Os Deolinda apresentaram, nos coliseus do Porto e de Lisboa, música nova chamada "Que Parva que eu Sou". Letra sobre geração "casinha dos pais" levou coliseus ao delírio: veja o vídeo de um espetador.
Nos concertos dos Deolinda nos coliseus do Porto e de Lisboa, uma música nova fez furor.
A música interpretada pelos Deolinda retrata (e bem, na nossa opinião) o estado actual das más condições a que os jovens estão sujeitos. Realça, ainda, um comodismo de uma geração que se prepara e que dificilmente reindivica para si o que merece.
Promete ser a música desta geração, onde assumidamente há uma mensagem a reter...
Letra:
Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar
Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração "casinha dos pais"
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar
Sou da geração "vou queixar-me pra quê?"
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou
Sou da geração "eu já não posso mais!"
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.
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