"Correio do Minho" 17/09/2012
As recriações históricas têm vindo a multiplicar-se e ganho imensos adeptos.
Durante um período de tempo, os locais onde decorrem este tipo de eventos recuam a um determinado tempo, vestem-se a rigor e usam os costumes da época.
Guimarães viajou, no passado fim de semana, ao tempo do primeiro rei de Portugal e recriou uma cronologia longínqua, mas que é tão querida à nossa identidade e nacionalidade.
Notou-se uma enorme afluência a esta recriação histórica e deu-se aqui uma nota de relevo à nossa nacionalidade, numa altura em que Guimarãos se veste como Capital Europeia da Cultura.
Iniciativa de louvar.
Uma vez que Braga já recua ao período romano e começa agora a dar os primeiros passos na cronologia da idade do Ferro (ver aqui e aqui), porque não apostar noutras cronologias como a Braga Medieval e a Braga do Barroco?
A propósito da cronologia medieval e da feira afonsina decorrida em Guimarães, poder-se-ia ter aproveitado as duas capitais europeias (Braga, Capital Europeia da Juventude e Guimarães, Capital Europeia da Cultura) para se recriar a celebração da carta de D. Afonso Henriques a D. Paio Mendes, confimando o Couto de Braga à Sé, datado de 27 de Maio de 1128. Esta carta é conhecida como o Documento de Fundação de Portugal (ver aqui e aqui).
Seria uma oportunidade de estreitar os laços de cooperação das duas capitais europeia, dando um vinculo comum a um só território e celebrando um acto de extrema importância.
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