11 de agosto de 2011
O Nosso Acampamento - As memórias dos Monitores!
Julho é, sem dúvida, um mês muito especial para a Jovem Coop. Uma das suas actividades mais dinâmicas “O Nosso património” oferece a oportunidade única aos nosso jovens de ocupar parte das suas férias em actividades lúdicas e, simultaneamente, didácticas (termos, por vezes, difíceis de conciliar).
A VII edição desta actividade revelou-se uma enorme surpresa tanto para monitores como para participantes dada a sua evolução no que toca aos seus locais de visita. Com a preciosa colaboração de diversas entidades associadas e apoiantes das causas defendidas pelo “O Nosso Património” conseguimos ter acesso a informações, conhecimentos e sensações impossíveis para a população em geral. A entrada na Casa/Recolhimento das Convertidas, a visita aos laboratórios da Signinum, a oportunidade de ver um futuro Museu de Rádios e a descida pelas galerias das Sete Fontes foram os pontos altos desta edição.
Terminado o trabalho e chegada a sensação de “missão cumprida” chega também a hora dos cooperantes partirem para novas aventuras e alcançarem novos horizontes. Monte Córdova, uma das mais históricas freguesias da cidade de Santo Tirso, foi o local escolhido para o acampamento que encerrou as actividades anuais de “O Nosso Património”.
Pouco passava das 10 horas da manhã do dia 27/07 quando, munidos de malas, bagagens e espírito cooperante, começámos a nossa viagem (no autocarro gentilmente cedido pela “Bogalha”).
Chegados ao nosso destino deparámo-nos com uma agradável surpresa. Um amplo terreno com árvores, de uma sombra brutal, esperava por nós. Enquanto monitoras mais curiosas se encarregaram de “explorar” as instalações, o restante grupo encarregou-se de fazer com que o entusiasmo dos participantes não esmorecesse (se há coisa em que a Jovem Coop é especialista é em alegrar os seus cooperantes e nunca permitir “tempos mortos”). Reunido todo o grupo chegou o momento mais característico e sem o qual acampamento algum é possível…a montagem das tendas. Tratou-se de uma demonstração viva de cooperação onde monitores e participantes trabalharam de igual modo. Erguidas as nossas “casas”, a brincadeira continuou numa dinâmica que pôs à prova a capacidade dos nosso participantes reconhecerem vozes distorcidas! Já instalados, partimos para o “almoço dos guerreiros” nas carrinhas gentilmente cedidas pela junta de S. Victor e conduzidas pelos nossos motoristas de serviço, Francisco Maia e António Peixoto.
Regressados ao nosso acampamento chegou o momento de deixar a nossa marca, de marcar o “nosso” território. E como qualquer grupo que se preza tem uma bandeira que o representa, os nossos trataram de elaborar as suas. A originalidade foi tanta que não foi possível atribuir um “primeiro lugar”. Destaque apenas para a bandeira dos monitores, a única bandeira elaborada sem todos os elementos presentes uma vez que quatro deles tiveram que partir confirmação dos locais a visitar, no entanto o seu contributo foi vital na medida em que não partiram sem antes dar uma panóplia de ideias criativas.
Enquanto no acampamento se elaboravam bandeiras, na estrada outros cooperantes seleccionavam actividades para o dia seguinte. Foi no Centro Interpretativo do Castro do Monte Padrão que chegámos à fala com o Sr. Rogério Alves, técnico de arqueologia, que nos deu dicas fundamentais para a escolha das actividades. Regressados ao acampamento chega a hora de preparar os acessórios para um dos momentos mais gratificantes em dias de actividades efectuadas com uma proximidade considerável do pó…o banho!!! Banho seguido de jantar é, então, uma pequena (grande) maravilha.
Voltámos ao Restaurante Benjamim para o jantar. Este restaurante funcionou para nós como o ponto de reunião, que nos permitia o descanso e o repasto.
Na primeira noite, timidamente, saímos cedo, porque tínhamos chegado tarde devido a imprevistos com os banhos (deslocação, por grupos, aos balneários do Campo de Futebol de Monte Córdova).
Sem pressa, dirigimo-nos para o local do acampamento, onde reunimos todo o grupo no palco, para darmos início aos jogos de grupos e dinâmicas nocturnas. Houve cantoria, guitarradas, jogos e espaço para reflexão. Todos cansados após um primeiro dia enérgico, lá fomos para as tendas descansar. Como é normal, dentro das tendas, houve ainda mais conversa e risos, que quebravam o silêncio da noite, mas que caracterizam o bom espírito de um dia bem passado.
Ainda o sol esfregava os olhos quando as tendas começaram a abrir-se. Cooperante não tem dificuldade alguma em acordar cedo. Pequeno-almoço tomado, partimos para a visita do Castro do Monte Padrão. Foi uma caminhada curta mas bastante suada dado o calor que se fazia sentir. Mais do que ruínas de um castro de elevado interesse arqueológico aquele local prima pela beleza natural. Seja para passeios, piqueniques, ou meros refúgios o Monte Padrão é, de facto, um lugar privilegiado e a Jovem Coop uma associação privilegiada por lá ter estado.
Mais um almoço, mais um momento de diversão. Para este dia os monitores guardavam uma surpresa que não conseguiu ser mantida em segredo…a ida à piscina. A ansiedade aumentava e só teve fim com o primeiro mergulho. Competições, acrobacias, partidas, monitores a ensinar outros a nadar, houve de tudo um pouco nesta tarde que terminou com mais um banho e que deu início a mais uma noite iniciada com um jantar.
Quem passasse pelo Restaurante Benjamim podia julgar que de um casamento se tratava, mas não, era nada mais nada menos que um conjunto de vozes de cooperantes a unir esforços para fazer de um karaoke um dos momentos mais divertidos do acampamento. Depois de uma salva de palmas efusiva aos donos do restaurante voltámos ao acampamento. A escuridão era apenas quebrada pelas luzes das nossas lanternas ( a luz que marcou estes dias).
Eis se não quando surge uma ideia iluminada do monitorado, porque não fazer um peddy- paper? Participantes totalmente às escuras em busca das luzes das lanternas dos seus monitores. Nove perguntas certas equivaliam a nove peças que juntas formavam os símbolos de cada um dos grupos. Foi a diversão total. Até o pequeno cão Rico ( uma alusão ao nosso coordenador geral) se juntou à festa. Reunidos em volta da fogueira improvisada (com lanternas) acalmaram-se os ânimos e: Boa noite cooperantes, amanhã é outro dia.
A última manhã começou de uma forma bastante diferente para duas monitoras acordadas com o suave toque da sua tenda nas suas cabeças. E não, não se tratou de uma partida dos participantes. Monitor também faz partidas. No entanto, vê-se aqui um ponto positivo, a manhã era dedicada ao desmontar das tendas e esta já estava bastante mais adiantada. Cooperação posta à prova conseguiu-se verificar a capacidade que todos os nossos jovens têm de trabalhar em grupo.
O último almoço teve a presença ilustre dos Presidentes das Juntas de S.Victor e Monte Córdova que de forma tão meritória trabalharam em cooperação para nos proporcionarem as melhores condições possíveis.
Despedidas feitas, chega a hora do regresso à nossa cidade. Braga esperava-nos e ainda nos proporcionou uma tarde fantástica no Bom Jesus onde pudemos trocar opiniões acerca do acampamento e deliciarmo-nos com o ex-líbris do Verão…os gelados.
Ficam memórias fantásticas e mais uma prova que trabalho sério e vital para a protecção do passado e o assegurar do futuro não são antónimos de diversão profunda.
Marisa - Monitora
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