"Correio do Minho" 19/11/2011
Grande parte de nós, por motivo de férias ou de simples passeio, já passamos na zona da Apúlia e, com o passar dos anos, assistimos ao fenómeno do desaparecimento do areal.
A zona piscatória das Pedrinhas tem sido muito fustigada pela ausência de areal, tanto que há uns anos atrás, com o recuo da linha de areal e avanço da linha de mar, foi necessário proceder a várias reformulações, onde se incluiram os paredões transversais, a estacaria em madeira para permitir o assentamento de areias e proteger a vegetação, tudo isto para poder dar garante de sobrevivência às casas ali construídas.
Obviamente que numa altura em que pouco se pensava no Ordenamento do Território, estava-se mais preocupado em travar o avanço do mar.
Em boa verdade, as construções nas dunas foram um erro, que hoje se paga caro, pois, uma vez mais, a natureza, com a ajuda de más opções do homem parece querer tomar de assalto àquela zona.
Perdemos o areal, vamos perder as construções e dificilmente voltaremos a ter dunas, daquelas que nos habituamos a saltar quando eramos miúdos.
É triste ver desaparecer um praia com uma actividade piscatória ainda muito artesanal, mas desfazer o esporão, por si só não resolverá o problema. Há que equacionar uma intervenção mais profunda e com efeitos mais acutilantes, para que a praia das Pedrinhas não fique só na nossa memória.
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