4 de julho de 2012

Diário do Património2012_2º dia

Visita ao Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa



03 de Julho 2012


A visita ao Museu D. Diogo de Sousa

Na manhã do dia 3 de Julho, fomos visitar o museu D. Diogo de Sousa.

Começámos a visita pela visualização de um pequeno filme onde explicava as zonas arqueológicas mais relevantes na cidade de Braga.

Após isso, observámos um friso que se prolongava ao longo de uma grande parede que dá uma abordagem à história do museu.

De seguida passámos para uma sala onde estão expostas as coleções cronologicamente compreendidas entre o Paleolítico e a Idade do Ferro, e observámos variados objetos como o biface, instrumentos de caça, estátuas, machados, capacetes ...

A próxima sala informa sobre, principalmente, o primeiro contacto entre os bracari e os romanos que se deu entre 138-136 a.C, onde já desde então, e até à fundação da cidade de Bracara Augusta 16-15 a.C. , esta região viveu um clima de paz que favoreceu o desenvolvimento, pelo que o comércio em grande escala, proporcionado pela integração no Império romano, abriu novas oportunidades de expansão e negócio.

Nesta sala, a maior parte das peças eram feitas de barro, vidro e cobre e muitas delas submeteram-se a um processo de restauro, onde, a partir das peças encontradas, conseguem projetar a forma da peça e completar os espaços vazios com gesso ficando com a forma da peça original.
Mostrava também o tesouro encontrado na Casa das Carvalheiras que continha 45.000 moedas romanas que foi abandonado devido as invasões bárbaras.

Nesta sala observámos o urbanismo na antiga Bracara Augusta, representadas por maquetas das termas onde se praticava exercício físico, tomavam-se uma série de banhos começando por um denominado de frigidarium - banhos de água fria, depois passando para o tepidarium - banhos tépidos e finalizar com o caldarium - banhos de água quente.
Tinha também uma maquete a representar a Casa das Carvalheiras, uma grande e importante casa da Bracara Augusta e uma pata de cavalo de bronze com folha de ouro que se pensa que tenha pertencido a uma estátua que situava no centro da cidade e com mais alguns objetos pessoais como anéis, brincos...

Neste último espaço expositivo abordam-se três grandes temas – as vias que ligavam Bracara Augusta às restantes cidades do Império romano representadas por marcos miliários que serviam para informar aos viajantes quanto faltava para chegar à cidade e a sua maior função era homenagear os imperadores e a sua soberania e poder.
A outra parte da sala destaca as necrópoles romanas que se situavam sempre fora da área urbana, normalmente junto às vias de saída da cidade. O seu estudo revela-se muito importante para identificar os rituais funerários, mas, também, para avaliar a distribuição e composição da população, uma vez que o espólio das sepulturas e as inscrições funerárias fornecem elementos relativos ao estatuto social dos mortos.

Terminámos esta visita com o mosaico in situ que era feito por quadradinhos muito pequenos para que fizessem "desenhos" no chão ou paredes e quem trabalhava este material era uma grande equipa e muitos dele acabavam por ficar cegos devido ao esforço que realizavam com os olhos para construir o mosaico.
Por fim regressámos a freguesia de São Victor, onde terminámos o segundo dia de “O Nosso Património”.

Renato Santos



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