extraído de "Diário do Minho" - 16/05/2010
A Ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, afirmou a necessidade de aumentar as taxas sobre a água, numa postura concordante com o dirigente da Quercus, Francisco Ferreira. Este dirigente afirma mesmo que a água está barata e que o valor sobre esta deve aumentar para minimizar desperdícios.
Talvez nem a Sr.ª Ministra nem o dirigente da Quercus conheçam algumas das realidades do nosso País. Somos um País com grandes extensões de água, sobretudo a zona do Minho. Se soubermos poupar a água e raciona-la, talvez o seu preço ainda pudesse ser mais baixo. Mas para isso tinha de se identificar as várias bacias hidrográficas e a sua hierarquia e tentar canalizar os seus recursos. Era importante, por exemplo, reduzir o consumo de água da rede pública para abastecer piscinas e efectuar regas de jardins, podendo estas tarefas ser realizadas a partir de poços/cisternas de abastecimento de águas soltas.
Relembramos, novamente, o exemplo da água das Sete Fontes. Grande parte está à deriva pelo Complexo e outra parte segue canalizada a poços particulares e também para parte incerta. Uma política de acondicionamento, reordenamento e utilização poderia minimizar custos e precaver situações futuras.
Mas estas posições geralmente são esquecidas por quem de direito.
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