21 de janeiro de 2013

Ainda o debate sobre a Fábrica Confiança



"Correio do Minho" 18/01/2013

Foi com especial motivação que ajudamos à realização do debate “Uma questão de Confiança”, no passado dia 16, na Casa dos Coimbras, numa iniciativa conjunta com a Braga+.
Entre os oradores convidados estavam Vítor Sousa, Ricardo Rio, José Cordeiro e Luís Tarroso Gomes, todos eles personalidades ligadas à intervenção política, sendo que os dois primeiros afectos a partidos e os últimos dois à visão da participação independente.
Do que ali foi explanado, apreciámos a contextualização histórica do Professor Cordeiro, que nos fez recuar ao passado, lembrando como seria Braga há quatro e cinco décadas atrás, com o tecido industrial de S. Victor a funcionar em pleno.
Após esta intervenção, Luís Tarroso, Vítor Sousa e Ricardo Rio explicaram, ao público, o processo de aquisição, via expropriação, que a Câmara de Braga fez decorrer sobre o imóvel.
Se, de um lado, Luís Tarroso procurou lembrar os valores das primeiras negociações e a forma estranha como decorreram, Vítor Sousa e Ricardo Rio transmitiram a ideia comum de que não desconfiariam, nem poriam em causa as avaliações dos técnicos peritos.
Do público surgiram intervenções mais ou menos inflamadas e damos especial destaque às intervenções de António Marques (da Associação Industrial do Minho) e de João Vieira (UMinho/ORION).
Ambos afirmaram que aquele debate, bom na explanação teórica, ficava a dever, ao público, o futuro do imóvel da Confiança – a validação dos projectos, a sua implementação, a sua sustentabilidade e desenvolvimento, bem como o retorno de um equipamento de múltiplas valências culturais para a cidade.
É certo que este debate centrou-se mais no passado do que, propriamente, no futuro. Surgiu, ali mesmo, a ideia de dar continuidade ao tema, para que na próxima edição do debate, se possa discutir os projectos vencedores e a forma como pretende o município enraizar e encorpar aquelas ideias.
Portanto, dia 21 de Fevereiro (carecendo de confirmação) reeditaremos o debate, centrando-o mais no futuro do imóvel e na sua sustentabilidade.


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