"Diário do Minho" 12/04/2012
"Correio do Minho" 12/04/2012
Não há maneira de dizer isto de forma simples - Braga não valoriza o seu património (independentemente da sua origem e expressão).
Quando a CMB dá sinais de querer investir no património contemporâneo, incentivando à participação do concurso para a requalificação da Fábrica Confiança, permite que a Barbearia Matos encerre a sua centenária actividade (tinha hipóteses de manter se actuasse no sentido de classificar a Barbearia)!
Há muito que se sabia que a Barbearia Matos, situada na Rua do Souto, estava alvo de despejo, batalha que foi arrastada durante uma década nos tribunais.
Infelizmente confirmaram-se as piores expectativas...o Barbearia foi mesmo despejada e de forma nada digna!
Uma Barbearia que durante um século cortou cabelos e aparou barbas, foi crescendo em fama por, cada vez mais, nos últimos tempos, além de barbearia, ser um ponto de atracção turística.
Vários são os testemunhos de visitantes e turistas que difundiram na internet o seu testemunho e as suas fotos desta centenária barbearia.
Não se percebe a insensibilidade que a Câmara Municipal de Braga teve neste processo, não cuidando de uma actividade que prestava um serviço, mas que também alimentava a delícia dos visitantes.
Por que é que nunca se consumou o processo de Património Municipal, proposto pela Assembleia Municipal? Por que razão, nunca as entidades quiseram mediar este processo, tentando encontrar um solução que fosse compatível com o proprietário e o inquilino?
Numa rua cada vez mais vazia de atracção, Braga fica agora careca de um atractivo turístico...paredes meias com o Salão Egípcio, que ainda hoje sofre os destino do abandono e da destruição.
Nitidamente, um caso de lesa património e vergonha cultural!
Para melhor entenderem do que falamos, aqui fica um mini documentário sobre a Barbearia Matos (autoria de Henrique Rocha).
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