"Diário do Minho" de 14/09/2011
Se os nossos leitores tiverem paciência e tempo, percorrendo o nosso blog ao longos dos vários post, perceberão que a JovemCoop já sugeriu, pelo menos, quatro utilizações para a Casa das Convertidas.
O principal objectivo destas nossas sugestões era recuperar este imóvel, torna-lo fruível pelas pessoas e perpetuar a memória histórica do edifício setecentista.
Em tempo oportuno, colocámos à consideração a recuperação da Casa das Convertidas para ser a nova Pousada da Juventude que Braga tanto reclamava e merecia; Declinada esta primeira sugestão, avançámos com a hipótese de um Museu da História da Cidade de Braga, um Centro Cívico que servisse de pólo cultural, ou mesmo, fazendo juz à sua história de recolhimento, um Albergue para Peregrinos do Caminho de Santiago.
Ontem fomos brindados por esta notícia da possível recuperação do imóvel, ainda que esta dependa de vários factores, ainda mais porque a acontecer, isso só se realizará lá para 2014, já com novo mandato autárquico à frente da CMB (prioridades mudam conforme os decisores políticos).
Não sendo certo que esta recuperação avance, é excelente saber que, pelo menos, a Casa das Convertidas não está esquecida.
Não lhe dando a utilização que nós pretenderíamos, pelo menos haverá vida e gente no antigo Recolhimento de Santa Maria Madalena.
Mas falta perceber o que é isto de Centro de Diversidade Cultural, apostada no fluxo de emigração dos anos 70. Quais são os conteúdos programáticos para este Centro? Será apenas um ideia lançada no ar, sem a devida fundamentação? O projecto contempla a manutenção arquitectónica deste edifício e a perpetuação da sua história? E a Direcção Regional de Cultura do Norte já se pronunciou sobre este projecto e deu o seu avalo?
Destruir aquelas celas, adulterar os espaços exteriores e não recuperar a Capela e a sua arte sacre é desrespeitar a memória individual do edifício e a colectiva da cidade!
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