22 de fevereiro de 2012

Braga: Intervenções na Senhora-a-Branca e a preocupação arqueológica

"Diário do Minho" 21/02/2012
"Correio do Minho" 21/02/2012

Estão anunciadas e prontas a entrar em execução as obras de requalificação no Largo da Senhora-a-Branca.

Desconhecemos a prioridade das intervenções anunciadas, mas é óbvio que aquela zona merece um reordenamento, tendo em vista a melhoria da fluição do trânsito, bem como dos transeuntes.
Há muito que aquele Largo se encontra desadequado às necessidades da cidade, tendo em conta que deixa a Igreja da Senhora-a-Branca isolada numa espécie de ilha entre ruas.

Olhando para o projecto, surgem algumas dúvidas da boa intenção de reordenar o trânsito, tendo em conta que nasce um "cotovelo" pedonal, que estrangula a circulação automóvel.

Parece, ainda estranho, que tanto se impunha a necessidade de aumentar a área pedonal, quando falando com os comerciantes locais, muitos deles dizem que sem a proximidade de estacionamentos ou de circulação automóvel, as pessoas não fazem tantas compras para não terem de passar pela dificuldade de as carregar!

Damos nota de outra curiosidade...Aparecem, FINALMENTE, preocupações com o património arqueológico, assinalando o percurso da Via Romana XVII e afirmando o acompanhamento arqueológico. Curiosamente, esta chamada de atenção não surge em sítios como a intervenção no Campo das Hortas, onde em frente ao Arco da Porta Nova se esburaca para colcoar grandes manilhas de betão, mas não se vislumbrando acompanhamento técnico para o efeito acima referido.

Tentaremos, dentro das nossas possibilidades acompanahr  o desenvolvimento deste processo e perceber se será benéfico para a população!


1 comentário:

Miguel Marques disse...

Ola Ricardo,

Relativamente às enormes valas no campo das hortas por acaso no sabado de manha passei la e vi efectivamente o Carneiro lá. Nao sei se foi de passagem ou não mas vi. Curiosa foi que neste sitio muito sensivel nunca ninguem falou de sondagens previas. A UAUM sempre tao afoita a criticar processos dos quais nao participa nao disse ai nem ui. Quer se dizer para eles (e bem diga se de passagem) os locais sensiveis devem ser precedidos de diagnosticos arqueologicos no entaoto neste caso nao vieram para o DM dizer que esta tudo mal e que é ilegal e que deviam ter sondagens. Nao percebo. Não conheço também o teor do despacho da DRCN uma vez que aquela zona esta inserida na ZEP dos Biscainhos e do Arco da PN. Mas creio que se em Silves por exemplo exigiram em situações semelhantes um apertado diagnostico arqueologico previo aqui tambem o deveriam fazer. Mas isto não sei porque não interessou dizer ou criticar. Não entendo a UAUM espingarda as vezes e outras nao. Nao tem a mesma politica para situações semelhantes.