13 de maio de 2013

CIDADANIA: comunicado a respeito das expropriações dos imóveis contíguos às Convertidas


Na sequência da decisão da Câmara Municipal de Braga de partir para uma expropriação de carácter “urgente” dos prédios contíguos ao recolhimento das Convertidas, tendo como justificação uma ideia assumida num debate público promovido pela JovemCoop e Braga + no passado dia 27 de novembro de 2012, cabe-nos fazer alguns esclarecimentos públicos a respeito da matéria acima exposta.

1. As duas associações demarcam-se totalmente da decisão votada no passado dia 9 de maio de 2013, em sede de reunião de executivo, e esclarecem que não foram contactadas a respeito desta expropriação “urgente”, ou de um futuro projecto que estivesse a ser planeado para uma futura Pousada da Juventude;

2. Efectivamente confirmamos que a ideia de tornar o antigo recolhimento das Convertidas na futura Pousada da Juventude de Braga foi comentada no debate público promovido por ambas as associações, e recordamos que o mesmo debate contou também com um compromisso tácito de entendimento entre o executivo municipal, representado pelo vereador Hugo Pires, e a oposição camarária, representada pelo vereador Ricardo Rio, não constando que tal diálogo tivesse sucedido;

3. Continuaremos a pugnar para que a sociedade civil bracarense exija dos responsáveis locais e nacionais a devida atenção para com um monumento da valia do antigo recolhimento de Santa Maria Madalena das Convertidas, exemplar barroco que está na posse legítima do Estado e se encontra em elevado e preocupante estado de degradação;

4. Porque o nosso interesse é a recuperação e valorização deste monumento e não os imóveis que lhe são contíguos, não entendemos a expropriação de carácter urgente, numa altura em que não se conhece um projecto para o local, não há financiamento garantido em sede do QREN, e nem sequer foi oficialmente cedido o edifício das Convertidas à autarquia. Acreditamos que as verbas alocadas para a expropriação seriam mais do que suficientes para recuperar as Convertidas, independentemente da ocupação que venha a deter;

5. Porque entendemos preocupante o facto, denunciado pela imprensa e por alguns agentes políticos, de existirem eventuais ligações familiares entre os agentes municipais e os detentores do direito de propriedade dos imóveis, entendemos que este negócio não deve ser validado sem antes ser devidamente esclarecido em sede judicial;

6. Até lá, as duas associações refutam qualquer envolvimento nesta decisão e repudiam, de forma veemente, a forma como a partir de ideias lançadas por cidadãos se invertem prioridades. A nossa prioridade é claramente e só o recolhimento das Convertidas!

A Coordenação da JovemCoop
A Direcção da Braga +
"Diário do Minho" 14/05/2013



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