11 de abril de 2011

Rio Este - haverá estudos/trabalhos arqueológicos em curso?




Diz o Ponto 22 da Declaração de Impacte Ambiental (DIA)do Projecto "Regularização, Renaturalização e Ordenamento do Rio Este entre a Av. Frei Bartolomeu dos Mártires e Ponte Pedrinha ":


22. Realizar o acompanhamento arqueológico de todos os trabalhos com implicações no subsolo, inclusive durante a remoção dos revestimentos de betão das margens e leito e a plantação de espécies vegetais. Verificando-se a detecção de vestígios arqueológicos deverão ser realizadas sondagens arqueológicas para avaliação da situação; 
ver Declaração de Impacte Ambiental em aiacirca.apambiente.pt


Pelo que pudemos aferir, as obras supra citadas já se iniciaram no leito do Rio Este, ali perto da Av. Frei Bartolomeu dos Mártires. Mas apesar dos trabalhos de remoção de cimentos das margens e dos trabalhos, supomos nós, de desmatação de solos, não conseguimos aferir a presença de qualquer arqueólogo em campo.


Refere a mesma DIA, na parte dos anexos:

• Em matéria de Património Arqueológico e Arquitectónico, e embora a área em estudo não inclua nenhuma área ou edifício classificado, em vias de classificação ou qualquer Zona de Protecção, abrange uma área classificada em PDM como conjunto arquitectónico inventariável – a zona dos Galos, uma área que ainda preserva alguns conjuntos de interesse patrimonial e etnográfico e que apresenta potencialidades, ainda mal avaliadas, do ponto de vista do património arqueológico. Assim, deveria ser realizada uma intervenção de requalificação do conjunto edificado dos Galos, o qual se apresenta como o valor patrimonial mais significativo na área em análise.


Pelo que pudemos constatar, parece nem existir um trabalho preliminar de estudo daquela zona ribeirinha, sabendo nós que já há tempos foram detectados vestígios da Idade do Bronze e do período Romano nas margens do Rio Este.


Estaremos presentes a uma situação de "entra primeiro a máquina e só bem mais tarde, após uma qualquer denúncia, os arqueólogos?




4 comentários:

Antonio Figueiredo disse...

Não esta a decorrer qualquer acompanhamento arqueológico desta obra. Falei com o o IGESPAR na passada quarta feira que me disse que não lhe tinha chegado nenhum pedido. Fiz a respectiva reclamação. Espero que a UAUM tão celere noutros processos que até estavam a ter acompanhamento venha publicamente denunciar esta situação. Já vem é tarde... as obras ja se iniciaram e não existe qualquer pedido de autorização no IGESPAR para o acompanhamento arqueologico da obra. Sabe se la o que ja possa ter sido destruido...

Bruno Dias disse...

Pois o trabalho foi para um dos empreiteiros do regime agora o trabalho é feito ou ~melhor não é feito.. daqui a um bocado veêm os arqueologos da camara a dizer que estão a acompanhar... o pior é q pelos vistos... a fazer fe no comentario anterior são acompanhamentos ilegais. Por falar nisso as condutas que a citigas colocou na cidade de Braga foram acompanhadas?

JovemCoop disse...

O Rio Este merece a atenção de todos os bracarenses. Porque se hoje temos um rio mais abandonado, poder-se-á culpabilizar a ausência de participação e opinião.
Mas hoje temos de ter mais intervenção e ajudar a autarquia a melhorar a nossa cidade.
A ser verdade não haver acompanhamento arqueológico, torna-se gravoso que uma cidade com um gabinete de arqueologia, uma unidade de arqueologia da universidade e um museu de arqueologia não conseguir fazer cumprir procedimentos de minimização e preservação do nosso património. E não se percebe porque o IGESPAR não faz cumprir a lei.
Ainda assim, esta uma questão que merece a nossa atenção e que com certeza merecerá um reparo nosso às autoridades.
Agradecemos aos comentadores anteriores que nos continuem a acompanhar e a dar novidades caso saibam algo antes de nós.

Joao Marques disse...

Eu estou com o que disse o Antonio Figueiredo... estranho que ninguem da UAUM tenha vindo a publico denunciar este e outros casos, não vi memerandos publicados na página da net, nem entrevistas de arqueologos seniores, pois é mas em Braga estranha-se e entranha-se... como as coisas mudam em apenas 2 ou 3 meses... faz me lembrar o caso do hospital... descobriram-se dois sitios arqueologicos e depois, miraculosamente nunca mais se ouviu falar de nada, diz se, à boca pequena, que a partir do momento que foram contratados certos consultores nunca mais foi nada descoberto. Seria de esperar que tais consultores, com tanta mais experiencia tivessem detectado mais evidencias... tivessem lançado notas de impressa... enfim tivessem divulgado alguma coisa... quem foram esses consultores?