitectónicos. Uma das constantes batalhas que se trava na recuperação urbana é a ponderação do que é para destruir e do que é para conservar. Após isto, levantam-se, ainda, outras dúvidas, como por exemplo, quem deve suportar os encargos das escavações arqueológicas e se o estado, além de exigir, se devia comparticipar.
Folgamos em saber que há bons exemplos em Braga, que permitem unir a arqueologia à arquitectura e proporcionar um ambiente urbano de qualidade, sobretudo naquilo que somos tão defensores, que é o património para o turismo.
Se as negociações nem sempre são fáceis, louvamos a paciência dos promotores da obra pela vontade em dar um acréscimo à história da nossa cidade. É, além de uma missão social, uma responsabilização para outros promotores, para que possam seguir este exemplo.
Assim, Braga terá mais "história", mais vestígios, mais património para sustentar uma qualificação do seu centro histórico e afirmar Braga como cidade eternamente viva!


2 comentários:

Joao Luis disse...

Congratulo me pela noticia. Acho que a preservação in situ é sempre uma boa solução. Pena é que em outros casos tal não tenha sido o parecer, lembro me aqui da rua dos biscainhos, lembro me aqui do tunel e da ligação ao tunel... não eram ai os vestigios tambem imponentes e raros? porque é que ai nao se propos a perservação in situ?

alias alguem sabe se as obras na escola primaria de maximinos tiveram acompanhamento arqueológico?

JovemCoop disse...

Caro João Luis, agradecemos o comentário, pois levanta algumas questões bastantes sérias e às quais não temos resposta.
Não conseguimos saber quais são os critérios ponderados em determinados casos e que ora levam à conservação em certas situações ora à destruição.
Acreditamos que grande parte das vezes os critérios de conservação passam pela vontade e disponibilidade financeira do promotor, pois parece-nos que os casos musealizados em Braga são, em maioria, de iniciativa privada. Talvez seja por isso que no caso do túnel, de iniciativa pública, os vestígios tenham sido desmontados e retirados do seu sítio.
Falta haver maior comprometimento e seriedade por parte das entidades que tutelam o património (IGESPAR e DRC).
A questão sobre o acompanhamento na escola de Maximinos deve ser formulada ao Gabinete de Arqueologia da CMB (arqueologia@cm-braga.pt) e à Extensão Territorial do IGESPAR (viladoconde@igespar.pt). Se nós, entretanto, obtivermos alguma novidade sobre este assunto, faremos questão de a partilhar aqui.