12 de abril de 2012

Entre Aspas - o Recolhimento das Convertidas

"Diário do Minho" 10/04/2012


A ASPA, enquanto associação de defesa do património, goza de uma reputação inegável, cimentada pela orientação e desempenho científico dos seus dirigentes.

Ao longo de vários anos, esta associação pugnou por debater-se contra interesses maiores e conseguiu pequenas grandes vitórias, sobretudo granjeando processos  de classificação para sítios de maior interesse, cujos resultados só agora aparecem!

Uma das faces vísiveis desta associação é a publicação periódica do "Entre Aspas", verdadeiro manual de conhecimentos e partilha de ideias, que vão elucidando os leitores do Diário do Minho para a História de monumentos e/ou sítios ou chamando a atenção para perigos e eminente risco de destruição.

O Entre Aspas desta semana, aborda um tema que nos é muito caro, seguramente tão caro como à própria ASPA.

A Casa/Recolhimento das Convertidas, imóvel com proposta de classificação como Monumento de Interesse Público, é único e singular em Braga e Portugal, e merece ser conservada a sua memória e funcionalidade.

O signatário do texto refere que nem pousada, nem serviços da Administração Interna, nem Museu dedicado à multiculturalidade...simplesmente, o signatário do texto e do processo de classificação (que será Imóvel de Interesse Público e não Nacional como erradamente refere), desadequado no tempo, apenas quer um referendo, quer a auscultação pública.

Somos os primeiros a defender essa auscultação pública e por isso avançamos com uma ideia. Pelo contrário, o autor do texto nada defende, não apresenta qualquer ideia, não se sabe se por falta delas ou por não querer comprometer a sua opinião.

Uma coisa é certa...sabe bem que quer um especialista na arte barroca de Braga, deixando clara a mensagem subliminar...contudo, ninguém ouviu da sua voz ou escrita solicitar um arqueólogo ou um hidrogeólogo para as Sete Fontes! Porquê haver dualidade de critérios...afinal, ambos os processos de classificação partem da ASPA!

Falta coerência e bom senso, porque não perceber que partilha de ideias é fazer opinião é dar voz ao público, então é não querer participar no processo de conservação do edifício!

E nós, continuaremos a pugnar para que este imóvel conheça melhores dias, além dos presentes de abandono e ameaça de ruína!

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